domingo, 26 de março de 2023

Análise de conjuntura aa

a condução da política por Lula

Disse em outro artigo que o povo brasileiro votou em Lula e Lula não é um liberal,não tendo como governar como liberal,mas como quase social-democrata,preocupado com a questão social.

Por isto eu entre outros votei nele.A frente que o apoiou não tinha o direito de mudá-la,de pressionar o Presidente,não só por razões formais,do direito do Presidente de governar segundo suas idéias.

Contudo o presidente tinha que insistir numa politica de frente.Muita gente me critica em fazer considerações históricas prévias,achando da minha parte um exagero caracterizar nossa época como parte ainda da redemocratização.

Eu mantenho esta base histórica.Mas considerando apenas o nosso tempo imediato,repito à farta a necessidade de ter uma visão nacional do Brasil e de sua politica.

Antes da eleição do ano passado Lula afirmou em entrevista que a polarização era boa e fazia parte da democracia.

A democracia também tem seus limites.Diante da situação catastrófica em que o país ficou era fundamental ganhar setores mais conservadores ,que cometeram o erro de apoiar Bolsonnaro.

Alckmin só não é suficiente ,até porque ele estava já bastante fragilizado politicamente e pronto para deixar o cenário.

Toda esta confusão com a taxa de juros,esta dissensão com o Banco Central é reveladora desta desconexão com setores que apoiaram Lula e não tiveram uma expressão adequada no seu governo.

Ainda que não importe uma ideia de transição e de acabar com a redemocratização ou concluí-la,a de uma visão nacional e de frente era e é obrigatória,para manter a politica em condições de ajudar ao governo e ao Brasil.

Focando só nas pessoas,Bolsonnaro ,Moro ,o efeito desejado pode sair pelos contrários,com estas pessoas se vitimizando diante do povo,que pode comprar esta visão.

O perdão àquele deputado corrupto só não teve maiores consequencias,pela desimportância do mesmo.Mas foi uma decisão péssima.

E last but not least,a coisa mais decisiva para jogar a direita em definitivo no centro da terra é desviar o povo brasileiro da direita fascista para botar o Brasil em si mesmo,coisa que não acontecerá com estes erros e com a desconexão do Brasil com a democracia ed esta com a nação.

O personalismo manterá a direita aí.


terça-feira, 21 de março de 2023

Resposta a Terra é Redonda

 

Dentro desta minha luta contra o meu não -reconhecimento um ruido desta semana o fez adquirir um novo patamar :de repente no meu computador apareceram matérias nesta revista eetrônica,usando os mesmo temas que eu uso aqui.

Eu milito na esquerda desde o útero.Acompanho o movimento comunista(se ainda existe um) já do berço e vejo,ouço e leio as mesmas coisas,as mesmas denuncias sobre a miséria.

Você coloca 12 anos de um governo de esquerda,cheio de comunistas e a mesma coisa acontece:nada.Ele faz a mesma coisa que a burguesia faz e num certo sentido,melhor:assistencialismo.

Nenhuma perspectiva de mudança real se vê pela atuação dos militantes e dos intelectuais,que fazem a sua carreira,constróem o seu patrimônio,inclusive intelectual,mas também material,às custas do povo brasileiro,como a direita.É tudo igual.

Todo intelectual ,em qualquer época,é um profissional como qualquer outro:ele oferece conhecimento à sociedade para que ela mude para melhor.O trabalho intelectual é ancilar e no fundo quaqluer trabalho ajuda a sociedade e aos homens.

Foi Platão quem mudou esta situação,açulando a potencial vaidade dos intelectuais para comandar o mundo.

Desde então, de um jeito ou de outro ,o intelectual se posiciona desta forma.Quando o intelectual marxista surgiu havia a esperança de pelo nexo teoria/prática esta distorção platônica,este falseamento,desaparecesse,mas se observarmos direitinho Platão está sob O Capital.Este livro é platônico no sentido de querer ser um modelo do mundo,como uma biblia.

Repito que eu milito na esquerda desde o utero:nunca um intelectual tinha revelado os nexos entre Jacob Boehme e Mestre Eckart com Hegel,até porque marxista não se importa com os fundamentos religiosos da filosofia.Quando se importa é sempre sob os óculos das histórias da filosofia “materialistas dialéticas ou históricas” ,distorcendo a seu bel-prazer a evolução da filosofia.

Da mesma forma este descaso se dá pela imbecilidade de considerar a filosofia um saber superado e substituido pela ciência.

Pois não é que apareceu nesta revistinha um professor doutorzinho que eu não sei o nome dizendo que sempre trabalhou com estes autores?Depois apareceu um tal ivonaldo,usando o mesmo método que eu uso ,com esquemas e usando os autores que eu uso.

Eu vou explicar estas besteiras,infantilidades e idiotices,repetindo que eu milito na esquerda desde o berço e sei o que é isso:o que estes cretinos querem dizer ou querem fazer é mostrar que eu não tenho originalidade,que o que eu digo outros já dizem e que eu me acho acima dos outros ao colocar estes textos.

De duas formas esses totalitários querem me jogar no lado escuro da Lua ,me jogando contra as pessoas,me carimbando de pretensioso,porque penso diferente deles e tal.E de outra forma montando nos meus temas ,no meu método,me acusando de fazer o que os outros já fazem,querem tirar de mim a originalidade da minha crítica de esquerda ,de Stalin, que é mentor deles,e dizer que foram eles,controlando esta crítica,de modo a manter tudo no mesmo lugar.

Se não for assim todos eles desapareceriam,porque a base da carreira deles é o totalitarismo stalinista.É o cânon soviético que os “orienta”.

Estes intelectuais são iguais a Putin:faz um memorial das vitimas do stalinismo mas só existe por causa da estrutura criada pelo assassino e falseia,com a comissão iakovlev,que realizou uma comissão da verdade,como a nossa aqui.

Mentirosos.Falsos.E sobretudo covardes.

Ai vieram agora com a mesma acusação de sempre de que a internet é a “sociedade dos imbecis” daquele intelectual italiano,Umberto Eco,que caluniou as pessoas,que,como eu têm uma oportunidade de expressar seu pensamento,depois de anos de estudo e dedicação.

A internet é igual à sociedade:tem gente ruim e gente capaz,gente que não teve oportunidade,que foi injustiçada por estas máfias intelectuais nas universidades,sejam de esquerda ou de direita.

Eu conheço gente que obteve titulo de mestrado e doutorado por amizades quatrocentonas;por que se deitam com professores e até com os presidentes de banca;porque pagam por estes mestrados;porque conseguem com politicos.Eu mesmo tive esta oportunidade.

Conheço um professor da UFRJ que se deitou com a presdiente da banca examinadora ,foi aprovado no dia seguinte e deu um anel de brilhante(ele é de familia rica)para ela.Haja critério!

Já afirmei que eu não me importo com nome. Faço o meu caminho e não me preocupo em competir,porque a maioria do povo brasileiro não tem acesso ao conhecimento.EU SOU DE ESQUERDA.

Estes intelectuaizinhos ditos de esquerda se aproveitam da miséria do povo,escrevem livros ,teses,que não têm resultado politico nenhum e vão fazendo carreira,vão fazendo carreira.

Quando aparece alguém do povo disposto a dizer a verdade eles mostram a sua desonestidade e covardia.Todo stalinista é covarde,mas assim também é demais.

Desonestidade de não me reconhecer como interlocutor válido.Covardia de usar os meus temas,fazer o mesmo que eu sem igualmente reconhecer.

Na crítica do marxismo à sociedade capitalista,nós sempre dissemos que idolos da midia,pessoas notórias sempre foram usadas e depois jogadas na obscuridade porque já não se transformam em dinheiro,em capital.

Foi assim com Orson Welles,Elvis,Amy Whinehouse,Marylin ,os idolos do cinema,Mabel Normand,Gilbert.

Mas no lado do socialismo real é a mesma coisa:quando a revolução bolchevique ocorreu todos os objetivos idealizados foram tentados.Acabar com os tribunais ,favorecer pessoas comuns ,sem formação,acabar com a politica e o que se viu foi algo pior.

A trajetória do fisico Landau é muito elucidativa entre outras:ele contribuiu desde o inicio da revolução para a formação da física soviètica ,sem ter formação .Após cinco prisões e torturas ele foi alçado à condição de professor e provisionado.

Neste momento a estrutura universitária soviética se formou e proibiu que a pessoa sem diploma pudesse participar da universidade.

Algo simile aconteceu com Orson Welles:não deu dinheiro nunca e foi sendo escanteado progressivamente.

Aqui no Brasil Lobão andou argumentando sobre este problema.Na medida em que o criador não satisfaz o interesse do mercado,não tem oportunidade de atingir o mainstream.

Por outro lado aquele que formou um mercado nunca mais é deixado de lado e aí ninguém que expresse o seu tempo,o movimento cultural tem como s e expressar.

Guardadas as devidas proporções o socialismo real é igual ao pior capitalismo.Ele faz a mesma coisa que o mercado faz:exclui aquele que o ajudou.

A tendência dos totalitarismos do mercado e socialismo é esta perversidade.Na evolução da esquerda até a primeira guerra este conceito era conhecido e criticado,em todos niveis ,e aí nós vemos numa constituição de Weimar a admissão de candidaturas politicas independentes dos partidos,para permitir dar chance a pessoas de contribuir sem passar por estes mainstreans perversos e mentirosos.

O papel destes intelectuais desta revistinha aí é o mesmo do pior capitalismo:se colocasse a senhora Walnice Galvão no lugar do Zhdanov cairia “ bem”;Daniel Aarão Reis que veio aqui há dois anos me colocar uma canga,vive em cima do muro,se aproveitando da crítica ao stalinismo,para ficar no mesmo lugar.

Gosto muito do meu Professor Leonardo Boff,mas é preciso reconhecer que a sua repercussão intelectual se dá em grande parte por causa da Igreja Católica.

A dissensão com a Igreja Católica por parte de uma pessoa tão abalizada como ele revela que ele entrou ingenuamente,porque as coisas foram sempre daquele jeito na Igreja.E formular uma concepção de modo a permitir que as massas cristãs possam fazer a revolução,é algo totalmente fora dos esquadros .

Os reformadores fizeram mudanças na vida social a partir da teologia,mas a teologia da libertação não tem a mesma capacidade porque ela rompe com os fundamentos da religião,que todo mundo conhece.Se não concorda com estes principios não entra nela.

O professor Leonardo Boff,como a Teologia da Libertação não entende que o movimento social é laico,o movimento socialista e comunista não têm nada a ver com religião.O religioso pode e deve entrar,mas os critérios não são os mesmos.

O ideal socialista ou comunista é produtivo,é de divisão da produção,não é repartir o pouco que se tem ,como num monastério.O critério de solidarismo dos pobres não é melhor do que o da classe média e de outras classes.

Não tem porque exigir o solidarismo dos menos favorecidos em todo o lugar.Não é religião.

Maria Rita Kehl vai continuar tendo nome fazendo comissão pelos próximos 100 anos.A esquerda que não tem proposta para a nação,e só para um setor escolhido por Karl Marx,se esconde neste martirológio cristão,tentando obetr popularidade pela piedade.

Assim eu concluo parcialmente esta intervenção esperada destes intelectuais contra o meu trabalho aqui:mas quem defendeu e defende a comissão da verdade para os crimes do socialismo,quem defendeu pela primira vez isto aí fui eu.O plágio de Hegel de Jacob Boheme fui eu e se forem eles honestos vão reconhecer.

Eu vou mostrar como eu sou o autor deste novo caminho da esquerda.


Um truque stalinista muito do vagabundo artigo dedicado ao espirito de honestidade da revistinha a terra é redonda

 

Quando houve a auto-critica universal dos comunistas em 56,entre eles stalinistas,um fenômeno bastante interessante e complexo também apareceu:o stalinista que finge ter feito a auto-critica.

Vamos percorrer a história das auto-criticas do comunismo no século XX:em 56,Kruschev que havia participado de forma destacada da repressão à Ucrânia na coletivização forçada,teve(digo teve ) que fazer esta enorme e histórica auto-critica,porque senão s eu governo e a urss não se sustentariam.

Em todos os momentos,e como prática que se tornou obrigatória nos partidos comunistas,a auto-crítica,o reconhecimento dos erros,adquiriu dois significados principais:de anátema e de justificação para exatamente ter o contrário daquilo que se espera de uma autocritica,a mudança.O que houve foi o fenômeno da relativização:o sujeito comete um erro crasso ,faz uma auto-crítica e fica no mesmo lugar.Prestes é um dos exemplos mais claros disto aí:disse que a revolução comunista estava em curso 20 dias antes dela ser derrotada.No dia seguinte à derrota reconheceu que estava errado...Num lugar sério,num partido sério,ele seria apeado do poder imediatamente,mas os seguidores o seguiriam,por isso tal retirada levou uns vinte anos.

Marcuse identificou no anátema  algo semelhante ao que ocorria na inquisição:uma forma de obrigar a pessoa a confessar seus erros(e crimes) e se modificar segundo os critérios do coletivo,de submissão ao coletivo.

A igreja católica usou de um truque ,um erro sutil programado,que foi depois sempre usado pelos ditadores ,tiranos e totalitários de todas as épocas:na figura do pecado ela introduz subliminarmente o crime,crimes menores,manipulando o seu peso;e no pecado mesmo,de outro lado, exagera certos comportamentos(masturbação),quase igualando-o ao crime.Desta forma ela manipula(Ou eles manipulam considerando seus seguidores supra-ditos)as pessoas,a partir de coletivos e ideologias mal-formadas e com vicios de origem.

Platão já tinha identificado isto na  “República”:”se todos são igualados alguém ,sub-repticiamente, manipula e controla esta coletividade,onde ninguém se mexe.Só os “de cima”.

O artigo do Prof.: Ivonaldo,que me foi trazido aqui eletronicamente  pela revista “A Terra é Redonda”,é cheio destas características acima relacionadas:circunlóquios e cabriolés que visam “readaptar” ,como sempre,uma corrente de pensamento cujo valor e peso já não têm tanto significado e não tinha antes:só passou a ter por causa da vinculação entre Lênin e Marx,que  como já demonstrei,não é verdadeira,visto que Marx nunca apoiou a Revolução na Rússia.

A considerar as afirmações de Issac Deutscher no seu “O Profeta Armado”,de que Vera Zasulitch convenceu Lênin de que era possivel aplicar Marx à Rússia,ela mentiu,porque recebeu em 1881 uma  resposta categórica do pensador negando este caminho.(Deutscher,Isaac- “O profeta Armado”-p.130)

Desde então e com o cânon soviético sendo o mais importante modelo  a orientar os revolucionários,mesmo depois da imensa derrota,nenhum comunista ou stalinista aceita admiti-la,por razões de convicção,mas de ordem igualmente pessoal e existencial:se admitirem admitirão o fracasso de suas vidas,daquilo porque empenharam as suas vidas.

Contudo,todo movimento se renova e se o revolucionário em geral(auto-proclamado) tem apego à vida e não só a si mesmo(como é o caso dos intlectuais marxistas);se tem apego ao futuro como diz  frequentemente,mudar não seria algo tão penoso.

Contudo o medo a ser esquecido ,o medo de olhar para trás e não ver nada supera a luta ,a necessidade de continuidade da luta.E também a  egocentria e vaidade pessoais exigem exaltação.

O artigo deste professor tem parágrafos importantes a serem contestados e pretendo fazer isto num quase livro,que já estou aprontando aqui ,mas envio este pequeno artigo,escolhendo um parágrafo só,por ele ser elucidativo da minha posição atual e por comprovar o que eu disse acima.

Diante da necessidade de reconhecer os erros e crimes de Stalin(não se sabe bem o quê,erros às vezes vêm no lugar dos crimes...)mas contunuando no mesmo caminho(porque se admitir os erros e crimes a pessoa desaparece para sempre)há que dar voltas intelectuais para manter as coisas do jeito que estão ou estavam.

A afirmação do Sr. Ivonaldo de que o cientificismo começa com a II internacional se encaixa nisto aí.Por causa de Rosa Luxemburgo e seu texto sobre a acumulação do capital se fez uma conexão até certo ponto verdadeira entre a II internacional e Stalin e a sua visão do colapso geral do capitalismo,que fundamentou a ação do Instituto Marx-Engels-Lenin e depois Stalin,sob  a batuta de Evgueni Varga,da “ Crise Geral do Capitalismo”.

Contudo como observa Oskar Negt,no volume 2 da parte III de  sua História  do Marxismo Rosa Luxemburg não é uma ruptura com Marx,ela é uma renovação da ortodoxia,que começa evidentemente com Marx.Marx não analisou a questão dos mercados externos,que vieram com o colonialismo no final do séc.XIX.(Oskar Negt- “Rosa Luxemburg e a renovação do Marxismo”-in Hobsbawn,História do Marxismo,parte III,II Internacional-Paz e Terra-1984)

Quando Rosa foi resenhar o capital,notou que ele estava defasado e tentou mostrar o óbvio:o capitalismo se renovou porque buscou novos mercados.Aquilo que aconteceria no âmbito mesmo do capitalismo,a sua explosão,prevista por Marx,foi adiado pela conquista dos mercados externos ,mas quando isto acabasse  o capitalismo entraria em crise definitiva.

Por este motivo a estratégia anti-imperialista da URSS consagrava a ajuda ao processo d e descolonização da África.Certa vez Lênin disse “ a vitória do socialismo passa pela África”.Lênin estava dentro desta concepção e deste caminho também ,porque ele vinha desde Marx.A partir do esquerma só e sta conclusão era possivel.

Então não há uma ruptura propriamente e existe uma linha que vai de Marx até Stalin.

Mas não é por isto que eu ressalto tais fatos :o truque stalinista a que eu me  refiro é para salvar o principio revolucionário ,supostamente estabelecido por ele e isentá-lo de culpa na eclosão do stalinismo.O truque é este.

Mas não se pode separar um do outro,porque toda a estrutura  que permitiu o stalinismo foi ele quem criou.Um não pode ser separado do outro e Lênin é a base.

Como eu já mostrei em alguns dos meus artigos  Marx nunca apoiou a Revolução e se Lênin a fez em nome ele errou,não é marxista.

A única parte do marxismo que não é cientificista ou ideologicamente cientificista,é a II internacional,que associou ao marxismo,no qual falta uma filosofia,à Kant.

Korsch e os irmãos Bauer principalmente,mas Bernstein também(Kautsky menos)mostraram o valor autonômo das idéias e como elas deviam ser levadas em consideração no processo revolucionário.

Neste momento os vácuos proprios que levaram ás distorções na concepção marxista da superestrtutura,empobrecida como mero reflexo da base material, causaram a impressão de que o comunismo viria como mera consequencia objetiva do desenvolvimento do capitalismo.

Bernstein cometeu este erro  ao dizer que “o movimento é tudo” e Gramsci em certa ocasião contestou esta afirmação,afirmando que num determinado momento a decisão revolucionária teria que se fazer presente ,por mais simples que seja.

Mas a partir da II internacional e de Gramsci fica claro ,com a sua primeira antinomia, que o processo  revolucionário como entendiam  Lênin e Marx não ocorreria mais,pelo menos no ocidente e como eu já expus num outro artigo recente meu ,no final da vida Engels reconhecia que aquele modelo revolucionário d e barricadas não existia mais.

Tanto em Bernstein como em Gramsci,a questão da autonomia crescente da superestrutura,que se ligava a paises ocidentais complexos,adquire um papel decisivo na superação do principio revolucionário,como Marx e Engels desejavam.Este último até a parte final da vida.

Confundindo-se esta questão de superestrutura,ou seja,não reconhecendo a sua autonomia,o Sr. Ivonaldo mantém o marxismo intacto o que não é verdade  e o que não é possivel.

Mas é um truque jogar a  culpa na II internacional pela eclosão do stalinismo,quando a culpa é de Lenin e dos bolcheviques que fizeram uma revolução fora de lugar.

Quando a base subjetiva não existe ,bem como a objetiva,não há como construir comunismo e aí o poder dominante,hegemônico,se impõe pela força.Mesmo que sejam os utopistas,os operários.O trabalhador oprime também.

O incauto que não conhece esta discussão associa Stalin ao evolucionismo socialista da segunda internacional,mas o processo revolucionário continua,mesmo na estratégia de reformas.

As revoluções são engandoras,porque as vezes elas não mudam nada.Mao Tsé Tung disse isto no final da vida ,que não tinha mudado nada,só o entorno imediato dele.

Como diz Ellen Wood e no rastro do marxismo ocidental da II internacional e a partir de Gramsci,a transformação revolucionária se  dá na sociedade civil e pela democracia,considerando as classe média  e operária,considerando a nação,como fizeram até certo ponto os italianos do PCI.(Wood,Ellen -” A democracia contra o capitalismo”)

Ma o cientificismo está em Marx,na sua concepção dialética puramente hegeliana,monistica,que é ressaltada por Plekhanov e continuada por Rosa Luxemburg e que reflete-se em Stalin.

Ao usar Kant e a democracia a Internacional e  os autores citados rompem com esta metafísica de Marx,com esta visão explosiva e rupturista,que o Sr. Ivonaldo pretende manter sem conseguir.

P.S.:

este artigos que têm chegado aqui na minha internet são feitos a partir dos conceitos e verdades que eu tenho escrito nos meus blogs,os quais têm sido lidos por vocês da Revista.

O truque é simples,mas desonesto:o que tenho dito aqui é conhecido,mas chegou a hora de fazer alarde dos erros e vicios de origem do marxismo,pela esquerda ,como eu faço aqui.Com estes artigos vocês pretendem dizer que quem trouxe estes temas foram vocês mas fui eu ,tem sido eu e eu exijo ser reconhecido.

Não vou deixar que vocês vendam para o público esta inverdade.Por dever de honestidade que o crítico de esquerda sou eu.

Jacob Boehme,Mestre Eckhart e as relações com Hegel e Marx fui eu que trouxe não aquele professor que apareceu aí.É claro que existem pessoas que abordaram esta questão,em algum lugar mas a chegada destes artigos aqui têm este propósito de dizer que eu me acho original mas não sou e que estou tirando algo de alguém,que tem doutorado.Mentira:eu saí na frente.

O Brasil não é uma arena em que a esquerda e a direita se digladiam o tempo todo não.Existem os outros modelos,uma terceira ia e uma democracia,um estado de direito.

 

 

sábado, 18 de março de 2023

Mariguella ix


quem samba fica quem não samba vai embora

Em um determinado momento do filme se discute com os dominicanos ,ou com um deles, se um apoiador americano da tortura e do regime militar deveria ser atingido.O dominicano acha que não se deve fazer isto.

Há um equivoco na construção desta cena:não se sabe bem do que se trata.Porque parece haver uma discussão sobre o caráter do terror atribuido aos militantes pela ditadura.O terror seria atacar uma pessoa comum,o que não é o caso.

Um apoiador da ditadura é inimigo.A questão é tática e estratégica, ou seja, se vale a pena ou não fazer este assassinato e eu ,na minha opinião,acho que não,mas a pessoa em si do militar americano é de um inimigo sim.

Com a presença do dominicano ,na cena,fica parecendo que o debate é sobre a questão da humanidade,de não atacar pessoas inocentes e aí realmente,ninguém,inclusive,os comunistas, têm o direito de fazer,mas estes últimos fizeram e muito,matar pessoas inocentes.

Outro aspecto desta questão e que confirma as observações iniciais que fiz no artigo anterior ,é Marighella ser dominado pelo ódio.E aí ele diz que se o acusam de terrorismo é o que ele vai ser ,como se o movimento fosse uma vingança pessoal.

Este filme e a trajetória real de Marighella são eivados de momentos egoistico passionais.Tudo s e resume a um problema emocional de vingança contra os maus,por parte dos bons,como se a vida fosse assim.

Mas ainda a respeito da questão do atentado contra o americano,recebi aqui no meu youtube aberto um documentário intitulado “Quem samba fica quem não samba vai embora”,que é o que supostamente teria dito Marighella ao dominicano quando este se recusou a participar desta ação “ vingativa”.

Há uma certa indireta para aqueles que na hora da revolução dão para trás,algo psicologicamente muito comum na esquerda comunista radical e eventualmente entre os comunistas “ moderados” do antigo e finado PCB.

Parece o documentário uma forma de delimitar quem está do lado certo e quem do lado errado,uma estupidez renitentemente repetida por estes radicais.

Em determinado momento do documentário um conhecido militante do movimento diz que a visão do diretor do filme é burguesa e não é a dele,militante.

Tenho provado ao longo dos anos que a estrutura mental de alguns comunistas e de grande parte do movimento é igual ou bastante semelhante ao dos nazistas e ao Rei Leopoldo da Bélgica.

Isto porque se alguém dissesse isto(ou disser isto)no socialismo real(Porque parte dele está aí ainda),em certas épocas, era prisão tortura e morte.Esta fala é uma delação.No socialismo,o pecado e a culpa é de ser burguês;no nazismo,judeu;e no congo é ser negro.

No lugar do judeu do nazista ,certos comunistas põem o burguês.O burguês é explorador ,logo aquele que pensa como ele deve ser extirpado.O judeu explora o povo alemão e dever igualmente ser extirpado.O negro africano é inferior e só serve para o trabalho ,então ser extirpado ,não antes de cumprir com seu “dever” de trabalhar,é o seu destino.

A verdade é esta,Hannah Arendt tem razão:o caminho do totalitarismo reune desde priscas eras pessoas que têm algo em comum,ressentimento e péssimo fundamento intelectual.Neste sentido, o emocionalismo vingativo,abstrato,contra certas pessoas padronizadas substituem uma compreensão melhor do real.

Nós temos que compreender que o que fez Marighella não foi o certo,que trouxe uma série de problemas e agora não tem sentido,inclusive pessoas do antigo PCB,por oportunismo,esconderem esta verdade.

Assim a História não evoMarighella IX

quem samba fica quem não samba vai embora

Em um determinado momento do filme se discute com os dominicanos ,ou com um deles, se um apoiador americano da tortura e do regime militar deveria ser atingido.O dominicano acha que não se deve fazer isto.

Há um equivoco na construção desta cena:não se sabe bem do que se trata.Porque parece haver uma discussão sobre o caráter do terror atribuido aos militantes pela ditadura.O terror seria atacar uma pessoa comum,o que não é o caso.

Um apoiador da ditadura é inimigo.A questão é tática e estratégica, ou seja, se vale a pena ou não fazer este assassinato e eu ,na minha opinião,acho que não,mas a pessoa em si do militar americano é de um inimigo sim.

Com a presença do dominicano ,na cena,fica parecendo que o debate é sobre a questão da humanidade,de não atacar pessoas inocentes e aí realmente,ninguém,inclusive,os comunistas, têm o direito de fazer,mas estes últimos fizeram e muito,matar pessoas inocentes.

Outro aspecto desta questão e que confirma as observações iniciais que fiz no artigo anterior ,é Marighella ser dominado pelo ódio.E aí ele diz que se o acusam de terrorismo é o que ele vai ser ,como se o movimento fosse uma vingança pessoal.

Este filme e a trajetória real de Marighella são eivados de momentos egoistico passionais.Tudo s e resume a um problema emocional de vingança contra os maus,por parte dos bons,como se a vida fosse assim.

Mas ainda a respeito da questão do atentado contra o americano,recebi aqui no meu youtube aberto um documentário intitulado “Quem samba fica quem não samba vai embora”,que é o que supostamente teria dito Marighella ao dominicano quando este se recusou a participar desta ação “ vingativa”.

Há uma certa indireta para aqueles que na hora da revolução dão para trás,algo psicologicamente muito comum na esquerda comunista radical e eventualmente entre os comunistas “ moderados” do antigo e finado PCB.

Parece o documentário uma forma de delimitar quem está do lado certo e quem do lado errado,uma estupidez renitentemente repetida por estes radicais.

Em determinado momento do documentário um conhecido militante do movimento diz que a visão do diretor do filme é burguesa e não é a dele,militante.

Tenho provado ao longo dos anos que a estrutura mental de alguns comunistas e de grande parte do movimento é igual ou bastante semelhante ao dos nazistas e ao Rei Leopoldo da Bélgica.

Isto porque se alguém dissesse isto(ou disser isto)no socialismo real(Porque parte dele está aí ainda),em certas épocas, era prisão tortura e morte.Esta fala é uma delação.No socialismo,o pecado e a culpa é de ser burguês;no nazismo,judeu;e no congo é ser negro.

No lugar do judeu do nazista ,certos comunistas põem o burguês.O burguês é explorador ,logo aquele que pensa como ele deve ser extirpado.O judeu explora o povo alemão e dever igualmente ser extirpado.O negro africano é inferior e só serve para o trabalho ,então ser extirpado ,não antes de cumprir com seu “dever” de trabalhar,é o seu destino.

A verdade é esta,Hannah Arendt tem razão:o caminho do totalitarismo reune desde priscas eras pessoas que têm algo em comum,ressentimento e péssimo fundamento intelectual.Neste sentido, o emocionalismo vingativo,abstrato,contra certas pessoas padronizadas substituem uma compreensão melhor do real.

Nós temos que compreender que o que fez Marighella não foi o certo,que trouxe uma série de problemas e agora não tem sentido,inclusive pessoas do antigo PCB,por oportunismo,esconderem esta verdade.

Assim a História não evolui.



quinta-feira, 9 de março de 2023

Mais defesa do meu trabalho

 

Outras acusações me assaltam frequentemente,questionando o meu trabalho.Alguns cretinos afirmam que eu penso ser mais do que os outros,que eu penso que os outros não fazem a mesma coisa.

Olha só,vou tentar explicar:na altura da minha vida chega a ser ofensivo alguém achar estas coisas de mim.Em momento nenhum eu me preocupei com estas questões ,ser primeiro e único,e mais do que isto faço o que faço para abrir a porteira da criatividade dos outros.O que eu defendo para mim defendo para os outros.

Ainda não trabalhei com este problema,da maneira analitica que sempre uso.Mas o farei proximamente.

Na História das sociedades existe um pêndulo entre a absoluta liberdade de investigar e a repressão ao processo livre de investigação.

Os dois grandes momentos de liberdade foram a Jònia do século VI,que viu o nascimento de uma pletora de sábios que fundaram as bases do conhecimento ocidental e o Renascimento.Após este último,como mostra Max Weber,houve um processo racional e racionalizador da investigação,estabelecendo pela primeira vez critérios institucionais de controle, com certas formas de aferir a qualidade do pesquisador.

Na verdade,de um jeito ou de outro desde os refridos gregos sempre houve uma escola encarregada de determinar quem tem condições ou não de pesquisar,mas até ao Renascimento a liberdade era muito maior para permitir que autodidatas pudessem produzir e ser reconhecidos.

Aqui no Brasil antes da década de 60,portanto da ditadura militar,o notório saber era admitido e não havia grande resistência em absorver esta contribuição no mesmo nivel de quem tinha passado pelas universidades.

Entre outros exemplos os rábulas juridicos que obtinham reconhecimento do judiciário quando a sua prática demonstrava a sua capacidade de atuação no foro.

Evandro Lins e Silva considerado o maior advogado prático do século passado foi provisionado e nunca frequentou a faculdade de direito.Não vou discutir agora esta questão,mas o que naturalmente provo com estes exemplos é que alguém que buscasse conhecimento e o produzisse,sem certificado,sem diploma,se produzisse algo de bom,tinha repercussão.

Hoje,num assomo geral de controle e manipulação do saber,quem ,como eu, produz saber não só não é reconhecido como ainda é vitima de um preconceito imenso e é olhado de cima para baixo,por professores que não fazem outra coisa a não ser cuidar da carreira e reproduzir poder.


quinta-feira, 2 de março de 2023

Agora o truque é fingir que sou ininteligível


O lance agora contra mim ,tanto do jumento vermelho como do branco é fingir que eu sou ininteligivel ou,melhor(ou pior?)louco varrido,por ser capaz de escrever tanto e bem assim.

O jumento vermelho há muito tempo finge que não me entende,apesar de eu facilitar as coisas o mais que posso.Esta é uma modalidade da conspiração do silêncio de quem não tem pensamento democrático,que finge que tem quando é conveniente.

Muito embora todo mundo conheça este totalitarismo vermelho fracassado,há sempre o perigo de na hora do desespero algum mentiroso encarnado se locupletar e a situação não está nada boa.

Um sujeito como eu,um cidadão de bem,que trabalha,vota e paga imposto,de classe média,que já sofre todo tipo de perfidia,o que dirá com os menos favorecidos que não têm as condições exigiveis pela constituição.

Fico com pena do povo brasileiro mais pobre de ser governado e possuir elites tão vergonhosas,tão antidemocráticas como as nossas e quando falo em elite eu estou falando também na enxundia vermelha.

Mas nestes dias percebi que os brancos também se voltaram contra mim,porque eles defendem o totalitarismo deles:a sociedade é assim mesmo,uns podem e outros não podem;é obrigatório a maioria católica por si mesma governar ,o s valores brancos são os do povo brasileiro e devem ser impostos,etc,etc.

Eu já me desdobrei explicando o óbvio a certas radios e meios de comunicação:não é obrigatório me ler não,os textos filosóficos,marxistas e os profissionais.Não é não.Quer me ler,lê só o que escrevo sobre o Fluminense,esquece o resto.

A midia tem que entender que ela se dirige a todos,bolsonaristas,esquerda e assim sucessivamente.Como concessão pública a midia não tem como excluir ou se colocar do lado de um partido sem ofender aquele que pensa diferente,que está em outro.

O anticomunsita vende a idéia de que pode fazer tudo,porque os comunistas fazem tudo.É como se porque a igreja católica reprimiu 60 mil mulheres eu posso sair batendo em católico indiscrimadamente na rua.

Se os comunistas cometeram crime posso cometer também,indiscriminadamente.E já os comunistas usam os brancos com a mesma finalidade.

Mas eu sou o marisco gente,eu não tenho nada com isso não,estes dois lados acabaram ,eu defendo outra coisa.