sexta-feira, 14 de março de 2014

Como a religião e o laicismo podem se tocar







Hoje em dia,mas em outras épocas muito mais,se costuma falar mal da religião,como se a culpa fosse toda dela e da crença,como fenômeno íntimo.Mas eu,como ateu,bem fundamentado ,acredito,que ,se é necessário e um dever fazer uma crítica das suas responsabilidades,é preciso,sem medo de se ser acusado de demagógico,ter escrúpulos na análise de seus valores e conceitos.
Eu ,por exemplo, não apóio o modo como a religião encara os diversos problemas do sexo,desde a virgindade,que não acho uma obrigação,até o problema do controle populacional,mas eu aceito o seu conceito anti-abortivo e entendo que apesar de tudo existe uma ética sexual que eu considero pedagógica e fundamental para as relações homem-mulher,homem-homem,mulher-mulher.
Não defendo o aborto porque eu acho que a mulher e  ninguém tem direito sobre uma outra vida e está provado que o aborto é agressivo para o corpo feminino e causa inclusive danos irreparáveis,senão fatais para ela.
Mas ao contrário defendo,contra o pensamento da igreja,o controle de natalidade e a associação da atividade sexual com a responsabilidade total e coletiva quanto ao ato de procriar.
Aliás eu entendo que o problema do aborto acaba por  esconder o verdadeiro problema da humanidade que é o controle de natalidade,sobre o qual falarei mais adiante.
Embora eu não seja um moralista,não sou amoralista e entendo que no ato físico,humano de procriar,existem valores a  ser seguidos.
Muitos ,depois de uma juventude sem regras ,(como Santo Agostinho)pensaram seriamente ,diante de paixões que se lhes apresentaram,em fazer alguns questionamentos no que tange a este problema,resumidos numa única pergunta:vale a pena trocar uma boa mulher,sexualmente contida,no entanto,por uma outra que goste das famosas transgressões sexuais que são corriqueiras e dominantes desde as décadas de sessenta e setenta?
Os psicólogos afirmam que na adolescência há que se focar o sexo ,a afeição e o amor,no abraço e no beijo,mas eu entendo que isto vale para todas as idades e para a vida.O fundamento inelutável do sexo com amor não é a transgressão mas o beijo e o abraço sinceros.Quando há isto,o resto vem para apimentar,mas não para substituir ,como sempre acontece.Aquilo que é decisivo nas relações amorosas,o sentimento de entrega sincera e com confiança no outro.
O sexo é meio,não é finalidade da vida.O sexo não é o todo,mas parte e o que vemos na sociedade moderna é a transgressão destas verdades.
A religião defende de modo geral a contenção e retirada a obrigação da virgindade,o resto pode unir religiosos e não religiosos.







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