Inúmeras vezes eu tenho tratado desta questão de taxação dos ricos e vire e mexe os governos de esquerda buscam politicamente obtê-lo,sem sucesso,como foi nesta semana.
O caminho das pedras eu tenho mostrado:só com um pacto nacional entre as classes principais se conseguirá fazê-lo d e uma vez por todas.
O Brasil é um país que não tem projeto nacional e nenhum governo de esquerda(mas também de direita),atrelado à sua visão proletária tradicional intenta construi-lo.
Preconceito em relação à classe média,obreirismo proletário,velhas concepções sobre a nação(Stalin)dando conta de que é um conceito burguês,atrapalham esta importantíssima necessidade.
O congresso,em sua maioria,é atrelado a estes interesses das classes altas e não ia,como não vai,aceitar taxar os ricos,como acontece nos países centrais,formados a partir de concepções nacionais definidas e provadas na História.
Nos EUA e nos páises da Europa sempre houve aquela mediação definidora do país:oportunidades para todos,no capitalismo americano;cidadania na França e em outros países da Europa.
Na ásia,países com milênios de existência e com cultura refinada,há uma base para a construção de nações unificadas e ,pelo menos,com um propósito.
Nestes países fica mais fácil para as classes altas contribuirem para este projeto nacional,porque elas têm certeza de que os aportes terão um resultado efetivo,coisa que aqui não acontece,por causa,inclusive,da corrupção e dos desvios.
Uma das condições para este projeto nacional é abordar o problema da corrupção,mas aí é preciso um congresso capaz de cortar na própria carne,como dizia Ulysses Guimarães.
É quase uma auto-crítica histórica,uma revolução se se programa um esforço de erradicação ou diminuição da corrupção.
Não vai adiantar só discutir no plano politico e há que investir nesta racionalidade politica mais ampla para conseguir este feito.

