sábado, 29 de julho de 2023

Duas notícias muito boas do governo lula


Apesar de tudo,era como eu queria:o governo Lula aprendeu bastante com os conceitos que eu emiti aqui e entendeu o sinificado do que é um governo real de reformas ,a partir da sua definição.

Uma reforma,um ato de reforma, é aquele que atinge o fundamento de alguma coisa e por isso muda a realidade.No assistencialismo reinante nos dias atuais(e não só no Brasil)o que se faz é sempre mudanças relativas e cosméticas ou só para manter certos esquemas politicos funcionando.

No caso de um governo de esquerda a mantença de um comportamento assim é inadmissível e eu criticava o governo Lula e depois de Dilma por causa disto.

Mas eu recebi esta semana noticias mais que alvissareiras,não só do PT ,mas também do ambiente politico atual que melhorou muito em relação ao governo do ogro:o Juiz Alexandre de Moraes proibiu a remoção forçada de moradores de rua e exigiu aquilo que eu venho exigindo desde sempre.Que haja uma politica nacional para solucionar de vez este problema.

Semanas atrás tomei conhecimento de que há um pacto para acabar com a fome em trinta anos no Brasil.Esta foi a primeira grande noticia.

Mas agora veio esta.Casou perfeitamente com o artigo que fiz há pouco tempo sobre a Finlandia,que zerou a população de rua.Quando soube deste sucesso me informei e acabei me cadastrando no site da Feantsa,a empresa que trata mundialmente deste terrivel problema de exclusão e opressão.

E hoje eu recomendo aos governantes que se informem a respeito disto aí e se quiserem podem me pedir mais informações.

A terceira noticia foi agorinha e diz respeito a uma decisão do governo Dilma que só agora se realizou.

Eu fiz curso de roteiro com José Louzeiro.Uma vez ele mostrou ,para efeito de aprendizado dos alunos,o seu “Pixote” e depois da exibição,conversando com ele e sobre uma cena especifica do filme,em que Pixote precisa sair da escola,porque seu avô veio buscá-lo,tive uma ideia junto com ele.Morando longe Pixote deixou a escola.

Quem puder ver o filme veja esta sequencia.

Uma das ideias fundamentais que brotaram de nossa conversa foi que se Pixote tivesse uma escola mais próxima de si e até uma faculdade ou universidade,poderia sair da miséria ascendendo a bons empregos,inclusive de classe média.

Ao longo dos anos eu matutei neste papo e desenvolvi esta ideia:se nós pudéssemos,pessoas de esquerda consequentes ,espalhar proximamente às comunidades ,universidades ,talvez os trabalhadores que as povoam saissem de sua condição exercendo um direito constitucional de educação e pelos próprios pés(sem assistencialismo das vanguardas) saindo da miseria e das próprias comunidades,porque ,melhorando de vida,teriam de condições de morar aqui embaixo e não no morro.Pelo menos teriam a liberdade de escolher.

A noticia de uma faculdade no complexo do alemão onde se deu a primeira implantação da upp marca o inicio da possibilidade de aplicação de medidas sociais,após a expulsão dos criminosos,no que era o escopo inicial e subsequente à presença da policia.

Sem esta continuidade a upp não vai ser diferente do que têm sido as forças de segurança e a pacificação acabará natimorta.


terça-feira, 25 de julho de 2023

Lula vai de um lado para o outro

 

Levou algum tempo mas eu tive um pouco de tempo para poder falar sobre as relações de Lula com a Venezuela e seu regime ditatorial.

É aquilo que eu tenho dito sempre: Lula parece uma barata tonta nesse caso aí. De um lado dá impressão, uma impressão muito forte ,de que defende soluções ditatoriais para se mudar um determinado país como o Brasil e de outro, em termos pragmáticos, toma as atitudes práticas devidas.

Lula ,como o PT, é uma pessoa ,um político ,híbrido, entre visões ideológicas ultrapassadas da esquerda e de outro um sujeito pragmático ,como acontece nos políticos de todas as épocas e que sobrevivem às tempestades.

Menos mal ,no entanto, porque as questões práticas é que acabam sendo as respostas próprias para um momento.

A realidade prática é que realmente os problemas políticos da Venezuela deve ser resolvidos pelo povo venezuelano . Essa afirmação é um tanto quanto anódina porque isso pode significar o que realmente é ,mas pode ser também uma forma encobridora de no momento adequado assumir a defesa do governo de Maduro,coisa que Lula fez anteriormente legitimando um governo que reprime parte da população especialmente de uma igual àquela que existe no Brasil: a classe média.

Eu vou bater nessa tecla quanto for necessário para que as pessoas entendam que a tendência moderna de progresso, principalmente se esse progresso político for encampado pela esquerda, como é o que eu quero, é unir a classe operária com a classe média e não fazer essa divisão que vem desde o governo Dilma.

Além do mais é terrível ouvir da boca de Lula as mesmas conceituações feitas na época da ditadura por Geisel e os militares: que a democracia é relativa.

É uma das coisas mais trágicas ouvi-lo. Isso remonta aos critérios nazistas de democracia: quando em 1935 ficou claro que o governo de Hitler tinha se tornado finalmente uma ditadura, o mesmo alegou que era o governo nacional socialista um governo para os alemães ou seja era uma democracia para os alemães e... arianos.

Também me lembra o “ conceito” idêntico de João Amazonas ao defender ,em sua última entrevista, uma democracia para os trabalhadores, sendo que a definição de trabalhadores caberia a ele ,segundo sua interpretação de Karl Marx.

Lembro-me de SobraL Pinto se referindo a esses conceitos de maneira irritada a famosa entrevista concedida ao Pasquim no final dos anos 70: o que existe ,segundo Sobral Pinto, “é peru à brasileira” e não democracia à brasileira porque a democracia é universal,embora não se manifestando de forma única.

Quando eu digo que o Lula teve uma proximidade muito perigosa com a ditadura militar ao não entrar no colégio eleitoral para votar em Tancredo Neves ninguém acredita.Sempre me angustiei com isto e pelo visto continuarei.


segunda-feira, 17 de julho de 2023

Outro "debate" com beocios


Outra vez respondo aos beócios. Tantas ideias e projetos de artigos não coloco em prática por causa exatamente da presença de pessoas que vêm aqui nas redes sociais para me ofender, para me agredir sem me citar.Eu reclamo muito deste cerco porque não é que eu tenha propriamente medo desses idiotas.Esses tempos de fake news, polarização e preconceito como nunca se viu, pessoas que não me consideram, que se recusam a um debate comigo, alegando que eu não tenho importância nenhuma ou usando desses critérios próprios da polarização, ou seja, alegando a necessidade de suprimir um oponente simplesmente porque ele não concorda comigo, (que é a tônica dos dias atuais), me assustam exatamente por causa dessa desconsideração.Eu tenho todo direito de estar preocupado com as possibilidades de agressão, de acusações por parte destes beócios.Naturalmente eles vão inverter a responsabilidade da agressão para mim, dizendo que eu os chamei assim primeiro, mas até o momento inicial em que perdi a paciência e comecei a chamá-los do jeito que eles são, já sofria agressões ainda maiores.Para eles eu estou na área de conforto, eu sou um traidor porque defendo valores e critérios das pessoas que estão nos 5% no Brasil, desfrutando riquezas extraídas do povo trabalhador.Mas o pior é jogar em cima de mim a responsabilidade de pensar ser melhor do que os outros porque que faço o que faço. Sempre fui um admirador de um escritor negro como Lima Barreto, no nível do puro entusiasmo, e me jogam na cara que quero ser melhor do que professores e escritores negros que estão por aí trabalhando e fazendo a sua parte na luta.

A direita infelizmente tem a sua razão quanto à questão da vitimização.Sou mais de esquerda hoje do que quando militava,mas reconheço verdades ditas por ela.

A vitimização,muito presente na esquerda,é como uma forma hobbesiana de atrelar pessoas a uma culpa que não têm.Com a ajuda de Karl Marx virou um carnaval esta “conceituação” aí:se joga para pessoas e setores sociais uma culpa,uma vilanização,um jogar verde para colher maduro ,mas que tem um objetivo politico claro de catapultar(politicamente)supostas vitimas e seus aproveitadores(as vanguardas de esquerda),que não possuem proposta positiva nenhuma,nenhum trabalho ou esforço de compreensão da realidade de modo a mudá-la.

Eu sou culpado de pensar diferente destas vanguardas,porque por causa da divergência,estou me colocando contra os pobres e oprimidos.

Aí a vitimização se torna chantagem e ganha esta importância politica distorcida ,mas efetiva.

Se a direita quer manter o povo na ignorância para manipulá-lo,a esquerda vitimiza a esmo certas pessoas,para jogar a culpa desta situação nelas ,o que é absurdo.

Max Weber afirmava que “quem se humilha quer ser exaltado”e eu afirmo; “quem se vitimiza,quer dominar”.


terça-feira, 11 de julho de 2023

Esclarecimentos sobre um artigo mais pessoal

 


Semanas atrás eu escrevi um artigo em que ,lá pelas tantas,dizia que “ não tive pai,mas camarada de partido”.Recebi muitas críticas : “não devia fazer críticas a um pai falecido”, “ele não tem como se defender”, “ não se critica os pais”, “não se deve expor a vida pessoal”.

Vamos por partes:dá para juntar as duas primeiras críticas e dizer que eu tenho analisado uma questão essencial do movimento revolucionário,que é o envolvimento das famílias,às vezes e não raro,à contragosto,com enormes prejuizos para ela.Esta questão é posta por Marighella no filme homônimo e eu tratarei deste tema em próximo artigo.

Eu,como citei no referido artigo anterior,vi um documentário da TV câmara(ou senado não sei)sobre crianças no olho do furacão,no qual os nomes dos ativistas e suas famílias não são escondidos sob pseudônimos.

Existem pessoas em outros documentários e neste em particular que escondem o nome e isto deve ser respeitado,mas a questão em si é muito importante de ser analisada e não há porque esconder os problemas relativos ao papel das famílias dos revolucionários e suas consequencias.

Jon Lee Anderson cita uma conversa entre Guevara e Nasser ,quando o primeiro já se preparava para o ato final de sua vida:Nasser perguntou porque ele pretendia continuar a revolução no mundo todo e Guevara teria respondido “porque eu estraguei duas famílias e não sei mais como construir minha vida senão na revolução”,no que é o reconhecimento de um problema psicológico dos revolucionários,politicos radicais e militares(como o capitão Rodrigo de “O Tempo e o Vento”):o não saber mais como dar sentido cotidiano à vida,uma forma talvez inconsciente de suicídio revolucionário.Atribui-se este problema a figuras como César e Danton ,que poderiam ter parado as suas atividades mas continuaram como sonâmbulos.

Esta questão é politica e não há porque se esconder:eu não escondo os danos que a relação com um pai “revolucionário” me causou e como sou atacado por causa destes danos eu tenho o direito de me defender.

O terceiro ponto “não s e criticam os pais” é uma balela proclamada pela igreja católica que manipula a família através deles.Todo mundo está sob o estado de direito,os pais ,os filhos,e quaisquer outras pessoas.

E se deve expor a vida pessoal quando ela apresenta um problema grave o qual tem que ser publicizado para prevenir os outros e servir de base para análises.

 amigos ai vai a minha nova publicação:quarta edição de A ponte meus estudos sobre marxismo