O ardil
22 é aquele
que se refere
à intenção dos soldados
que querem sair
da corporação,seja por
qualquer motivo.Eles tentam
provar que são
loucos,porque assim são retirados do
exército.Mas é difícil.Todo
maluco verdadeiro não
diz que é.Só
aquele que prova
com a loucura, sê-lo ,é que
é.
Ora,se a
figura de Maomé não pode ser
criada e se isto
é uma regra que
vem desde a época de
suas andanças pelo mundo,ninguém sabe
como ele realmente era,como
era o seu
rosto,logo todas as
imagens são imaginação dos
desenhistas,não
correspondendo à sua
figura real.
Se a
idolatria se estrutura
sobre a visualização do
seu rosto real,não
existe esta idolatria sobre
algo imaginário.O Islã
parece o “
doente imaginário” de
Molière, fazendo tudo
para que todos
acreditem naquilo que não
é senão isto:crença.
Os estudos
sobre idolatria começam
com Francis Bacon o filósofo,no
rastro da ciência
moderna empírica,que só
admitia como verdade aquilo que
é comprovável.Mas antes
,as escolas helenísticas já
falavam da “ eidola”,que em grego quer
dizer,fumaça,algo que parece
existir mas não é.Em
todo caso aceitar acriticamente algo
como esta fumaça é
idolatria,crença.
As religiões monoteístas são
calcadas na rejeição
da idolatria,porque elas
nascem de sociedades idolátricas,politeístas,como a romana
e a egípcia,em que os deuses
quase se identificam com os
donos do poder,as aristocracias.Idolatrar este
deuses pagãos era
colocar as pessoas no
lugar de Deus.
Existe uma
lógica nesta prescrição,mas,historicamente, a
relação com as
pessoas sempre apareceu ,de um
jeito ou de outro,nas
religiões monoteísticas.
Como sustentar
esta visão anti-idolátrica no
cristianismo com esta
pletora de santos?Como parte
da luta do
cristianismo contra o paganismo
romano,estes santos
,expressando determinados valores
supersticiosos,ganharam a consciência
supersticiosa do romano
comum.Mas não me
venha dizer que isto não
é idolatria.Ou pelo menos,que
não existam identificações da
divindade com os
homens.Os teólogos cristãos
modernos acochambram esta questão dizendo que
a idolatria é
quando se adora
as pessoas,mas o que os
cristãos devem fazer
é seguir os
valores,mas eu digo:esta
religião,com tantas
imagens,não é monoteísta
coisa nenhuma.
O mesmo
acontece com o Islam:se a
idolatria é a adoração
do homem Maomé,que
não pode se
sobrepor a Deus,sendo a garantia
deste dogma essencial
o não fazer-lhe
imagens,como inquinar a
imaginação como idolatria?Idolatria seria
se fosse ele realmente.Teologicamente atacar
o desenho de Maomé não
tem sentido,porque a
imaginação não é o fundamento
da fé em
Deus.Tenho certeza de
que milhões de meninas e meninos muçulmanos,por mais
repressão que haja,desde a
época da vida
do profeta,imaginaram e sonharam ( e
sonham)com o seu rosto.O que
fazer com este pecado
de pensamento?Bater quando a criança
estiver sonhando?
A atitude idolátrica é a do
terrorista porque acha
que o profeta
foi atacado realmente.Proibir fazer
imagens,mesmo nos
territórios do Islã também
não significa nada,porque ninguém deixou um retrato
dele.
Estas figuras
de povos muçulmanos
retratando o profeta destruíram a
religião?
O que define a idolatria é
a relação real de adoração
porque a imaginação não destrói a
fé,pois ela não
fundamenta nada,só uma visão pessoal.Ela
não coloca o
homem no lugar de
Deus,o que o
faz é a
falta de fé.
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