segunda-feira, 10 de agosto de 2020

O racismo

 

Goethe causou com o seu livro “ Os Sofrimentos do Jovem Werther”,de 1777,uma onda suicídios de amor na Europa.Os psicólogos e psiquiatras forenses usaram este exemplo para definir um fenômeno social conhecido por “ efeito Werther”:por ele quando acontece alguma coisa escandalosa,impactante,como um suicídio ou homicidio,tem revérbero em toda a sociedade.

O racismo ,em plena pandemia,que se deu nos Estados Unidos está reverberando em todos os lugares e notadamente no Brasil.Houve vários casos já,mas eu quero ressaltar um só,que me pareceu mais elucidativo e por ser mais complexo,expondo,inclusive os liames entre o racismo e o problema de classes:refiro-me a este último do menino de classe média ultra-branco,que chamou o rapaz negro trabalhador de invejoso.

As reações,predominantemente da esquerda,reproduziram os esquemas clássicos de ataque a uma pessoa de classe média.Usaram as mesmas razões que o Kmer Vermelho e Mao-tsé-tung,para reprimir,matar e torturar integrantes desta classe:o sujeito já nasceu patrão;defende uma classe parasitária;é racista como todos desta classe.

Estas “ conceituações” derivam daqueles esquemas aristotélicos,que eu critico sempre ,e que foram a base(sem que ninguém consultasse Aristóteles)do racismo moderno,no rastro do colonialismo,em suas diversas fases.Aristóteles ,no entanto,já demonstrou atitude preconceituosa,válida como conceito em sua época mesmo,porque defendia a separação rígida entre os povos civilizados e os bárbaros.Quando seu aluno,Alexandre ,o Grande,no afã de dispersar étnicamente os persas,casou os seus soldados com mulheres daquele país,o filósofo reprovou.

Diante de fatos como estes ,a tendência de quem observa e já possui idéias pré-concebidas(preconceitos),como é o caso da esquerda,a tendência é formar imediatamente padrões racionais,aristotélicos,para caracterizar tais ocorrências singulares como representativas de um comportamento generalizado e identificado a uma classe ou setor de classe,ou mesmo de uma raça,no caso a branca.

Não vou negar:aquilo que este branquelão de tendências fascistas fez é uma tendência muito forte em determinados setores da classe média,mas não de toda ela e não de todos os indivíduos e cidadãos de classe média ,barncos ou não.

No Brasil,com a ajuda da esquerda,está se formando um preconceito reverso contra a raça branca e contra a classe média.A esquerda usa este meio hobbesiano de manipulação indistinta do outro(a paixão humana),para obter vantagens politicas e eleitorais e se colocar como fiadora única do processo de luta contra o preconceito.Mas sobretudo para esconder a sua preguiça mental de estudar com um mínimo de esforço o real,que se modifica como nunca.

A esquerda assim se posiciona como modelo geral de comportamento ,concedendo a quem se posiciona do lado dela,mesmo branco e de classe média,o direito de ser considerado proletário e ,simultaneamente ,excluindo aquele que não o faz.Exatamente como a direita,o Kmer,Mao,etc.,etc.

Para a esquerda brasileira se você forma ao lado dela,é democrático e de esquerda,ainda que entre por tráfico de influência no governo e ganhe lautos salários,mas se você é um microempresário(eu sou)e ganha,com esforço 1.000 reais e olhe lá,é explorador e afirma o capitalismo.

É verdade sim:o que este branquelão fez,o que o desembargador fez ,o policial no shopping, é vergonhoso e merece severa punição,mas não há que generalizar e até este menino negro do caso do branquelão mostrou maturidade ,perdoando o cara,segunda de manhã,embora eu ache isto exagerado da parte dele.

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