Palmiro Togliatti
e os comunistas italianos só conseguiram a confiança absoluta(quase)do povo
italiano depois de muitas provações,que incluiram um atentado contra o
primeiro.
Somente depois de
provar que só governariam na democracia é que os italianos puderam propor um
bloco histórico que,por outras razões,não chegou ao poder.
A declaração de
Lula de que deve haver alternância de poder na Venezuela(e no Brasil) é um
pequeníssimo passo,mas já se põe como uma trilha de provações para o
futuro,para ele,Lula,e o PT.
Daqui por diante
mais provas deverão ser realizadas para que o PT e a classe operária permaneçam
crescendo e se renovando,de maneira que a luta continue.
Agora,no meu
entender,falta um discurso para a classe média,um discurso de reunificação do
mundo do trabalho no Brasil,que permitirá a homogeneidade necessária para as
mudanças(além da limpeza da sujeira que este governo vai deixar).
Afinal de contas
o PT tem este nome genérico porque incluiu o trabalhador de classe média na
questão social.Não tem sentido agora fazer esta divisão.
Na eleição para
governador em 82,em certo momento,Lula disse que queria que todo mundo tivesse
nível de classe média,mas isto parece não vicejar.Talvez seja transformar a classe
operária em classe média,mas implica este conceito em respeito a esta última.
E como tenho dito
sempre ,a transformação do Brasil,como de qualquer país passa por uma sociedade
homogênea e isto exige a união das
classes mais importantes e numerosas do Brasil.A história provou isto em muitos
lugares.
Conectando com o
que disse acima ,a perspectiva do Brasil é mais importante do que um
internacionalismo vazio e perigoso.Não tem sentido ter uma certa
aproximação(dir-se-ia promiscuidade)com certos governos ,claramente
ditatoriais,em face do conceito emitido acima sobre o chavismo.
De qualquer modo
Lula segue o caminho,em grande parte traçado por mim aqui.
Volto a dizer:uma
pessoa de esquerda tem todo o direito de viver a sua vida privada,sendo isto
uma condição de atuar melhor.Mas eu aprendi com Prestes e tenho isto como
cláusula pétrea da militância que o sofrimento do povo tem precedência.Quando
acontece uma crise não tem sentido falar em prêmio Nobel,ajeitar a gravata.Não
é uma questão pessoal,é uma questão politica .Se não é assim soa como
indiferentismo.