domingo, 18 de junho de 2017

Prefiro o meu anonimato à fama de Hitler

Petição de princípio.Entre o bem e o bem.



Tem sempre um basbaque que vem aqui ou em outro lugar questionar o meu nome e naturalmente o que eu escrevo aqui.Como não tenho nome e não passei pelo discutível sistema de avaliação de mestrados e doutorados,muita gente carimba o meu trabalho de ilegítimo.
Contudo ,eu prefiro o meu trabalho anônimo,mas sincero,a ter o nome de “ figuras” como Hitler,Gengis  Khan,que serão comentados tempos à fora e à frente.E digo mais:não está na hora de inverter as coisas,dando mais importância às pessoas de paz como eu do que a estas monstruosidades?
Melhorando o dia-a-dia dos homens talvez estes monstros percam importância.Uma vez o ator Paulo Autran disse que daqui a mil anos a figura de Napoleão será como a dos faraós(e eu aduzo a de Hitler também).Mas será que não existe um equivalente para diminuir este tempo?
A minha resposta faz parte da minha compreensão da utopia e repito que um cotidiano melhor,sem miseráveis,sem fome,sem injustiças,diminuirá o valor que estas teratologias ,repetidas em  documentários, têm.
No fundo ,no fundo, o aparecimento reiterado destes assassinos,destes salvadores, é uma compensação a uma vida vazia de sentido para a maioria,que,como a dos alemães na década de 30,procura um erotismo desviado na inconfessada e mal compreendida idolatria em relação e eles.
A utopia é para as pessoas comuns,como eu,uma luta para melhorar um cotidiano cheio de vacuidade,ou “ melhor”,um cotidiano que vai do vazio para a crueldade e vice-versa.
Glauber ,uma vez,no final da vida,afirmou que “vivia entre a morte e a esperança” e que bom que a esperança vinha em último lugar,mas o que o esperançava era a sua atividade artística,que era a trincheira da sua luta.
A minha trincheira é o meu trabalho,aqui e o que planejo ainda fazer.Mesmo não sendo conhecido faço a minha parte,desenvolvo a minha luta e pode ter certeza de que não vou construir um forno crematório.

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