quarta-feira, 27 de julho de 2016

A caixa-preta do Judiciário II



Os nomes das pessoas responsáveis por este  estado de coisas no judiciário aparecerão aqui no seu devido tempo e com a  prova devida.O meu lema,como pesquisador investigativo(jornalista)é o mesmo do BOPPE,entrar para “matar” e não virar Jorge Kajuru.
Antes,no entanto,e necessariamente,há que continuar a compreensão do processo pelo qual as coisas se desenvolvem no interior do Judiciário e não deixar passar nada.
No artigo anterior eu coloquei uma petição de principio dando conta de que  a ineficiência é proposital,para justificar o achaque contra aquele que vai ao balcão dos cartórios.
Muita gente me virou as costas,até me ofendeu,mas eu esperava isto.Tais atitudes dão a medida da veracidade das coisas que quero dizer aqui.
Mas se tivessem mais paciência perceberiam que as soluções que eu apresento consagram uma melhoria no serviço público,com aumento de salários,inclusive,como condição para a superação da corrupção.
Existem os altos interesses por trás da construção de palácios luxuosos,mas isto só se viabiliza na medida em que o funcionário é cooptado  a participar desta festança de poder.Na medida em que seu status(salário) aumenta também.
Toda vez que um tipo de tribunal é criado,como o Juizado Especial ,ele sofre com todo tipo de carência,mas esta carência é proposital,porque quando ninguém aguenta mais,inclusive  os advogados,está legitimada uma nova construção luxuosa,que visa dar dignidade ao tribunal e esconder os juízes ,do povo,de quem recebem a delegação de soberania popular inscrita na Constituição brasileira.
As custas exorbitantes também cumprem este papel,mas os juízes não podem usar esta noção duvidosa de “ dignidade”,para se esconder,de diversas maneiras ,do povo.
É este mecanismo recorrente que impede o desafogo da justiça e reproduz os interesses políticos dos que militam no Judiciário e se aproveitam dele,inclusive,no plano da corrupção.
O começo de uma solução é melhorar as condições de trabalho dos funcionários cartoriais e criar uma lei que exija que ao ser criado o tribunal já possua os seus fundamentos profissionais  presentes.
Depois eu continuo.

Romário



Quando votei em Romário eu pensei em liberar,com o meu humilde voto,as forças vivas da nação:um jogador negro,que fez mil gols num estádio importantíssimo para a ascensão das massas no Brasil,o estádio de São Januário.Alguém que vindo das comunidades conhece bem  o drama da exclusão ,mas tendo ascendido a um nível capaz de introduzi-lo nas classes altas,podendo compreender como ninguém o “ problema nacional” da exclusão,o qual tem como uma  das vias de solução mais decisivas o esporte em geral e o futebol em particular,com sua capacidade de mobilização do brasileiro,principalmente do pobre.
Meu sonho era que Romário encampasse esta idéia ,que vem desde João Saldanha e que eu tenho explicado e defendido aqui anos a fio;mas até agora o que vemos é um político hesitante ,sem noção de marketing(onde está o documentário sobre os 1000 gols?),não antenado com as mudanças da mentalidade do brasileiro(não é bom,tendo sido eleito pelo Estado do Rio ,como Senador,se candidatar a Prefeito porque isto seria usar a senatoria como mero trampolim político ).Era admissível ser candidato ao Estado do Rio,mas à Prefeitura não.
Há um movimento no Congresso para evitar que a política se torne uma carreira ao sabor da vontade dos políticos:se você é eleito para um cargo ,vai até ao final,não se precipite.Existe um desejo de mudança,no sentido de cumprir  regras e fundamentos.
Neste sentido eu espero que Romário reflita melhor  sobre o seu papel histórico,como o primeiro jogador de futebol a chegar a um cargo tão alto  como este.

Temer ,o inevitável



Eu já disse que defino o mandato de Temer como de transição.Continuo sendo contra eleições,porque isto não vai solucionar o problema,mas antes pode até agravá-lo e é só consultar os meus artigos anteriores.
Transição significa preparar o caminho para o próximo presidente,debelando as crises política e econômica;transição é aproveitar as manifestações  d e2103,que pediam e pedem reforma política para fazê-la do modo que o povo quer.
Neste último caso não vai ser assim,porque é lógico que os critérios de realização da reforma serão todos comandados por interesses dos partidos e principalmente do fisiologismo renitente e histórico do PMDB.
Então nos resta ficar olhando?Não.O que temos é que pressionar no sentido de aproveitar os espaços possíveis e amadurecer a  nossa democracia,pela implementação de novas bases políticas e novos elementos  de programa.
Não se há de usar esta necessidade para que os maiores partidos atinjam os menores,mas há que  ter coragem para reconhecer o fim de certas tradições de esquerda,que estão aí como zumbis ,a pichar muros,sem repercussão.
È uma idéia positiva sim reduzir partidos,pelo menos evitar que todos tenham acesso aos meios de comunicação.Uma cláusula de barreira.
Lutar para separar o funcionalismo,as profissões, dos interesses políticos.Abrir  a caixa preta do judiciário e retomar as verdadeiras teses do movimento social e trabalhista.
Vou esmiuçar estas idéias nos próximos artigos.

Olimpíadas



A escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas  deveu-se em grande parte ao fato de que era preciso manter o ideal olímpico como universal.Se ficasse no primeiro mundo ele perderia este objetivo ,posto desde o inicio pelo Barão  de Coubertin.
Estas afirmações quanto à qualidade do nosso projeto olímpico sempre foram moeda corrente e comum na relação dos europeus e do primeiro mundo com o resto do planeta e conosco especificamente:o eterno chauvinismo dos países “ evoluídos”.Aqueles em que ocorreram 1000 anos de guerras civis;aqueles onde ocorreu o genocídio;e aqueles em que o primeiro ato terrorista associado ao esporte aconteceu,em 1972,que terminou de maneira desastrada e trágica,uma vez que a policia local(alemã)não estava preparada para dar segurança a ninguém.
Nos vídeos sobre a Copa do Mundo de 1970 ,em que o Brasil demonstrava ,desde o inicio, uma superioridade técnica que nunca teve o primeiro mundo,percebe-se uma má-vontade em reconhecer este fato.
Então,ninguém me tira da cabeça que estas críticas,em parte verdadeiras,não são a reedição desta má vontade ,mas mais do que isto,sugere um propósito político de diminuir o terceiro mundo de vez,para promover novas olimpíadas.
Estes problemas, se ficarem expostos e repercutirem de forma constante no exterior podem dar motivo a que só daqui a dois séculos se ofereça uma outra oportunidade a uma outra cidade do Brasil(como São Paulo) ou da América Latina(porque Buenos Aires o quer também há muitos anos)para sediar uma Olimpiada.Pelo menos “ criando” esta “ verdade”,da incompetência terceiro mundo,os próximos processos de escolha já serão mais difíceis,com mais critérios impostos pelos “ lideres mundiais”.
O Brasil é atrasado(como outros países terceiro mundistas)na medida em que os fundamentos organizacionais do país não estão presentes,porque não há separação entre interesses particulares(políticos) e exigências profissionais.
Além do mais,como eu já explanei aqui, os países “ centrais” possuem,além da organização(e por causa disto a têm)mediações ideológicas e axiológicas que valem para todos,em princípio:a “ igualdade de oportunidades” nos Estados Unidos;a visão social do estado,nos países nórdicos;o estado de direito nos países da Europa.Não estou dizendo que isto funcione às mil maravilhas,mas é uma necessidade e um começo de país,pois a partir destas mediações há um mínimo reconhecimento mútuo dos cidadãos no interior de suas nações,o que é essencial para garantir vínculos de solidariedade,imprescindíveis à... organização.
No Brasil é cada um por si,o estado de direito,a cidadania,o conceito de povo e de república são palavras vazias que só aparecem em momentos  de crise.São como o Carnaval:num determinado momento ocorre e depois espera-se uma outra oportunidade,mas o carnaval,sociológicamente,tem uma regularidade,um padrão, a política,não,nem nas eleições.
Então nós temos que estar atentos ao significado do sucesso e do fracasso destas olimpíadas ,porque não vai ser sucesso ou fracasso apenas de nós,brasileiros e cariocas.

domingo, 17 de julho de 2016

Gauguin e Van Gogh




Amigos este artigo trata de uma exposição sobre Van Gogh e  seu suicídio que está sendo realizada no seu Museu em Amsterdam.Quer dizer os últimos meses de vida de Van Gogh e  as razões do seu desenlace.
Contudo é um aspecto lateral deste período  que me motivou fazer uma pequena exposição na minha plataforma educacional moodle,que é a comparação entre os métodos e objetivos da pintura de Van Gogh e Gauguin,cuja relação conturbada pode ter levado o primeiro a tomar a  decisão fatal mais rápido.