terça-feira, 28 de junho de 2016

O Brexit ou Delenda Germania V



Todo mundo (?)sabe que a política da Inglaterra sempre foi a de manter o continente europeu dividido para que não fosse ameaçada.Esta situação mudou a partir da Primeira Guerra Mundial,que só teve este nome pela entrada dos Estados Unidos.A intervenção deste país assegurou,apesar do amuo dos europeus, uma condição de  término do conflito,sem que a Inglaterra tivesse algo a ver.
Ficou claro então que a relação da Europa com algo fora dela não era mais com a Inglaterra,mas com os Estados Unidos.E a velha Albion passava a ser ,de fato,dependente de seu “filho”.
Na segunda guerra esta situação só se aprofundou.A Inglaterra ou o “Reino Unido” é ,a longo prazo,uma província,anglo-saxônica,cuja metrópole é Washington.
Dentro deste contexto é que se tem que analisar a decisão de sair da comunidade européia.O nacionalismo falou mais alto.Em principio,se eu fosse inglês,eu seria contra,levando em conta o projeto de comunidade,como algo realmente progressista e humanitário,contudo examinando com mais cuidado e lembrando alguns artigos sobre a Alemanha que eu tenho postado aqui,fica claro que o projeto hegemônico nacional alemão em curso já colocou esta comunidade em xeque desde a “ questão grega”.
O normal,se o projeto de comunidade não estivesse já ameaçado,era que  o Reino Unido ficasse.Mesmo que ficasse o Reino Unido não se diluiria e se houvesse este perigo ele sairia em condições mais favoráveis,mais justificáveis.Na verdade para a ilha é melhor jogar com os dois ,Estados Unidos e Europa,aproveitando o bom dos dois,o favorável dos dois.
Sabendo que a comunidade Européia já é questionada  em muitos países,talvez a população tenha tomado a decisão possível,para não ficar para trás.Não é que o Reino Unido tenha desencadeado a saída,mas ela já era inevitável.
Analistas vão dizer que isto é um risco e que a obrigação de saída imediata é para provar o não oportunismo da decisão,mas a demora,já colocada,indica um medo do país de ficar isolado,de não haver o dominó e  a nação passará uma imagem de indecisão.Indecisão e manipulabilidade,que anuncia talvez o vaticínio de ela se tornar ,em futuro breve,um estado associado aos Estados unidos,como Porto Rico e como a Sicilia quis uma vez.
A saída para o Reino Unido continuar um país individualizado é a cultura,Shakespeare e Chaplin.A cultura é que pode ser uma barreira para a diluição ou dependência e o chamado “ concerto das nações” voltou,o que é ruim para o mundo,porque os critérios de relacionamento entre as nações não será o da cooperação,mas o do exclusivismo nacional.


No meu entender esta dicotomia transecular Inglaterra /Alemanha,substituída  às vezes por Inglaterra/frança(muito em função da ascensão da Alemanha é que explica este não-parlamentarismo(no meu entender)muito semelhante entre estes dois países.A essência(a meu ver)do parlamentarismo é  troca de governo segundo a mudança atual da soberania popular e isto não acontece nestes dois países.A derrota de David Cameron não o obriga  a sair,porque “ razões de Estado” o mantêm.Na Alemanha não há sequer consulta permanente ou moção de censura permanente.Culpa da História das dissensões destes países.

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