Novamente,
outra vez, de novo ,eu tenho que me expor
neste “caso” “escandaloso” de
usar a pornografia. Eu já falei que isto tem uma utilidade médica, para mim.
Mas
dentro da necessidade, aprendi a usar a pornografia também, como laboratório de
pesquisas sobre diversos assuntos: linguagens; racismo reverso; custo social da
pornografia; política, poder, economia em torno dela; relações com a
história(que eu já revelei aqui no caso de Maria Antonieta[e vou continuar
fazendo]); antropologia, para discernir os caminhos do ser humano diante das
impossibilidades; o problema da exploração; o problema especifico da mulher; a
questão artística das emoções e sentimentos, bem como psicológicas(quando fiz
aula de roteiro com José Louzeiro ele nos disse que deveríamos ver rostos nas
revistas[eu tentei ver na Revista Caras e percebi que era tudo falso]{então vi
nestas revistas eróticas pelo menos uma certa margem de verdade }).
O
meu leitor me vê com frequência trabalhando índices de livros como laboratórios de pesquisa,
em que busco relacionar os seus diversos itens e capítulos de modo a entender
melhor os autores e tirar deles a compreensão do seu pensamento, bem como extrair
ideias, conceitos e temas para discussão.
Mas
em tudo isto, em todo este meu comportamento, existe sim uma weltanschaung libertária:
o sexo, em si, permanece puro, apesar do em torno problemático.
E
por indicação de meus terapeutas separar o erótico do pornográfico é uma
depuração (olha aí o laboratório) necessária, para evitar os males viciantes de
uma pornografia recorrente.
Aí
ficam estas rádios e algumas outras pessoas
destilando(laboratório)moralismo(tolo), tentando me ridicularizar, me chamando
de covarde, frouxo, maricas, quando se trata de um problema médico e de
pesquisa antropológica que eu sempre fiz, para além do prazer genuíno de ver
estas coisas, mas de uma maneira crítica, criteriológica, que impede qualquer
dependência.
É
neste sentido que eu uso a pornografia, ou melhor, erotismo, como forma, inclusive,
de arte, de eventual(eventual)estética e sensibilidade.
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