quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O projeto hegemônico alemão está fazendo água?



Os problemas de Angela Merkel para constituir o seu quarto governo são consequencia  da derrota de Obama.O nacionalismo de Trump fez ressurgir a polarização com a Rússia e a Alemanha ficou imprensada entre estes dois gigantes.
A saída eventual de Merkel não significará necessariamente a derrota deste projeto.A Alemanha pretende hegemonia sobre a Europa e o mercado comum desde a crise grega,cuja causa foi ,em grande parte, ela própria.
Para evitar o avanço russo sobre o leste a Alemanha quer ter hegemonia sobre esta região,neutralizando ,por tabela,a influência da França.A França não tem mais um aliado forte na Inglaterra(isto desde a 1ª Guerra)cada vez mais dependente dos Estados Unidos e correndo risco de desmembramento(Escócia,Irlanda) e por isto se isola.Quem garantiu a unidade espanhola(e de Portugal)foi a Alemanha,mas esta situação de segurar,como Sansão,as duas pilastras,se tornou um problema adicional.
Perguntar-se-ia se a continuidade do governo Merkel não  seria melhor.Na verdade,havendo esta pressão, o projeto continuísta se torna perigoso,porque fica clara demais a sua intenção ,o que causa reação.
É preciso um “ Agiornamento”,uma rearrumação política para evitá-la.Mas Merkel não deseja governar com as minorias,porque ficaria à mercê dos partidos,então a convocação de uma eleição é provável para resolver esta contradição entre a Alemanha e a sua governante.Contudo, a sua saída é possível também para preservar a Alemanha,mas qual Alemanha?Uma,não hegemônica, ou outra ,democrática e integrada na comunidade Européia?

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