Formado em casa como marxista,como já o
disse,dentro do útero o era,Marx ,para mim,era um cientista,o definitivo.Certa
vez,no entanto,lendo a famosa enciclopédia delta larousse,o verbete sobre o
pensador,estava dito lá “politico e teórico socialista alemão”.
O termo “ teórico” me causou um trauma,não o
esperava.Marx havia descoberto leis do
desenvolvimento dialético da sociedade.
Após tantos anos,a dialética materialista objetiva
caindo por terra,a minha visão vai de encontro a este verbete,feito
provavelmente por um trabalhista.O fato é ,que como já disse outras vezes,
viver de teoria é viver de vadiagem,pois a teoria carece sempre de comprovação
e as principais teorias são trans-históricas e coletivas.É muito dificil um
individuo produzir uma teoria que tenha este alcance.Não é assim.
O que motivou e motiva o meu trabalho é o seguinte
raciocínio:os jornalistas investigativos que realizam obras de História,como as
biografias são,não raro,mais profundos do que muitos historiadores
profissionais,ou,pelo menos,a eles se igualam.
E muitas vezes a obra do dito “ profissional de
área” deixa de lado as pessoas e sua responsabilidade,no que é um vício do
materialismo economicista ,que entende a história como movimento econômico,
escondendo crimes e violências,facilitando a idolatria,ainda hoje,de figuras
históricas monstruosas.
Então eu perguntei em determinado momento e de
acordo coma minha vocação:porque não poderia fazer o mesmo,em termos de
artigos,com a filosofia e as ciências humanas?O astrônomo Ronaldo Rogério de
Freitas Mourão escreveu livros de astronomia desta forma ,com grande sucesso e
importância.
A publicística é o verdadeiro nome do
jornalismo,palavra que identifica o pesquisador,principalmente o jornalista
investigativo,só com o jornal impresso,o que não é fundamento desta atividade.
Publicista foi Voltaire,o mais bem sucedido dos”
jornalistas” da História.
Mais do que isto,por minha formação jurídica,que
toca a investigação criminal,às vezes,este trabalho é afeito a toda
investigação,seja jornalista ou penal,usando o nexo cognitivo para produzir
conhecimento,um objetivo,o que não é diferente do que se faz nas universidades.
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