o virus da politica
Não tem jeito:queria publicar um
artigo de filosofia mas o mundo real exige a nossa atenção
total(vamos ver se consigo ainda).
Eu sei que tenho uma tendência
conspiratória,mas vou tentar refreá-la.
O normal,diante da situação
atual de pandemia é a união de todos para lutar contra ela,já que
ameaça a todos.Contudo muitas dúvidas e tretas a
permeiam,permitindo,supostamente,que os politicos
pareçam(pareçam)usá-la para fins especificos.
Isto oferece ,pelo
menos,condições,de tentar entender estas diatribes entre os
governadores e o presidente;as relações entre os discursos de Trump
e de Bolsonaro(os dois jumentos);as dúvidas sobre se esta pandemia
existe(a quantidade de opiniões pululando na midia ajudam a ter
estas dúvidas).
Eu vou começar pelo último
item:também o normal é você se ater ao que os especialistas dizem
e por de lado o que os jornalistas transmitem.Ontem numa rádio aqui
do Rio de Janeiro alguém disse que felizmente este virus não se
transmuta muito.Hoje ,no RJ TV uma especialista contradisse pontuando
que este virus que está aí no Brasil já é diferente,o que por um
lado é bom porque facilita o seu entendimento e barra os de outros
países.Esta última informação não posso discutir porque não
sou especialista.Muita gente diz que eu sou pretensiso por quere
saber tudo e etc.,mas sou bastante consciente e sei os meus
limites.O que discuto aqui é a discrepância entre o que o
jornalista diz e o especialista.É informação truncada que não
acaba mais.
Na mesma radio antes deste
crescente de casos,um especialista disse que é normal morrer por
ano,uma quantidade de pessoas,principalmente idosas,por causa da
gripe comum.Até agora não vi nada de diferente neste quadro todo.
E é nesta mediação que entra o
virus da politica.Em função destas informações todas os mais
diversos discursos politicos aparecem,nos induzindo a pensar em
interesses e projetos,para agora e para depois.
Prometi refrear qualquer teoria
conspiratória,mas não dá para pensar de outro modo ao analisar as
atitudes do presidente ,afirmando toda a hora ,em cadeia de rádio e
televisão,as coisas mais estapafúrdias.A última cereja no bolo foi
chamar a pandemia de gripezinha,o que,em si mesmo,não chega a ser
nada demais,em vista do que disse acima a respeito da desinformação.
Contudo não é possível pensar
nisto,na gripezinha,sem admitir uma conspiração,uma grande mentira
mundial feita para enganar o povo do mundo todo ,com objetivos
politicos e econômicos.
Falei no artigo anterior,a grande
peste,que não descartava nada.Que a China tenha usado guerra
biológica eu não descarto mesmo e deixo esta hipótese aí.Mas eu
,como ninguém,não tenho prova nenhuma.É uma questão a
investigar.No entanto,tenho todo o direito de especular que o
empobrecimento próximo do mundo e do Brasil,fato inevitável,favorece
a China,que já vem comprando empresas falidas em diversos lugares e
no Brasil,especialmente no nordeste.Assunto para depois.
Nesta toada,concordo plenamente
com Freixo: apoiar agora o impeachment de Bolsonaro é ruim,porque é
o que ele quer,como já expliquei:isto tudo é uma provocação para
criar condições de colocar o vice e o dispositivo militar no
poder.Eu relembro a fala de semana passada,de Janaína
Pascoal,segundo a qual “ as forças armadas estão mais preparadas
para enfrebtar a pandemia”.Como não pensar num propósito
subjacente neste discurso,que se beneficia de uma histeria?
Quero esclarecer que para
mim,desde as discussões e investigações sobre o assassinato de
kennedy, não acredito em conspirações criadas por montes de
pessoas.Para mim isto contraria a lógica.Uma hora ,um dos
participantes ,dá com a língua nos dentes,até porque as coisas vão
amainando e a pessoa que revela obtém ganhos e não sofre nenhuma
ameaça.Foi assim no caso Watergate,em que o “ deep throat”
acabou se revelando,sem problemas.
Não posso acreditar que a OMS
está dentro deste projeto conspiratório.Do ponto de vista da
letalidade do virus,aqui em nosso país,ela ainda não superou as
estatisticas fatais da gripe comum,que continua aí.Era bom que a
midia expusesse isto.
Mas no plano internacional não dá
para considerar o que acontece na Espanha,na Italia,no Reino Unido e
nos EUA,como uma simples marolinha.
E me surpreende e me deixa
perplexo a chantagem que o Governador Witzel faz em relação ao
governo federal,dizendo que vai abandonar o isolamento se o
presidente não despejar recursos no Rio de Janeiro,evitando o caos
inevitável.Certo:o Rio está sem nada nos cofres,mas é estranho
aliados agirem assim.Dias atrás Bolsonaro afirmou que só entraria
na disputa no Rio de Janeiro,qualquer delas,se Freixo fosse
candidato.Ou seja,se Crivella e Witzel ficassem ele não teria porque
intervir.Muito estranho.Ele continua confiando nos dois.
|Mas que os aproveitadores estão
a postos estão.O que me preocupa é que por causa disto,eles
escondam alguma coisa para obter vantagens.De repente tudo indica que
esta gripe pode ser controlada,mas vai ser prolongada para que os
objetivos referidos sejam alcançados.A letalidade semelhante à da
gripe comum banaliza e os politicos não se importam,usando aquele
mesmo cálculo cinico de sempre:” garantimos a democracia contra o
comunismo com um preço mais do que razoavel,só 400 mortos e
torturados”.Agora seria:” Podemos deixar estas mortes
acontecerem,porque já aconteceriam mesmo, para obtermos alguns dos
nossos intentos”.
A história,e a história
recente,está cheia de exemplos disto aí.
Portanto,à parte a luta para me
informar para não morrer(do virus),o que me interessa é quem se
aproveita do quê nesta situação toda.
Quer me parecer que a direita
encastelada no poder se vale deste espetáculo grotesco de omissão
da esquerda mais uma vez(excetuando-se desta vez Freixo,que me lê
aqui)para elaborar um plano de auto-perpetuação,legitimando o
capitalismo mercadológico,roubando uma ideia da esquerda ,sem
citá-la.
O truque é simples:usar uma tese
da esquerda,que vem desde Grachus Babeuf e desemboca na
social-democracia e no welfare state,para legitimar um capitalismo,o
mercado.
Parece ser projeto desta direita
acabar com a dicotomia direita/esquerda,fazendo algo que a direita
nunca fez,se preocupar com a questão social.A proposta é não
enfrentar o problema do desemprego ,mas ampliar o principio
previdenciário,através do conceito de “ renda universal”,que
também é criação da esquerda,da social-democracia e que chegou ao
Brasil pelo PT e mais especialmente,há muitos anos,pelo então
deputado Eduardo Suplicy.Eu mesmo fui à reuniões na UERJ para
discutir esta ideia,que não era para substituir a questão
social,mas para minorar o sofrimento do povo e lhe dar condições
econômicas mínimas para se inserir no processo social e na
democraca social.
Há muitos anos fiz um artigo em
que conceituava que a direita nunca tinha se preocupado com a
questão.Sinto-me questionado por esta atitude dela,mas me mantenho
desconfiado disto aí,desta inflexão à esquerda,da direita!Como
sempre faço investigarei muito para voltar aqui e falar.Mas a minha
análsie de conjuntura termina aqui.Por enquanto.