domingo, 1 de março de 2020

Instrumentalizando o parlamentarismo.

Na senda do golpe agora quem entrou na dança é o parlamentarismo.Se no passado a esquerda o usou,agora a direita o faz,no sentido de que o parlamentarismo pode resolver a atual crise institucional criada pelo presidente,de propósito,com ajuda de seus sequazes,de propósito,como o general Heleno.
Se a esquerda, no passado,usou o parlamentarismo para garantir a sua permanência no poder,agora a direita e os militares o usam com os mesmos objetivos.Mas mais do que isto,se o governo Lula-Dilma pretendeu imitar Gramsci erradamente ,tomando o estado para tomar a sociedade civil(Gramsci dizia que tinha que ser ao contrário),agora estes citados senhores querem fazer exatamente igual e com mais chances porque têm mais inserção na mediania ética cristã do povo brasileiro.
Criando como estão este ambiente de agitação e instabilidade lançaram esta semana a ideia de que é urgente um poder moderador ,como o parlamentarismo oferece na figura do presidente da república,totalmente separada da do chefe do executivo.
Mas pasmem!Para este cargo muitos são passíveis de assumi-lo,mas,oh!,também o exército!Como um poder moderador na república,na ordem civil,pode ser armado?!Um poder moderador armado já tem uma vantagem óbvia(kkk).
Neste momento tragicômico da vida politica nacional,espoucam estas piadas de mau gosto,que só têm que ser consideradas porque está em curso mais uma tentativa de viabilizar um governo autoritário e quiçá ditatorial no Brasil.
Agora outras piadas vêm em nosso socorro para explicar o imbroglio :o “inimigo”(kkk)de Bolsonaro,Alexandre Frota vai pedir o impeachment e o presidente se recusa a renunciar ecandalosamente.
O vice põe mais lenha na fogueira.O general Heleno,etc,etc.Mas é tudo fake para justificar a entrada dos militares de forma legal e depois,livres,montar um esquema autoritário.A questão é saber quem está contra ou quem está mentindo,participando desta pantomima:o STF,o Congresso,Rodrigo Maia.
O parlamentarismo no Brasil terá que ser implantado aos pçoucos,experimentando,numa estratégia de reformas,como garantir aos poucos a compreensão do processo e a verificação de sua superioridade,pelas melhorias no Brasil que ele certamente possibilitará.
Muita gente me critica por acusar o centro de omissão.Para muitos a postura certa é esta,de ficar distanciado deste problema todo.Mas se vier um governo autoritário e se estabelecer será dificil atuar no sentido de desmontá-lo ,diluí-lo e retornar à democracia.
Igualmente,o resto da esquerda radical representada pelo PT e seu entorno,mantém a estratégia de confronto,que só facilita as coisas para a direita.Sobre este tema do confronto eu vou tratar mais em outro artigo.

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