domingo, 23 de fevereiro de 2025

O elan dos governos-Lula

O governo Lula sofre com uma paralisia criativa,que é muito comum em  segundos e terceiros mandatos.No Brasil sempre foi assim:não há como fazer uma carreira tranquila de mandatos inter-ligados.Haverá sempre oposição a isto,porque,para o bem ou para o mal,o corpo politico politico brasileiro é vivo.

Mas no caso em tela se fala de uma paralisia de Lula,cercado de um grupo “palaciano” e sem criatividade.

Eu já falei sobre o porquê da falta de criatividade.Falta de referências,mas agora esta falta esticada por três mandatos,se torna um vazio preocupante.

Diante desta conjuntura passa a ser mais importante o que se dá no outro lado,na extrema direita.

Todo mundo está levantando as mãos para o céu,pelo que sucede com Bolsonnaro.

Negativamente se busca uma esperança,quando a esquerda mesmo não tem mais propostas  e não emplaca nada de novo,que empolgue as pessoas e que as mobilize novamente.

Lula vai para um lado,para o outro  ,tenta daqui,tenta dali,mas nada,não há interação nenhuma com o povo.

César Benjamin disse uma vez que a tendência em nosso tempo é a acefalia,mas eu penso que é o marasmo.Uma acefalia causada pelo marasmo.Pela falta...de tudo.

Eu já me referi às soluções inúmeras vezes e não vou me repetir aqui,porque vou ficar na mesma situação do Presidente,inaudibilidade.

Mas tudo indica que só uma conjuntura casual,poderá modificar isto aí,porque só os homens,os políticos,não é suficiente.

O marasmo incide sobre o povo da mesma forma que a insegurança,carestia e inflação.    


sábado, 8 de fevereiro de 2025

Hardpower and softpower

 

Esta dicotomia é muito importante dentro da geopolítica:ela opõe o poder material de imposição de uma hegemonia à hegemonia que se obtém pela cultura,pelos valores sociais e culturais.

Parece que teriam sido os nazistas mesmo,que criaram este conceito,quando usaram a  arte clássica para atacar a arte moderna.

A arte clássica representaria a força de um povo,do “ corpo do povo”,enquanto que a arte moderna expressava tudo quanto é doença e fraqueza neste “ corpo”.

A tentativa dos nazistas quanto aos outros povos era manipulá-los  e eventualmente eliminá-los,inclusive   destruindo a sua arte.

Sabe-se que Hitler mandou colocar pinturas numa montanha e explodi-las quando a guerra acabasse.

No fundo pretendia deixar só a Alemanha e os povos ários neste mundo.Por muitas ocasiões cogitou de destruir Paris,mas pensou em apenas diminuí-la diante das realizações alemãs.

Este é o softpower,a obtenção da hegemonia pela cultura,por elementos sofisticados da cultura e não através de investimentos em defesa,tanques,aviões.

O Brasil talvez e curiosamente tenha sido o único a enfrentar este softpower quando fez em 44 uma exposição de arte moderna em prol do esforço de guerra inglês,já que ela foi realizada em Londres .

Artistas brasileiros demonstraram a validade e importância(e a beleza)da arte moderna e procuraram oferecer este softpower aos ingleses e aliados.

Assim sendo esta dicotomia geopolítica nasceu entre as guerras e evolui para mais e mais formas de seu uso,no contexto das guerras e conflitos atuais.

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Mais Trump Esclarecimentos

 

Não se pode evidentemente elaborar uma politica de exclusão e implementá-la imediatamente,de uma hora para outra.

Já o tinha acontecido no Obama Care e Trump perdeu,até para o Partido Republicano.Agora a questão se coloca novamente na medida em que todo mundo vai ser colocado no mesmo saco e jogado fora dos Estados Unidos,para incrementar uma crise nos países de origem dos imigrantes.

E como Trump vai resolver o problema de colocar  nos locais sem imigrantes , trabalhadores estadunidenses que não querem fazer os serviços?

Existem outros problemas envolvidos nesta politica:qual o impacto na economia?Qual o impacto nas relações com a s comunidades latinas que vivem no país?

Darcy Ribeiro dizia que o Brasil ia ser a quarta Roma ,mas s e enganou porque a quarta já são os EUA:um núcleo  fundante cercado de comunidades “bárbaras”,isto é,comunidades estrangeiras,em grande parte aculturadas e prósperas.

Estas comunidades foram sempre objeto de politica interna e sempre marcaram um ponto a favor porque foram sempre a prova do “ sonho americano”,a sua realidade.

Não só para os povos europeus,no inicio do século passado ,mas agora mais e mais para os povos latino-americanos.

Tais decisões irão criar um ruido muito grande,porque não só trata-se de deportar,mas de evitar no futuro a chegada de “novas” pessoas oriundas daqui.

Há revérbero inevitável ,em futuro próximo e distante,com esta prática ,pois os EUA perderão quiçá a liderança moral e politica do mundo ocidental e porque não ,do mundo todo.

E não havendo continuidade num governo seguinte,os EUA ficarão numa gangorra que só aprofunda este último vaticínio.