segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Universalização do ensino II


Feitas estas ressalvas podemos agora discutir com mais base este assunto tão importante nos dias de hoje em que o governo atual implementa novas reformas para conseguir a sua realização.Agora o governo brasileiro implementou o projeto de universalização do ensino,mas sem modificar a bases,o ensino básico, e sem levar em consideração as diferenças entre uma região e outra,entre uma escola rica e pobre,entre um aluno e outro.
Corremos o risco pois de universalizar um fenômeno que existe até hoje,principalmente em universidades particulares ,mas em toda a escola, que faz a aprovação automática,repete notas etc.O fenômeno da mediocrização ,pelo não  reconhecimento das desigualdades legítimas,de aptidão,entre uma pessoa e outra.
Parece-me que o que tem acontecido ó que vem desde a ditadura,referida no outro artigo,só que com o significado mais abrangente da demagogia,vendendo uma universalização por baixo,falsa,que continuará mantendo as elites,que podem dar a seus filhos boas escolas e o resto da população que receberá uma educação de má qualidade,separados,como hoje.
É certo que o governo alegará que no decorrer do processo fará as devidas correções.Contudo ninguém sabe se será assim mesmo,por não sabermos se este governo continuará,com seu projeto e se dentro dele haverá força para mantê-lo.Confesso que não vi esta preocupação de correção,mas não posso crer que estas questões que eu estou colocando são desconhecidas pelo Ministério.
O fato é que esta é uma solução,como todas no Brasil,que começa pelo final,nunca pelo início.O certo seria resolver o problema do ensino básico  e  depois ou pari passu fazer estas correções,levando em consideração as diferenças inevitáveis entre as pessoas,entre os alunos,mas,como no caso das cotas,busca-se forçar uma solução geral que obrigue todas as outras a virem no rastro.Uma maneira de ,pelo menos,adiar, o problema social inerente e subjacente à exclusão da maioria do estudo e da escola.
Joga-se o problema e depois vamos resolvê-lo.Um mal começo,o primeiro passo errado,pode significar um caminho ainda pior ou a continuidade do que aí está.Pode haver uma igualdade de acesso,mas não uma qualificação real do brasileiro.Pior,uma exacerbação das distâncias entre aqueles que podem se qualificar privadamente e aqueles que não.




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