sábado, 16 de fevereiro de 2013

Porque defendo o Parlamentarismo

 Em outro lugar eu já me referi a este tema ,falando sobre o que eu considero importante nesta forma de governo.A maioria trata o parlamentarismo como um problema eleitoral,que eu acho importante,mas não tão importante quanto um outro aspecto:a separação entre a chefia do estado e a chefia de governo. O que mais me interessa no regime parlamentarista é esta separação.A essência do poder democrático é a divisão do poder.Enfeixar numa mão só todo o poder é absolutamente inadmissível. A tradição política e personalista do ocidente,de direita ou de esquerda,sempre acha que o voluntarismo é a forma de adiantar o progresso,mas na verdade é o respeito à norma e ao limite que garante o começo,pelo menos,disto.O que atrapalha esta constatação racional é a miséria ,a desigualdade social.Penso que o parlamentarismo pode,se bem equilibrado,evitar esta perversidade e fomentar esta racionalidade. Não há regime ideal,cada povo tem o seu regime mais adaptado e as formas de estado e de governo dependem muito realmente de fatos concretos,como a geografia;contudo o regime parlamentarista parece reunir a média da sociedade democrática,tecnológica,civilizada ,moderna.Pode haver variações,mas de modo geral,postas certas características,certos elementos ,é o parlamentarismo que responde melhor a eles.O elemento central é antinomia já posta entre chefia de estado e chefia de governo. O melhor sistema político é aquele em que se divide o poder e em que existem contrapesos,mas também aquele que mostra eficiência.Tradicionalmente divisão de poder é visto como ineficiência e eficiência a responsabilidade individual,identificada com algum tipo de personalismo,que se expressa em concentração de poder.Mas a verdade é que a sua divisão é já um começo de inclusão. O desafio,pois,é fazer da forma um meio de se chegar aos conteúdos políticos da transformação.Por isto passa também a questão da educação,da formação do cidadão e também da prática democrática do parlamentarismo.Eu não sou daqueles que entende a vida como práxis,isto é uma ilusão muitas vezes repetida.A vida á práxis,mas é consciência.Costuma-se citar o critério da verdade prática na afirmação de Engels “ a prova do pudim está em comê-lo”,mas aquele que o come sabe que é um pudim,se visse uma porca não comeria.A criança que não sabe o que é um pudim o que faz?A criança está fora da filosofia e da razão? Aprender fazendo a democracia é um argumento falacioso porque os erros muitas vezes causam o seu fim.Por isso não se fala em democracia sem estado de direito,sem limites jurídicos que não podem ser ultrapassados.Não é tudo prática,mas compromisso,pacto.E não há de falar em prática sem busca consciente de um regime mais equilibrado. 
Mais uma programa sonhos da humanidade

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


quarto programa da série sonhos da humanidade.Se quiser contar um sonho seu para mim pode.

sábado, 5 de janeiro de 2013

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Universalização do ensino II


Feitas estas ressalvas podemos agora discutir com mais base este assunto tão importante nos dias de hoje em que o governo atual implementa novas reformas para conseguir a sua realização.Agora o governo brasileiro implementou o projeto de universalização do ensino,mas sem modificar a bases,o ensino básico, e sem levar em consideração as diferenças entre uma região e outra,entre uma escola rica e pobre,entre um aluno e outro.
Corremos o risco pois de universalizar um fenômeno que existe até hoje,principalmente em universidades particulares ,mas em toda a escola, que faz a aprovação automática,repete notas etc.O fenômeno da mediocrização ,pelo não  reconhecimento das desigualdades legítimas,de aptidão,entre uma pessoa e outra.
Parece-me que o que tem acontecido ó que vem desde a ditadura,referida no outro artigo,só que com o significado mais abrangente da demagogia,vendendo uma universalização por baixo,falsa,que continuará mantendo as elites,que podem dar a seus filhos boas escolas e o resto da população que receberá uma educação de má qualidade,separados,como hoje.
É certo que o governo alegará que no decorrer do processo fará as devidas correções.Contudo ninguém sabe se será assim mesmo,por não sabermos se este governo continuará,com seu projeto e se dentro dele haverá força para mantê-lo.Confesso que não vi esta preocupação de correção,mas não posso crer que estas questões que eu estou colocando são desconhecidas pelo Ministério.
O fato é que esta é uma solução,como todas no Brasil,que começa pelo final,nunca pelo início.O certo seria resolver o problema do ensino básico  e  depois ou pari passu fazer estas correções,levando em consideração as diferenças inevitáveis entre as pessoas,entre os alunos,mas,como no caso das cotas,busca-se forçar uma solução geral que obrigue todas as outras a virem no rastro.Uma maneira de ,pelo menos,adiar, o problema social inerente e subjacente à exclusão da maioria do estudo e da escola.
Joga-se o problema e depois vamos resolvê-lo.Um mal começo,o primeiro passo errado,pode significar um caminho ainda pior ou a continuidade do que aí está.Pode haver uma igualdade de acesso,mas não uma qualificação real do brasileiro.Pior,uma exacerbação das distâncias entre aqueles que podem se qualificar privadamente e aqueles que não.




sábado, 29 de dezembro de 2012

Atividade de Conciliador

Amigos,como sabem além de Advogado e Professor sou Conciliador e atuo como tal de forma Ad Hoc,como pessoa privada.Coloquei neste meu blog um link para dirimir questões jurídicas de modo rápido.Se alguém quiser assine o termo de compromisso,cláusulua compromissória e traga o seu ex-adverso que em tempo real podemos resolver.