sábado, 22 de fevereiro de 2020

A miséria do centro:o vazio

Diante deste quadro supra citado,da falta de uma candidatura sólida da centro-esquerda,e constatando que ela já está numa condição de fraqueza e decomposição,a situação adquire contornos ainda mais dramáticos em face da necessidade fundamental de parar esta polarização.
A centro esquerda não existe mais .O que há é um centro mesmo,o fisiologismo geral,que não tem um projeto além de seus interesses próprios.
A crise,no entanto,que opôs,esta semana,o General Heleno e o Congresso,marca um ponto a favor deste último,na medida em que o parlamento tem se recusado a refletir pura e simplesmente os propósitos autoritários do presidente.Por pior que seja ele não vai s e colocar contra as bases e muito menos contra si mesmo,dando uma força a um primeiro mandatário muito fraco.O que o general fez foi uma provocação,mas também expressa uma desconexão entre o proejto autoritário e a disposição nacional em aceitá-lo,fato que nos tem salvado do pior até agora.
Mas seguem os perigos à democracia e o meio de protegê-la não é só o Congresso,mas um conjunto de forças politicas capaz de assegurá-la.
O presidente Fernando Henrique também se manifestou nesta semana quente,afirmando a falta de liderança no Brasil de hoje(menos ele),supostamente,interpreto,capaz de equilibrar e moderar o país.Mas não é só uma questão de liderança,embora esta posta ajudar e eu ache que,por falta de outra,tem que ser o ex-presidente.É uma questão de fazer do centro um sustentáculo da democracia.
Por princípio democrático a oposição deixa o governo governar,mas ,por sua própria definição de oposição ela não pode deixar de propor à nação soluções para os problemas essenciais,que não são estes que ocupam o noticiário insistentemente.
A verdade é que a oposição não está identificando o problema no seu fulcro,que é o da democracia.Não é só por uma questão de medo de um golpe,mas de criar as condições para o Brasil sair da crise do desemprego,o mais rápido possível.
O fenômeno da acefalia que vem rondando os governos desde o segundo mandato de Lula ,vem aumentando dramaticamente:a direita propõe soluções de força e a oposição não faz nada, a não ser jogar gasolina para apagar o fogo.O PT disse o óbvio:a greve dos policiais é uma provocação da direita.
Mas não tem jeito ,para quem quer preservar a democracia:é preciso reconstruir o centro,achar uma candidatura e tentar comprometer o povo com um projeto essencialmente moderado,que sepulte os extremos de vez.

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