sábado, 19 de maio de 2018

Marielle:nada Intervenção:nada


Mais de 60 dias e o balanço deste dois fatos é o pior possível,criando os piores augúrios.Alega-se a necessidade de levar tempo para achar os responsáveis pelo crime,no primeiro caso e no segundo para  que os resultados da intervenção se dêem proximamente.Mas a verdade é que há um pressentimento real de manipulação política no ar.
Tudo parece convergir para o objetivo político do golpe.Outros crimes foram elucidados com mais rapidez,mas este fica neste chove não molha,que aterroriza os cidadãos comuns.
E em volta dele noticias constantes sobre a morte de policiais,como se isso não fosse já constante em outras épocas.Não há como  não pensar num “ projeto” por trás disto tudo,desta conjuntura absolutamente sui generis,mas que está de acordo com padrões históricos do Brasil.
E a intervenção?Como ela entra neste quadro?Da mesma forma:ela está faltando aos seus objetivos,que,no meu entender deveriam ser técnicos e efetivos.Nem técnica nem efetiva ela é e o seu fracasso enseja um seu aprofundamento.
Quer dizer o discurso será o de impor mais força,em vez de inteligência e compreensão social das coisas.
Como cidadão,fico apavorado diante desta situação,de apatia geral do povo(com exceções)e cada vez maior violência.
Em outros períodos da História esta “ relação”,ou antes,esta convivência de termos antinômicos,é explosiva e problemática,não necessariamente nesta ordem.
E a minha observação indica que há grupos querendo açular este contexto para justificar a força como solução.Assaltos na zona oeste,onde moro,parecem ser realizados não propriamente por bandidos maltrapilhos,mas por pessoas “ organizadas”...
E há algum tempo uma operação vingativa na Cidade de Deus gerou aparentemente um transtorno na zona oeste e em outros lugares,mas eu andei pelo meu bairro e não vi nada.A mídia fez um estardalhaço com que propósito?Proteger os policiais,ou usar as suas mortes para uma proposta política mais ampla?Estas perguntas estão no ar.

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