domingo, 17 de janeiro de 2021

Um voto de confiança nos homens

 

Naquilo que pode ser a véspera da vacinação no Brasil,quero tecer algumas considerações sobre estas desordens do governo,no processo de preparação para a sua aplicação.

Todo mundo conhece os meus textos e eu faço análises que parecem inspirados em teorias conspiratórias.E eu já disse também que não aceito esta “ acusação”,porque os fatos são sobejamente claros para se fazer conjecturas conspiratórias com muita chance de serem comprovadas.

O problema é este:é que eu não quero ver nestas afirmações do Presidente da República de que não consegue mais fazer nada,de que existe um descalabro ,um pretexto para que os militares ,o dispositivo militar,entrem no lugar dele.

Na verdade não haveria propriamente um golpe,se o presidente renunciasse ou sofresse impeachment.Neste último caso não acredito que houvesse agora uma iniciativa neste sentido porque dadas as condições do país hoje,não haveria como administrar dois problemas enormes como a vacinação e a saída do Presidente.Nem mesmo se isto oferecesse uma oportunidade de golpe,seria bom para os golpistas,já que haveria risco de a situação ficar tão caótica,que se voltaria contra eles.A não ser que tudo esteja muito bem planejado.

Se o Presidente renunciasse,tudo seria mais fácil,mas ainda assim o risco de uma hecatombe geral o impediria(ou o impede).

Eu faço um voto de confiança no bom senso dos homens,em nome de nossso país,mas acho que se a situação se estabilizar com a vacinação, este desenlace politico vai se colocar e na minha opinião,o que falta são algumas coisas a que eu já tenho me referido nos textos:a base social e politica para um golpe não está dada,mas havendo uma renuncia isto não seria tão necessário e aí entra um elemento novo que eu tenho percebido na análise desta conjuntura:não adianta fazer uma renuncia se os ganhos correspondentes não forem muito bons.E o ganho muito bom é a manutenção ,por muito tempo, da direita no poder.

Por isso entendo que existe uma balança impeditiva da decisão final de passar o governo para o vice e para os militares:se de um lado a renuncia é fácil,os ganhos não são bons porque não garante a continuidade do dispositivo;se de outro se dá um golpe não há apoio.

Estamos no fio da navalha?


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