Ainda acho
que o melhor
meio para solucionar a questão das
biografias é fazer
um acordo geral para
delimitar os direitos,de
modo a evitar a invasão de privacidade(espiroquetismo dos biógrafos que
querem ganhar dinheiro
com escândalos pessoais)e a censura(biografados que
querem usar a privacidade para impedir
a descoberta da
verdade).
De lado a lado
existem interesses escusos
em toda esta história.
A biografia moderna
é filha do
mass media,da invasão de
privacidade consentida ,com o
fito de ganho econômico(para mostrar o óbvio,que
" os grandes" são iguais
os "pequenos").
A biografia,tem,no entanto,uma
função mais importante,que é a de mostrar como as
pessoas conseguem os
seus objetivos e
quais a s conseqüências públicas
de suas vitórias(e
derrotas).
Os problemas
pessoais só têm validade
se servirem a estes propósitos.
Muitas vezes
os " grandes",para se
promoverem,em inicio de carreira,favorecem o escândalo,mas depois
exigem que sejam
escondidos os aspectos menos
positivos de
suas vidas.exigem
respeito á sua intimidade.
O fato
é que a revelação de detalhes
biográficos deve obedecer
critérios de necessidade
pública legítima e não servir
a meros escândalos
para vender.
Neste último sentido temos a reificação,a
vendabilidade universal da
vida pessoal,com objetivos
de pura reprodução
do capital.
No passado,em
que a vida
pessoal não tinha esta
importância o alcance
das biografias e autobiografias era
muito maior,neste sentido de relevância,não
de vendabilidade pura
e simples.
Giorgio Vasari
criou,com suas biografias dos mestres
renascentistas o mito
do renascimento;Plutarco nos ofereceu uma
crônica útil de grandes
políticos da
antiguidade;Benjamin Franklin fixou
sua filosofia pragmática,base mental
dos Estados Unidos;
Chaplin,o seu processo criativo;e
santo Agostinho,os
fundamentos da fé
individual.
Esta é a função nobre
das biografias,não oferecer
dinheiro fácil e
notoriedade par os
dois lados da
questão.
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