Talvez eu tenha exagerado.O artigo que fiz sobre Lula,o último, talvez tenha um certo exagero em eu acusa-lo de entreguista,mas na verdade o que eu quis dizer(preciso esclarecer)é que o internacionalismo das esquerdas favorece indiretamente os entreguistas.É outra coisa.
No fundo os extremos são os defensores da burguesia internacional contra os da classe operária,cada um propondo a sua eternidade.
Mas de fato não se pode dizer que o PT seja entreguista muito menos o Lula.Mas o resto do que eu disse eu confirmo.
Realmente tenho admiração por Prestes ,apesar dos erros e um fundamento ideológico chinfrim,porque a postura dele exalava grandeza e grandeza num politico,qualquer um, começa com um valor que se coloca (que ele coloca)acima dele.Numa conjuntura de desemprego como agora ele estaria com um manual soviético tentando achar uma solução.
Em Prestes era a abnegação em relação ao seu conceito de povo.O desprendimento pessoal derivava desta premissa ética.
Em De Gaulle a grandeza era a abnegação pela França,como entidade quase-mistica.
Em Getúlio a visão de estadista ,que compreendia o Brasil numa perspectiva de longo prazo,a qual o levou ao auto-sacrifico.
Às vezes,não raro,um politico despercebido pode trazer inovações e realizações reconhecidas posteriormente.Brizola gostava de citar um operário australiano que colocou o seu país numa situação de estabilidade.
Os primeiros ministros social-democratas dos países nórdicos,no inicio do século passado trouxeram grandes conquistas e ninguém lembra o nome deles(nem eu).
Então,não é exigivel que um bom politico apareça na história e demonstre grandeza.Contudo,independentemente de reconhecimento geral ou não,o politico não deve colocar problemas pessoais à frente dos problemas coletivos.
As pessoas me perguntam porque bato tanto em Lula.Além das razões que tenho apresentado nos artigos,passei a ter uma desconfiança muito grande em relação a ele e ao PT,no tempo da redemocratização.Eu estava tão feliz que a democracia voltava,algo que eu não sabia o que era,que,como comunista que ainda era na época,desejava que a classe operária participasse daquele processo e fosse,no minimo,ao colégio eleitoral.
Mas a classe operária,tão importante para mim,virou as costas ao Brasil e às pessoas de outras classes,que ,como eu,tinham uma esperança muito grande no futuro.
Para mim,in illo tempore,não participar era ficar do lado da ditadura e reitero hoje.Psicologicamente,virar às costas ao parlamento e à democracia caracterizam uma pessoa vocacionada para a ditadura.Isto eu mantenho.
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