As
manifestações têm que ter uma consequência definitiva para o Brasil.É bom
evitar que elas se banalizem.Para isto é preciso dar um passo seguinte diante
da situação.No artigo anterior eu já apresentei algumas idéias,mas com o passar
dos dias novas idéias para discutir surgem no horizonte.Algumas são loucura
,como a do Senador Cristóvam Buarque afirmando que a sociedade “deve ficar sem
partidos”.Não,não é por aí não.Outros perceberam claramente que ser contra os
partidos é gostar de ditaduras,pois estas não gostam dos partidos.Ficou claro
que grupos de manifestantes seguem este
caminho.
Como
disse anteriormente precisamos analisar estas manifestações com calma,sem o “
misticismo do povo”,massa de manobra de ditadores.Quantos que estavam lá não
usaram de corrupção a vida inteira para obter o que desejava do serviço
público.É hora de o povo dar o exemplo,não aceitando mais,sob nenhuma hipótese,
a corrupção.
Outra
proposta apareceu,a convocação de uma constituinte para realizar a reforma
política.
Eu
disse no outro artigo que a reforma não sai porque ninguém vai cortar a própria
carne.O povo,no entanto,decidiu que é hora,então quem vai convocá-la e realizar
uma contradição entre a soberania popular e os políticos?Quem vai dizer a eles
que devem sair?O povo já disse,mas quem assumirá a responsabilidade,com o apoio
do povo?Será suficiente mudar a atitude na hora de votar,no ano que vem?E se os
candidatos forem os mesmos ,o povo vai se manifestar de novo?Não é hora dos
partidos abrirem espaço para novas pessoas,desta vez honestas?Quantos destes
meninos quererão participar da política e não conseguirão,por causa da
permanência dos conchavos ,no interior dos partidos?
Ufa!Quantas
perguntas!Pareço filósofo
Heidegger...pela primeira vez não tenho tantas certezas,mas não posso deixar de
apontar alguns caminhos,porque não me sinto bem em ficar em cima do muro.Apóio
a constituinte e quem deve puxar é o governo,porque ele tem legitimidade
funcional para tal.Mas o governo deve fazê-lo,juntamente com os partidos,que
devem assumir o compromisso de adaptar o seu pensamento(se é que ele existe)aos
interesses nacionais ,que espoucaram nas ruas.
Nas
ruas estava dito:” não sou partido,sou Brasil”
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