domingo, 2 de julho de 2017

Petição de princípio



Formado em casa como marxista,como já o disse,dentro do útero o era,Marx ,para mim,era um cientista,o definitivo.Certa vez,no entanto,lendo a famosa enciclopédia delta larousse,o verbete sobre o pensador,estava dito lá “politico e teórico socialista alemão”.
O termo “ teórico” me causou um trauma,não o esperava.Marx  havia descoberto leis do desenvolvimento dialético da sociedade.
Após tantos anos,a dialética materialista objetiva caindo por terra,a minha visão vai de encontro a este verbete,feito provavelmente por um trabalhista.O fato é ,que como já disse outras vezes, viver de teoria é viver de vadiagem,pois a teoria carece sempre de comprovação e as principais teorias são trans-históricas e coletivas.É muito dificil um individuo produzir uma teoria que tenha este alcance.Não é assim.
O que motivou e motiva o meu trabalho é o seguinte raciocínio:os jornalistas investigativos que realizam obras de História,como as biografias são,não raro,mais profundos do que muitos historiadores profissionais,ou,pelo menos,a eles se igualam.
E muitas vezes a obra do dito “ profissional de área” deixa de lado as pessoas e sua responsabilidade,no que é um vício do materialismo economicista ,que entende a história como movimento econômico, escondendo crimes e violências,facilitando a idolatria,ainda hoje,de figuras históricas monstruosas.
Então eu perguntei em determinado momento e de acordo coma minha vocação:porque não poderia fazer o mesmo,em termos de artigos,com a filosofia e as ciências humanas?O astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão escreveu livros de astronomia desta forma ,com grande sucesso e importância.
A publicística é o verdadeiro nome do jornalismo,palavra que identifica o pesquisador,principalmente o jornalista investigativo,só com o jornal impresso,o que não é fundamento desta atividade.
Publicista foi Voltaire,o mais bem sucedido dos” jornalistas” da História.
Mais do que isto,por minha formação jurídica,que toca a investigação criminal,às vezes,este trabalho é afeito a toda investigação,seja jornalista ou penal,usando o nexo cognitivo para produzir conhecimento,um objetivo,o que não é diferente do que se faz nas universidades.

Nenhum comentário:

Postar um comentário