quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O Guia do Politicamente Incorreto



O Ataque a Santos Dumont e  a Einstein e o que está por trás

 



Amigos, eu estou escrevendo textos mais alentados para combater este enxame de oportunistas de direita que se abateu sobre o Brasil,na perspectiva de um possível golpe militar.Mas vou resumir um pouco destes textos aqui para poder combatê-la agora,já.Esta direita que eu venho dizendo ,cresce ,como sempre,nos erros da esquerda,que se reuniu em torno de um partido anódino como é o PT(ou como foi, já que o PT desapareceu).
Agora um ataque que não é novo cai sobre a figura de Santos-Dumont.Desde sempre a contribuição deste brasileiro foi sempre contestada.A moldura desta contestação é a luta dos capitalismos americano e francês sobre a primazia industrial e tecnológica ,cristalizada na idéia do “ transporte aéreo”,do “ mais pesado que o ar”.Os americanos queriam superar os franceses e acabar com a “ Belle Epoque” e instaurar aquilo que se chamou depois de “ American Way of life”,coisa que só aconteceu depois da 2ª Guerra.
Quando em 1901 Santos Dumont circundou a torre Eifell  comandando o balão, ele não só criou a possibilidade dos dirigíveis,mas avançou neste projeto supradito de controlar e dirigir aeronaves e aviões.
Portanto os irmãos wrhgrit ,quando dirigiram o seu avião já deviam alguma coisa ao brasileiro.Ponto.
O que acontece é que o senso comum não tem como saber sobre o desenvolvimento da História do conhecimento.E na luta dos grandes cientistas para prevalecer, o mercado capitalista joga um papel propagandístico de exagero para vender o produtos derivados das suas  descobertas.
Então Alexander Fleming foi o único que criou a penicilina.Albert Sabin foi o único criador da vacina anti-pólio.Einstein foi o único físico a tratar da relatividade e Santos-Dumont foi o único a inventar o avião,mas o que ele fez ,bem como o que os outros fizeram,não guarda tanta distância assim entre aqueles que trataram dos temas de suas investigações.A ciência e o conhecimento são empreendimento coletivos,em que,ressalta uma individualidade que eventualmente descobre algo espetacular.Mas ela não é e não foi sozinha neste caminho.
Contudo daí diluir a descoberta vai outro problema.No caso dos irmãos Whright NÃO HÁ PROVA DE QUE ELES TENHAM RESPONDIDO AO PROBLEMA PROPOSTO DE COMO LEVANTAR UM APARELHO CAPAZ DE TRANSPORTAR PESSOAS SENÃO INDEFINIDAMENTE ,MAS NUMA QUANTIDADE ECONOMICAMENTE APRECIÁVEL.
Fazer um protótipo até um menino apaixonado por aeromodelismo consegue fazer,mas a questão não era esta.



O 14 bis cuja haste frontal(onde está o número)é vista aqui é um momento histórico da tecnologia industrial moderna,porque é ela que ,por sua matemática subentendida e conformação física, permite  a ampliação do espaço onde colocar os passageiros.Não importa que ele tenha colocado para a frente.Basta colocá-la para trás.O princípio era a prova do “ mais pesado” e da base tecnológica capaz de viabilizar economicamente o transporte aéreo.
A questão dos irmãos não é terem um protótipo mais parecido  com os de hoje e nem que tenham intencionado e conseguido voar com um “ mais pesado que o ar”:simplesmente não provaram que tinham achado de fato o princípio.
Soa como desculpa o fato de que eles eram solteirões esquisitos(nem todo solteirão é esquisito)e não revelaram o que sabiam.Para quê iam lutar anos para dar uma resposta a um problema candente e que interessava ao seu país e aos investidores,que estavam,supostamente,no primeiro vôo?
O fato do 14 bis só dar “ pulinhos” na expressão daquele jornalista, não significa nada,porque não era intenção de ninguém em 1906  fazer um avião completo,mas demonstrar a sua viabilização.
O que está ocorrendo não é novo.Esta direita que pensa que tais temas são novos é uma continuidade daquela começada pelo livro “ A curva de Bell”,” A curva do sino,que por sua vez provém de outras formulações  da ultra-direita nacionalista e neonazista que visa promover a hegemonia estadunidense em todos os lugares e no Brasil.
Por este livro a hipótese da incapacidade inevitável de alguns setores sociais é “provada” e portanto precisam ser tutelados por uma ...ditadura.
O novo nesta direita é a franca articulação anti-nacional com este projeto hegemônico,que revela pela primeira vez a disposição de legitimar os Joaquim Silvério dos Reis da vida brasileira,que já não escondem a cara,mas se expõem.Sem talento,sem coragem, eles espiroqueteiam grandes figuras para aparecer e escondem a sua falta de trabalho e de mérito.Teve um neste programa do History Channell que caluniou mais uma vez Santos-Dumont,o qual não tem como se defender.
As instituições,como o History,  são perigosas porque elas vendem a idéia de que só as pessoas que estão integradas nos seus projetos têm “ autoridade” para falar.Uma pessoa independente(como eu)não é vista como capaz e não recebe as benesses financeiras,que a pessoa competente e corajosa tem direito a receber mais do que estas “ correias de transmissão”de interesses escusos,como o dos Estados Unidos em relação ao Brasil.Por isso não os cito aqui,mas os desafio a polemizar comigo.
No próximo artigo  falarei do caso Einstein.




terça-feira, 28 de novembro de 2017

O projeto alemão



Há que se reconhecer que a presença sempre forte da Rússia na Europa força os outros países e principalmente a Alemanha ,a se proteger.Uma visão absolutamente(se é que existe absoluto..)igualitária  pode propiciar evidentemente um enfraquecimento,mas na elaboração de um bloco integrado estas coisas devem ser vistas previamente e é por isto que eu deploro o fato de não haver uma esquerda moderna hoje capaz de pressionar as grandes potências a incluir nesta proposta uma visão,não digo social,mas aquela tantas vezes repetida,desde Dante Alighieri,de que ,no plano decisório dos direitos ,cada nação ,grande ou pequena,deve ser respeitada.
O nosso Rui Barbosa,na Conferência da Haia de 1908 assim o propôs,mais uma vez, e as nações grandes acabam sempre por impor a sua vontade às nações menores que não podem fazer nada(ou não querem).
Sei que vou levar pedrada ,mas ainda sou terceiro-mundista.Acredito que uma união cada vez maior dos países pobres no sentido de pressionar os ricos tem condições de levar a esta modificação essencial.O problema é que os países pobres são dependentes dos paises ricos  e no seu esforço de libertação não conseguem desvencilhar as suas economias das dos grandes países,mas o limiar de um novo mundo é ,entre outros,este,o terceiro-mundismo.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O projeto hegemônico alemão está fazendo água?



Os problemas de Angela Merkel para constituir o seu quarto governo são consequencia  da derrota de Obama.O nacionalismo de Trump fez ressurgir a polarização com a Rússia e a Alemanha ficou imprensada entre estes dois gigantes.
A saída eventual de Merkel não significará necessariamente a derrota deste projeto.A Alemanha pretende hegemonia sobre a Europa e o mercado comum desde a crise grega,cuja causa foi ,em grande parte, ela própria.
Para evitar o avanço russo sobre o leste a Alemanha quer ter hegemonia sobre esta região,neutralizando ,por tabela,a influência da França.A França não tem mais um aliado forte na Inglaterra(isto desde a 1ª Guerra)cada vez mais dependente dos Estados Unidos e correndo risco de desmembramento(Escócia,Irlanda) e por isto se isola.Quem garantiu a unidade espanhola(e de Portugal)foi a Alemanha,mas esta situação de segurar,como Sansão,as duas pilastras,se tornou um problema adicional.
Perguntar-se-ia se a continuidade do governo Merkel não  seria melhor.Na verdade,havendo esta pressão, o projeto continuísta se torna perigoso,porque fica clara demais a sua intenção ,o que causa reação.
É preciso um “ Agiornamento”,uma rearrumação política para evitá-la.Mas Merkel não deseja governar com as minorias,porque ficaria à mercê dos partidos,então a convocação de uma eleição é provável para resolver esta contradição entre a Alemanha e a sua governante.Contudo, a sua saída é possível também para preservar a Alemanha,mas qual Alemanha?Uma,não hegemônica, ou outra ,democrática e integrada na comunidade Européia?