sábado, 6 de abril de 2019

Bolsonaro:governe

As tarefas da redemocratização não foram cumpridas,mas hoje continuam sendo necessárias e uma ligação,um traço de união com este passado truncado ainda permanece nos dias atuais na mais do que exigível obrigação do Presidente de levar o seu mandato até ao fim.
Não é justificável alegar que ele está secundado por gente capaz,principalmente militares,para defender ou naturalizar a sua substituição.
O voto é essencialmente,em qualquer época ,dado a uma pessoa escolhida pelo povo.Pode-se discutir se o voto pessoal,peronalista,é populista,por cima dos partidos,mas a responsabilidade fica como uma derivação da condição individual do eleito,que se candidatou supondo ter as qualificações para o cargo.
A sua inefetividade ou negação atinge não só a pessoa do Presidente,mas as instituições nacionais,notadamente os partidos que escolhem previamente os aspirantes ao cargo.
Toda esta brincadeira,este humor,vindo inclusive de figuras de ex-presidentes,ávidos ainda de influência,tem repercussões sérias no Brasil,que,depois dos jânios e dilmas se desmoraliza,ficando a confiança no regime abalada por muitos anos,não havendo porque pensar que a entrada das forças armadas evitaria este descalabro.
Eu disse há alguns anos que a tendência ,depois dos erros do governo Lula,era a de acefalia,mas de uma acefalia “ complexa”,” diferente”.
No caso de Dilma ela era manipulada com cordéis por Lula;no caso de Bolsonaro ele divide o poder com um monte de gente,principalmente generais,” representados” pelo vice.
No caso Dilma/Lula,havia uma ocultação,um fantasma dirigido nas sombras(nem tanto assim);agora temos dois presidentes que não dão um.
E é uma hipocrisia muito grande não ver que não adianta um general ter saido há muito tempo da profissão,porque existem no governo mais de vinte generais,os quais possuem ainda contatos com a tropa e mesmo que não tenham são capazes de fazer.

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