domingo, 23 de junho de 2013

Parar mas continuar




As manifestações têm que ter uma consequência definitiva para o Brasil.É bom evitar que elas se banalizem.Para isto é preciso dar um passo seguinte diante da situação.No artigo anterior eu já apresentei algumas idéias,mas com o passar dos dias novas idéias para discutir surgem no horizonte.Algumas são loucura ,como a do Senador Cristóvam Buarque afirmando que a sociedade “deve ficar sem partidos”.Não,não é por aí não.Outros perceberam claramente que ser contra os partidos é gostar de ditaduras,pois estas não gostam dos partidos.Ficou claro que  grupos de manifestantes seguem este caminho.
Como disse anteriormente precisamos analisar estas manifestações com calma,sem o “ misticismo do povo”,massa de manobra de ditadores.Quantos que estavam lá não usaram de corrupção a vida inteira para obter o que desejava do serviço público.É hora de o povo dar o exemplo,não aceitando mais,sob nenhuma hipótese, a corrupção.
Outra proposta apareceu,a convocação de uma constituinte para realizar a reforma política.
Eu disse no outro artigo que a reforma não sai porque ninguém vai cortar a própria carne.O povo,no entanto,decidiu que é hora,então quem vai convocá-la e realizar uma contradição entre a soberania popular e os políticos?Quem vai dizer a eles que devem sair?O povo já disse,mas quem assumirá a responsabilidade,com o apoio do povo?Será suficiente mudar a atitude na hora de votar,no ano que vem?E se os candidatos forem os mesmos ,o povo vai se manifestar de novo?Não é hora dos partidos abrirem espaço para novas pessoas,desta vez honestas?Quantos destes meninos quererão participar da política e não conseguirão,por causa da permanência dos conchavos ,no interior dos partidos?
Ufa!Quantas perguntas!Pareço  filósofo Heidegger...pela primeira vez não tenho tantas certezas,mas não posso deixar de apontar alguns caminhos,porque não me sinto bem em ficar em cima do muro.Apóio a constituinte e quem deve puxar é o governo,porque ele tem legitimidade funcional para tal.Mas o governo deve fazê-lo,juntamente com os partidos,que devem assumir o compromisso de adaptar o seu pensamento(se é que ele existe)aos interesses nacionais ,que espoucaram nas ruas.
Nas ruas estava dito:” não sou partido,sou Brasil”

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