quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O rescaldo de Trump



Passada a posse e os primeiros atos de Trump é o melhor momento para se fazer um balanço desta situação inesperada toda,não pelo fato de ganhar um republicano,mais este republicano,um homem que não é da política.
Em primeiro lugar nós da esquerda precisamos deixar de lado o elitismo típico dos teóricos e entender as necessidades das pessoas comuns que habitam as nações,que podem não ser o homem ideal de Guevara,mas são as pessoas reais,de Mao Tsé-Tung.A vitória de Trump,contra a minha vontade,confirma a minha idéia de que  a esquerda precisa incorporar no seu corpo doutrinário a nação,com todas estas suas imperfeições.
Em segundo a relação realista das nações implica que cada nação resolva os seus problemas,mas todos se ajudando.É uma junção pefeita entre o mundo real e o sonho ,Don Quixote e Sancho Pança e  este é um programa de vida.Eu me lembro que quando integrei o CACO na gestão de Vinicius Cordeiro,montamos o nosso restaurante,após muita luta.O pessoal do IFICS,ali perto,passou a usá-lo e nós exigimos que os nossos colegas resolvessem o seu problema e nós os ajudamos.
Ao falar no muro no Mèxico , Trump destrói a idéia de solidariedade  e recoloca o exclusivismo chauvinista na ordem internacional,mas ao mesmo tempo põe o realismo de que os países precisam resolver os seus próprios problemas.O México,que é um país que eu adoro e é importantíssimo,deve resolver o problema da miséria,com a  ajuda de todos.É irrealistico e ingênuo não pensar que muitos politicos mexicanos transferem o problema do seu país para os Estados Unidos.
Neste sentido e por estas razões,apesar de tudo,acho Trump um choque de realidade,que a esquerda deve analisar e aprender com esta derrota,para se modificar e evitar uma ampliação da força da direita no mundo.Ano que vem tem eleição no Brasil e na França,podendo ocorrer dois desastres:Bolsonaro e Frente Nacional.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Amanhã Trump,que droga!



Dia 20 Trump toma posse como novo Presidente dos Estados Unidos.Oliver Stone ,sempre oportunista,disse que ele pode surpreender.Já surpreendeu com este monte de conteúdo programático que vomitou nos últimos dias e que não há indicios de volta.
Stone cita o caso de Reagan e eu acrescentaria o caso de Nixon.Ocorre que estes dois Presidentes eram politicos ligados a uma tradição anti-comunista e tinham sido provados na politica durante anos.Trump o que foi?O que fez?Trump é como Dilma,não tem estofo para governar.
É preciso que as pessoas entendam uma coisa:o cargo de presidente da República ,como o de qualquer sumo mandatário de uma país,exige um certo tempo de maturação e de provação.Eu não estou dizendo universidade,eu estou dizendo que a pessoa precisa ter um tempo para poder demonstrar como sai de situações complexas,como reage a insultos e oposição e acima de tudo se merece a confiança dos setores mais complexos do estado e do governo.
Trump é um gestor de empresas e há uma diferença entre este setor privado e as instâncias públicas.Em ambos os casos os dirigentes administram pessoas,mas no caso da empresa privada a perspectiva é de sim mesmo,da sua relação com os outros,enquanto que no público o gestor já está submetido a um critério de grandeza em que ele também está incluído e o qual ele não pode mudar como se estivesse na sua empresa.
A confusão destes papéis é que me assusta e que a meu ver o separa dos dois outros presidentes citados ,que eram apesar de horríveis representantes da direita,homens de concepções politicas e não empresariais.

NEM LULA NEM TEMER:o BRASIL

Cheiro de golpe Fujimori no ar



Ainda que eu ache ser dificil o exército intervir na tual crise, ele pode servir de suporte para um continuísmo das forças conservadoras que foram levadas ao poder por Lula e Dilma,notadamente se o primeiro se candidatar com chances em 2018.
Vai ser a grande luta entre os continuísmos.Aprendi,já disse muitas vezes, a perceber os sinais da História.Esta conversa de 20 estados com as forças aramadas resolvendo problema criminal não me é estranha.
Ainda que com o fracasso das upps ,isto pode gerar a idéia de aprofundar mais autoritáriamente a presença não da policia,mas dos militares nos morros do Rio de Janeiro,que seria um estado-chave para uma solução não militar,mas de força.
Explico:as forças armadas não tomariam o poder ,mas ajudariam o continuísmo de Temer diante de uma situação nacional perigosa e que,segundo ele,pode ficar ainda mais periclitante com a volta de Lula.
Por isso digo,o melhor,agora ,é pensar no Brasil e na alternância de poder,com um outro candidato,uma outra pessoa,que expressasse o desejo de mudança evidente do povo brasileiro.Era por este motivo que seria bom o povo ir de novo às ruas.Nm Lula ,nem Temer:o Brasil.

O problema das universidades



A UERJ está em estado falimentar.OH!!Quem vive nas universidades públicas sabe que isto é um estado latente.E quem viveu ,com eu,na UERJ,sabia o que podia acontecer.
A universidade cresce na medida em que ela produz para a comunidade.É moeda corrente há decadas de que a UERJ sempre foi  loteada por pequenos grupos politicos ,que ,inclusive,faziam greves,para dar chance  a  alguns professores de cuidar da carreira e não dar aula.
O que ocorreu na UERJ ocorre de um jeito ou de outro em diversos lugares e como matanças em presídios são recorrentes,estes fatos o serão também,como já o foram na USP(principal universidade brasileira),há pouco tempo atrás.
E isto não se modificará porque as corporações que lá estão não vão questionar a própria culpa,a própria responsabilidade neste quiproquó.
São todos professores  de esquerda enquanto os seus direitos são garantidos,mas são de direita e oportunistas quando se trata dos funcionários,que se tornaram,no caso da UERJ,terceirizados.
A falta de salário não é problema dos doutores,exceto quando eles mesmos ficam sem ganhar.
Aí há uma unidade do “ mundo do trabalho” contra o governo,mas quando tudo estiver resolvido é cada um por si.
A questão da universidade é algo mais complexo e eu vou tratar em uma série de artigos proximamente.

A caixa preta do judiciário IV



Recebi tanta pedrada pelas redes quando comecei a realizar o antigo sonho de denunciar as mazelas do judiciário,que resolvi me preparar melhor,PARA CONTINUAR COM ESTA LINHA,QUE EU RETOMO AGORA.
E aproveito para usar o artigo anterior para esmiuçar  um problema muito sério das corporações, a que eu me referi acima.
Toda sociedade organizada(civil)precisa de corporações .Eu não vou perder tempo falando sobre a crítica óbvia ao “ espirito corporativista”.O meu ponto nodal metodológico é o seguinte:as corporações podem representar e ajudar  a sociedade nacional como um todo ou ficar na dependência de um único setor,geralmente dotado de capital.
Nos países todos é esta  a segunda alternativa que predomina.Vou dar um exemplo:apesar de eu achar que o futebol(e o esporte em geral)não tem esta função é possível inlcuir toda a população num projeto esportivo que não só produza atletas,mas também ajude todas as pessoas a  sair da sua situação de excludência.
A meu ver toda a corporação tem este escopo.Hitler usou a justificativa de impor à comunidade nacional dos alemães todos os departamentos do estado(o que facilitava a sua policia),com este objetivo,que não é o meu.
Não se trata de impor o estado à sociedade,mas de permitir que algumas corporações expressem de fato as necessidades de quem dela participa.
A maior parte dos jogadores de futebol( e esportistas olimpicos em geral)vive na pobreza,mas as suas insituições representativas são ricas e seus dirigentes se aproveitam disto para obter mordomiasm até ao ponto em que não podm viajar,sob o risco de prisão em outro país,já que o nosso não os fiscaliza.
A corporação judiciária,através do ministério público ,tem a obrigação de fiscalizar tudo o que acontece com o cidadão,desde o rico até aquele que está debaixo da ponte.
Quando um rico escandaliza a sociedade o ministério público quer logo participar,porque vai haver publicidade global em torno de  seu trabalho;mas quando um simples  cidadão é jogado pelos pais na rua,com AIDS,porque não aceitam a sua opção sexual,ninguém vai lá,o judiciário não vai lá,porque não tem repercussão.
Todo mundo sabe que há gente inocente nos presídios;que existem pessoas que têm que ser julgadas e que o simples fato de serem pobres as joga nos piores lugares,mas o Ministério Público não trabalha,não vai lá.
Nós estamos,espiritualmente, na época das galés,tão bem representadas no livro de Vitor Hugo “ Os Miseráveis”,guardadas as devidas poporções,mas dentro daquilo que acertadamente Foucault afirma:fala-se em direitos humanos,escreve-se sobre,mas no mundo real mal saímos das cavernas.
A corporação judiciária tinha que cumprir esta missão de protegera  todos,mas para fazer a conexão com a minha premissa metodológica,ela é dependenete consciente do capital.
O problema das universidades