O meu
critério de abordagem da
religião é separar
a crença, da política e do
poder.A religião,como a única organização
de massa da História é inevitavelmente refém
do poder e da política.Sempre foi assim,mas
a partir de Constantino a coisa mudou num sentido muito específico de amplo
uso dos valores
religiosos.
Todos sabem
que pelo Édito de
Milão,Constantino tornou o cristianismo
religião
oficial do Império Romano.Todos sabemos a história por trás desta
decisão,a influência de sua mãe cristã,Santa Helena,mas ,no que tange a Constantino, tudo se reduz ao problema que está
aí até hoje,no Ocidente,emperrando
a real separação da igreja e do
estado,que,em muitos lugares,ainda é um
projeto.
Constantino
fez o que fez para manipular as
massas em prol da legitimação do
seu poder ,somente isto o interessou.Até hoje é este o critério
de todo o político.Nenhum
político no Brasil ataca
verdadeiramente os problemas,porque não
quer se indispor com os
eleitores,que são na sua quase
totalidade,religiosos e,no Brasil,cristãos.
Toda a necessidade de laicização,todo o programa
laico,como o controle
populacional,o estado que não se
imiscui em política,o cidadão
que sabe separar
as questões práticas das
questões religiosas,tudo vai por
água abaixo diante das eleições
e é a
razão pela qual a igreja católica
se opõe a esta
plataforma,gerando sérios problemas
na sociedade,como a gravidez na adolescência,as clinicas de aborto e assim sucessivamente.
Mais do que
a confusão entre Igreja e Estado o
que existe,não raro,é a tutela deste por parte dela.
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