domingo, 26 de dezembro de 2021

Não me agrada o novo modelo do futebol brasileiro

 

Depois de muito tempo sinto-me instado a falar sobre futebol,sabendo que isto aí vai ter repercussões...

Não me agrada de forma alguma que um clube de futebol pertença a pessoas individualizadas assim.Eu sei que não há muitos modelos alternativos e que as decisões atuais são feitas a toque de caixa para solucionar este problema de décadas ,das dívidas dos clubes,mas continuo tendo uma sensação de estranhamento diante da solução encontrada.

Ela se conecta com todo este processo de europeização do Brasil e de submissão da cultura brasileira aos imperativos do dinheiro e do capital,principalmente vindos do estrangeiro.

Não quero imaginar que de uma hora para outra um ricaço de passado duvidoso venha fazer aqui o que fez na Inglaterra,na França:lavar dinheiro.

Ninguém me tira da cabeça que estes estrangeiros vão agir do mesmo jeito que nestes clubes,trazendo para nosso país grandes jogadores.Da mesma forma que eles vêm aqui buscar nossos talentos,farão o mesmo com os grandes jogadores da Europa,ou seja,virão jogar aqui?Haverá pelo menos uma igualação em termos de grandeza entre o futebol brasileiro e o dos outros países,principalmente da Europa?

Eu desafio quem possa me provar que sim.Que o elemento interesse nacional,cultural e politico destes países vai ser posto de lado ,dentro de uma democracia do capital.

Por enquanto Ronaldo Nazário comprou um clube,o Cruzeiro,mas já se fala em estrangeiros no caso do Vasco e do Botafogo.

Talvez eu queime a minha língua e de repente interesses puramente nacionais,representados por outros jogadores abonados forme um grupo capaz de reerguer o futebol para além da questão econômica,mas tudo indica que este processo de sociedade anonima poderá no futuro solucionar o problema das dívidas,mas não o soerguimento do futebol brasileiro,como significado cultural,de produção cultural do povo brasileiro.E por falar nisso, isto aí vai aprofundar a exclusão do povo dos estádios porque até agora eu não vi nenhum caminho que possa diminuir o valor das entradas,permitindo que o povo mais humilde volte a acompanhar in loco as partidas.

Só vejo concentração,projeção de dinheiro,de lucro,de projetos pessoais ,com o Brasil no meio.

Eu entendo que o clube de futebol é uma entidade coletiva e impessoal,propriedade das torcidas.Estes clubes que cairam e permanecem na série B só voltarão como clubes grandes porque as torcidas estão lá no lugar de sempre.História só não basta,mas a s torcidas ,a presença de torcedores,com acréscimos, é que mantêem a cultura brasileira à espreita.


sábado, 18 de dezembro de 2021

Análise de conjuntura

 

Aproximando-se o ano de 2022,com a eleição presidencial.Uma eleição que esperamos redentora.E neste processo e neste momento começam a se formar os dois grupos principais para a luta contra Bolsonaro.

Muita gente continua falando em terceira via,mas a terceira via se define como uma alternativa viável entre Lula e Bolsonnaro.O resto não serve como alternativa.

Porque não é só ganhar a eleição presidencial,não é só tirar Bolsonnaro:é saber o que fazer com o Brasil depois dele e com o Brasil mesmo,na sua vocação democrática e de progresso.

Isto é importante porque se o Brasil conseguir se recuperar das circunstâncias de polarização que levaram a este descalabro,terá que ter um governo que embarreire de vez esta terrível possibilidade de retorno.

Com estas premissas fica claro que votar na coligação de Lula,que vai se formando,é um contra-senso.Formou-se sim uma terceira via em torno do grupo de Doria e do PSDB.Lula fez uma jogada de mestre ao atrair Alckmin para seu grupo,o que avança em constituir uma nova social-democracia a partir do PT(assunto mais para a frente).Quer dizer tomou um naco da social-democracia e da terceira via!A enfraqueceu antes de começar.

Mas ela ficou do lado de lá,com Doria.E seria o ideal que se consolidasse ,em volta de um programa que consagrasse os valores acima citados.

Aí é que está o problema:o grupo de Doria,que reúne o PMDB,o cidadania,podemos não tem nnenhum programa nacional moderno(embora esteja mais perto que o PT).E pior,não tem uma visão nacional pública:defendem a privatização da petrobrás.E não têm uma visão mais próxima das exigências do povo mais pobre e sofrido.

Lula lançou num discurso uma palavra de ordem que é decisiva nos dias atuais:fazer o povo brasileiro voltar a comer três vezes ao dia.Como seria bom se do outro lado houvesse esta preocupação!

Apesar das falcatruas do PT na Petrobrás,a solução não é vendê-la ,como valor estratégico que possui.

Então o passado condena.Assim como está acontecendo neste governo frustrante de Biden,algo semelhante vai se realizar aqui,porque todos os fatores que nos conduziram a esta encruzilhada vão prosseguir:um dos elementos da polarização continua forte,a oposição também tem um pezinho na direita,porque Doria se elegeu na onda bolsonarista(Eduardo Leite também)e não tem outra força politica para se constituir em mais uma alternativa.



sábado, 11 de dezembro de 2021

Marighella IV

 

Culto à personalidade

A razão principal porque a esquerda atual usa a figura de Marighella é por fazer a maior autocrítica que uma pessoa(principalmente um comunista) “pode” fazer em relação ao stalinismo e seu culto à personalidade:chorou no meio-fio sentindo-se enganado.Foi melhor do que relativizar o problema ,como muitos fizeram,jogando a culpa só na figura politica e individual de Stalin.

Contudo,assim como Lukacs houvera prevenido a todos de que o Stalinismo não era só Stalin(senão não seria stalinismo),mas um conjunto de práticas e uma psicologia,o puro e simples choro de criança não basta para “ desestalinizar” uma pessoa,que agiu sob as ordens do “titio” com tanto afinco e fanatismo.

Apresentar uma interpretação laudatória do personagem em questão,Marighella,não Stalin, é legitimo até ao ponto em que o lado dele deve ser conhecido,bem como o seu papel histórico.

No entanto,e como parte da democracia,analisar os fundamentos de sua atuação e sua atuação sem levar em conta o erro que ele cometeu,sem ver as suas opções confrontadas com as de outros ,é personalismo,culto à personalidade.

As suas características pessoais passaram ilesas ao crivo crítico e axiológico da história do comunismo brasileiro:ele não é uma figura um tanto quanto imposta ao PCB como Prestes,nem um autoritário sádico,como Arruda(nas palavras de Jacob Gorender),muito pelo contrário.Veio da Bahia,um estado que rompeu certas barreiras dogmáticas do stalinismo incorporando a religião e a diversidade da cultura.

Mas não diluiu todos os aspectos ruins do cânon vindo da urss:não a precedência do povo(trabalhador),mas a conexão entre uma personalidade forte e este mesmo povo,não exatamente preparado;não ao fundamento teórico e sim a uma atividade prática voluntarista,que entende erradamente que a tomada do estado é suficiente para fazer o paraíso(ainda mais no estado ocidental);supostamente diluindo a vanguarda,mas criando outra mais perigosa e autoritária ,militar.

Neste artigo trato do personalismo que liga uma personalidade à retaguarda,o povo,e é uma base para um processo politico de mudança.Mas em qualquer processo há algo mais do que uma trilha de centelha emocional,uma confiança(fé),a ser trabalhada.E não é algo da noite para o dia.

E no pensamento marxista a condição teórica dos militantes é algo essencial.Marighella esperava o apoio próximo do povo(outro erro),mas sabia que tinha que ser por outra mediação a sua adesão.Então ,construindo esta vanguarda (embora dizendo que não)entendeu que certos setores estudantis(crianças)tinham este perfil teórico.

Aí começa um dos problemas:o revolucionário leninista segundo o que vem da urss é alguém preparado.Mesmo que com suas teorias Marighella tenha tentado se desligar disto aí,a sua formação o conecta e o obriga a entender esta preparação.

Além do mais, a relação da figura do lider com a retaguarda,no movimento social de massas,implica pelo menos num conhecimento prévio comum.Contudo em qualquer época ou lugar as circunstâncias politicas do real se impõem às balizas.O movimento,como o próprio Marighella queria,se impõe,mas sem este background perde todo o sentido.É um movimento natimorto.

Um outro aspecto quero ressaltar,embora não pretenda desenvolver agora:este tipo de problema que é muito comum em todos os lugares, adquire um aspecto dramático no marxismo por causa do nexo teoria/prática.Juntando o aspecto teórico com a fé do movimento criada pelo nexo liderança/povo e vendo no final como as coisas andam,favorecendo esta última dicotomia geralmente os aspectos emocionais e pessoais se sobrepõem aos critérios de conduta na politica.O monismo marxista ajuda nesta identificação que favorece à pessoalidade e destrói na prática as bases conceituais conduzindo sempre à derrota.

Neste sentido é que me refiro aqui ao culto à personalidade.No fundo esta decisão de Marighella é,contra ele,um fato tipico do culto à personalidade.À parte aqueles que vêem a sua luta final como politicamente corrreta e tendo em vista de que nada adiantou,as afirmações dos remanescentes de que pelo menos algumas pessoas se levantaram contra a ditadura ,não procede,antes confirma este personalismo stalinista do herói que chorou uma vez e confirma a linha do antigo pcb:Marighella se colocou como um espantalho para a direita,que aterrorizou o empresariado paulista e justificou a operação bandeirantes,um esquema de repressão e de obtenção de dinheiro.E prolongou a ditadura.


sábado, 4 de dezembro de 2021

O nacionalismo de Bolsonaro

 

Freud teria chamado o que Bolsonaro disse sobre o enem como ato falho,mas que expressa,como todo ato falho,uma verdade que se quer esconder.

O enem não tem que ter a “ cara do governo”,mas a da nação.O pensamento totalitário do Presidente(como de outros também )sempre identifica a si mesmo com o real todo,no caso da direita aí ,o Brasil,a nação toda.

Nada do que é comum à república e à nação pode ser aparelhado por um partido.Ao aparelhamento do chamado “ trabalhador organizado” da esquerda e do PT não deve corresponder o mesmo por parte de um governo que acha que a nação é dele.

O “raciocinio” é este:se tenho maioria no Brasil como cristão eu governo como tal,o que é absurdo.Muito embora no discurso,todo mundo se diga laico,na prática e nas mediações em que a midia não chega, estas identificações acontecem o tempo todo,a corroer o processo politico,em todas as suas instâncias.

Quero dizer:a republica, a conexão entre o cidadão e a coletividade,que deveria orientar a atividade individual simplesmente não existe,muito pelo contrário,se faz tudo para passar por cima dela e tratá-la como um bobo.
Mas é aí que está a causa de todos estes males que o Brasil enfrenta(e outros países similares).

Não é cara do governo,é a da pluralidade do país e esta firmação de Bolsonaro define como ele pensa a questão nacional.Já discuti isto,mas é sempre bom relembrar:se se tem a maioria então ela se impõe e o resto que espere a sua oportunidade,mas o Brasil,como qualquer nação,vai além das eleições,vai além dos partidos.

Parece um joguinho,parecido com o futebol,a politica no Brasil,mas com isto a sociedade perde o rumo e o sentido cada vez mais,em meio às disputas.

Um presidente da república deve sempre ensinar esta relação obrigatória que cada cidadão deve ter com este coletivo,mediatizado por normas,ainda que isto não o favoreça:quando um cidadão sai de sua missa,de seu culto e volta para o espaço público,seja para exercer um direito ou trabalhar,deve pensar sempre naquilo que é melhor para todos,ao menos tendencialmente.

A lei assegura que nada pode ser feito contra os valores inidividuais,as crenças e costumes,mas a definição desta proteção é muito difcil de fazer,porque os ódios e preconceitos não têm fundamento,regra geral.

Uma lei que permita casamento entre pessoas do mesmo sexo agride o costume católico,mas este,como tal, não é senão um conceito privado sobre o comportamento de outrem.Então ele não serve de base para a proibição da sua promulgação ou recusa.

Um caso mais recorrente e mais conhecido e que nos remete para a definição de laicismo é a da religião dos adventistas de sétimo dia que proibem transfusão de sangue.O que deve predominar?O principio republicano de que o estado deve preservar a todo o custo a vida ,ou o direito de não ser violentado na sua religião e morrer, se for o caso, por ela?

Pelos conceitos emitidos mais acima(supracitados)é lógico que a vida é axiologicamente prioritaria,mas se a consciência do adventista divergir,se instala uma divergência e esta priorização passa a ser vista pelo como uma imposição,quiçá uma ditadura.

Há uns dois anos ,em uma das eleições no Vasco da Gama certa candidata contou que um menino esportista,ainda dependente juridico dos pais,precisou amputar a perna para não morrer,ao que os pais não permitiram ,por razões estéticas ,causando o desenlace fatal.Não sei o que aconteceu com o menino,mas se morreu os pais devem processados e o estado deveria ter se imposto.

Mas não há ilusões da minha parte:não é só a direita ou a religião que pensam e agem assim,a esquerda tem este viés proto-religioso,a partir de outras justificativas.Ela também não compreende a nação,a conexão individual/coletivo e impõe um setor nacional como se fosse isto o trabalho de um governo.Só o trabalhador organizado e que se coloca sob sua hegemonia é prioritariamente representado,mais ainda porque comunga de ideologias e conceitos teóricos.

Mas não é só a cara do governo não.


sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Putin e o Brasil

 

Interligações geopoliticas

Inumeras vezes digo que na politica e na história certos atos e fatos não são fortuitos ou casuais,mas fazem parte de um projeto maior,potencial,que deve ser observado por quem tem interesse e busca ficar um pouco à frente dos acontecimentos.

Foi Putin quem eliminou o problema da fome na Venezuela,fome intencionalmente provocada para desarticular a oposição de classe média que se formou no país.Maduro fez o mesmo que Stalin com relação à Ucrânia.Matou parte da população de fome para quebrar as suas pernas politicas oposicionistas.Diante do desespero reforçou a sua aliança com a Rússia e recebeu mantimentos,mas visando,acima de tudo,dar uma cabeça de ponte para esta última nesta região fundamental.

Esta atitude dos russos,os colocou numa das áreas geopoliticas mais importantes dos anos vindouros:a Amazônia,com todo o seu cabedal de água.Mas não só ela:perto, da Bolivia também ,que possui no solo profundo um “ poço” de água maior que o país.

A doutrina militar brasileira reconhece que a Rússia passou a fazer parte do “ problema amzônico”,mas não só ela :a China já domina o nordeste e os Estados Unidos estão onde sempre estiveram,de butuca ligada.

Dentro deste painel prévio o fato de Putin chamar Bolsonaro para visitar seu país não tem como ser considerado algo desconectado de outras ações tomadas simultaneamente.

Putin está pronto para invadir de novo a Ucrânia.Nação fiel da balança do projeto recorrente,há mais de 150 anos, da “ grande Rússia”.

A grande Rússia sempre surge quando está com algum problema.Há anos atrás Putin tentou dominá-la novamente(como fizera Stalin de forma bem sucedida),mas gorou porque parte dos ucrânianos,sem ligação com os russos,não aceitou.Os protestos na Europa barraram a iniciativa.

Os anos passaram e através de cooptação e corrupção(duas coisas juntas)viabilizaram aparentemente uma nova ameaça.Em frente a ela,o democrata enfraquecido Biden ameaçou contra atacar e Putin resolve envolver o Brasil em suas confabulações.

Estes dois gestos não têm nada a ver?Pode ser,mas é muito dificil pensar assim.Pode não s er nada,mas eu insisto que a História já mostrou que certos sinais são importantes de se analisar para se prevenir.

Ao juntar estas duas intenções ,ainda que Putin não consiga invadir e tomar a Ucrânia ele isola os Estados Unidos,reforçando a sua posição.Como no mapa abaixo:



Fica claro que este quase triângulo cerca os Estados Unidos,pelo menos,”contesta” sua hegemonia.

A situação está ruim para Biden e para a esquerda.Além dos erros politicos a inflação está crescendo nos eua.O panorama é ruim para o futuro próximo.A pior direita tem como retornar ajudada por este fisiologismo agressivo da Rússia.




quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Marighella III

 

Ainda não tive tempo de achar uma brecha no meu ritmo de trabalho diário para assistir a este filme,mas,repito,com base em toda a minha experiência de vida acompanhando este episódio,inclusive em casa,posso sim emitir mais opiniões sobre a figura central do filme e o filme em si,com o todo seu significado atual:estamos diante da continuação da polarização que vem destruindo o Brasil,como destruiu outros países.

Tenho dito que a esquerda tem que se renovar,reconhecer os erros,mas como sempre ,insiste em enveredar pelos caminhos errados e tortuosos do passado.Há uma explicação complexa e psicológica para isto,mas eu vou tratar disto em outro artigo.Neste,alguns insights se apresentam,mas o que quero ressaltar é outra coisa.

O que me impressiona é que na hora H ,mesmo aquela esquerda que acertadamente considerou a atitude de Marighella como um erro histórico,que só ajudou a justificar a continuidade da ditadura,fique quietinha ,por um pragmatismo canhestro ,segundo o qual não é mau que um comunista(qualquer que seja ele)fique na crista da onda.

Este pragmatismo é uma das razões históricas do fracasso do movimento e que revela ,no final,o tipo de pessoa que o integrou e o fez:o oportunista universal.

Desde as dissensões entre China e URSS eu ouvia que no final estavam todos no mesmo barco,o que não era verdade(Ou seja :mentira).

Nunca,para um comunista,as questões de discernimento ou de valores,ou de adequação com a realidade,têm mais importância do que a prática de tomar o poder do estado,passar por cima dos outros e fundar a utopia finalmente.

Nem os comunistas italianos escapam deste pragamatismo boçal.

Só eu mantenho a necessidade de criticar e repudiar esta epifania em torno de Marighella.Não tem sentido,senão para fazer um culto à personalidade,que como o de Stálin,só visava esconder graves problemas(e crimes),produzir um filme que exalta um ato tresloucado que só forneceu a justificativa que a ditadura precisava para permanecer mais tempo.Mais do que isto este perigo vermelho que nunca existiu, passa a ser usado para conluios entre a pior burguesia e os órgãos de repressão,na operação bandeirantes por exemplo, e para matar,como pontuava Ferreira Gullar,pessoas ,comunistas,cidadãos inocentes que tinham uma visão diferente destes radicais.

Nâo há razão nenhuma para agora jogar para debaixo do tapete estas idiotices e criar um culto em torno de Marighella.

A esquerda,ao invés de propor soluções para o Brasil,se utiliza de certos dados de sua biografia,bem como da de outros radicais, para criar uma imagem que encobre o seu desinteresse em relação ao nosso país e os seus erros do passado e do presente:porque Marighella sentou-se ao meio-fio e chorou por ter sido enganado por Stalin fica provado o seu anti-estalinismo.Contudo,como óbvio,não é suficiente garantir a saída do stalinismo por algumas lágrimas.O radicalismo de Marighella É stalinismo sim,É falta de espirito democrático e o filme em questão é parte do(seu) culto à personalidade.