O
século XX ia ser o século das grandes frentes,dos acordos entre as classes,que
permitiriam,como se deu em alguns lugares ,o crescimento democrático e sem
sangue de inúmeros países.
Vamos
ver os casos:inicialmente ,por inspiração do marxismo heterodoxo, grandes
sociais-democracias fizeram este pacto,na República de Weimar ,na Europa do
Norte e em outros lugares.
Mas
este “ método” atinge a China ,depois o Irã de Mossadegh.O “ front populaire”
na França.Aqui no Brasil a aliança entre
PSD e PTB gerou as condições de avanço do país,antes do golpe.Na Austrália,que
tanto agradava a Brizola.No Canadá.A aliança entre socialistas e comunistas em Portugal,que
permitiu a Revolução dos Cravos.
Como
eu disse em outro artigo ,a presença da URSS,a continuidade ilegítima dos
bolcheviques ,querendo precipitar o comunismo,facilitou o trabalho da direita em
assustar os povos quanto à possibilidade de ocorrer os mesmos cataclismos da
revolução russa em seus países.
Se
esta tendência continuasse, o progresso social teria sido a tônica do século
passado e não o sangue das guerras.
Para
mim,portanto,apesar da pressão de crianças e velhos comunistas, o socialismo
real foi e é parte do problema e não sua solução.
Tudo
o que vemos hoje é o rebotalho deste desvio inicial de 1917 e atravanca as
possibilidades de solução e de saída.
Por
outro lado,como a análise de certas esquerdas pontificou ,o retorno àquela
tendência é a forma de retomar o progresso social desejado,sem sangue e sem
precipitação.