sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Humildade III



Quando o Brasil perdeu a copa de mundo de 66 de forma bisonha e se anunciava que o futebol brasileiro era fogo de palha,João Saldanha foi chamado para ser o técnico da seleção.
A primeira coisa que ele fez foi levantar os ânimos depois da derrota,mostrando que aquilo era um acidente passível de acontecer,mas que os jogadores brasileiros eram os maiores do mundo e  não tinham porque não reconhecer isto e se impor.
O que ocorre com  o Brasil nas Olimpíadas  é exatamente a falta desta compreensão própria do que é ser humilde,conceito a que tenho me referido freqüentemente aqui.
A humildade é em função do concreto.Não tem sentido você se preparar,lutar ,adquirir conhecimentos ,demonstrar superioridade num determinado  momento e recuar para não humilhar o adversário numa inversão de valores éticos inaceitável de pois de tanto esforço.
Quando você procura bater em definitivo o adversário,isto é uma demonstração de  respeito a ele,porque se funda na consciência de que ele tem capacidade para reagir.Não tripudiar,mas garantir a vitória o mais rapidamente possível,de modo que o outro não reaja mais.
Foi o que correu com o basquete masculino,que teve vantagem  absoluta ,duas vezes, sobre os argentinos e recuou,para perder,no final.
E estas meninas do futebol,que vivem reclamando:a superioridade já tinha sido provada sobre as suecas,na primeira fase do torneio e no jogo o volume era muito maior,mas não houve iniciativa ou audácia(virtudes de quem não é franciscano e quer ganhar)para parar de bater na defesa adversária,fazer lançamentos tolos ou correria sem sentido.É aquele momento em que a  pessoa diz:eu sou melhor e tenho que achar uma solução para o problema.

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