Esta
dicotomia é muito importante dentro da geopolítica:ela opõe o poder material de
imposição de uma hegemonia à hegemonia que se obtém pela cultura,pelos valores sociais
e culturais.
Parece
que teriam sido os nazistas mesmo,que criaram este conceito,quando usaram
a arte clássica para atacar a arte
moderna.
A
arte clássica representaria a força de um povo,do “ corpo do povo”,enquanto que
a arte moderna expressava tudo quanto é doença e fraqueza neste “ corpo”.
A
tentativa dos nazistas quanto aos outros povos era manipulá-los e eventualmente eliminá-los,inclusive destruindo
a sua arte.
Sabe-se
que Hitler mandou colocar pinturas numa montanha e explodi-las quando a guerra
acabasse.
No
fundo pretendia deixar só a Alemanha e os povos ários neste mundo.Por muitas
ocasiões cogitou de destruir Paris,mas pensou em apenas diminuí-la diante das
realizações alemãs.
Este
é o softpower,a obtenção da hegemonia pela cultura,por elementos sofisticados
da cultura e não através de investimentos em defesa,tanques,aviões.
O
Brasil talvez e curiosamente tenha sido o único a enfrentar este softpower
quando fez em 44 uma exposição de arte moderna em prol do esforço de guerra
inglês,já que ela foi realizada em Londres .
Artistas
brasileiros demonstraram a validade e importância(e a beleza)da arte moderna e
procuraram oferecer este softpower aos ingleses e aliados.
Assim
sendo esta dicotomia geopolítica nasceu entre as guerras e evolui para mais e
mais formas de seu uso,no contexto das guerras e conflitos atuais.
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