As tarefas da redemocratização não foram cumpridas,mas hoje
continuam sendo necessárias e uma ligação,um traço de união com
este passado truncado ainda permanece nos dias atuais na mais do que
exigível obrigação do Presidente de levar o seu mandato até ao
fim.
Não é justificável alegar que ele está secundado por gente
capaz,principalmente militares,para defender ou naturalizar a sua
substituição.
O voto é essencialmente,em qualquer época ,dado a uma pessoa
escolhida pelo povo.Pode-se discutir se o voto pessoal,peronalista,é
populista,por cima dos partidos,mas a responsabilidade fica como uma
derivação da condição individual do eleito,que se candidatou
supondo ter as qualificações para o cargo.
A sua inefetividade ou negação atinge não só a pessoa do
Presidente,mas as instituições nacionais,notadamente os partidos que
escolhem previamente os aspirantes ao cargo.
Toda esta brincadeira,este humor,vindo inclusive de figuras de
ex-presidentes,ávidos ainda de influência,tem repercussões sérias
no Brasil,que,depois dos jânios e dilmas se desmoraliza,ficando a
confiança no regime abalada por muitos anos,não havendo porque
pensar que a entrada das forças armadas evitaria este descalabro.
Eu disse há alguns anos que a tendência ,depois dos erros do
governo Lula,era a de acefalia,mas de uma acefalia “ complexa”,”
diferente”.
No caso de Dilma ela era manipulada com cordéis por Lula;no caso de
Bolsonaro ele divide o poder com um monte de gente,principalmente
generais,” representados” pelo vice.
No caso Dilma/Lula,havia uma ocultação,um fantasma dirigido nas
sombras(nem tanto assim);agora temos dois presidentes que não dão
um.
E é uma hipocrisia muito grande não ver que não adianta um general
ter saido há muito tempo da profissão,porque existem no governo
mais de vinte generais,os quais possuem ainda contatos com a tropa e
mesmo que não tenham são capazes de fazer.
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