terça-feira, 17 de junho de 2025

A taxação dos ricos II

 

E também é muito importante ressaltar algumas outras questões para um projeto historicamente reiterado e fracassado poder,desta vez, vicejar.

Em primeiro lugar tem que haver projetos factiveis que sejam palatáveis para a nação e fundamentais.

Em segundo,estes projetos precisam estar associados a politicas publicas,que sejam encampadas por todos os governos,não havendo mudança toda vez que um governo entra.

E em terceiro,é muito dificil contribuir para o Brasil,pagar imposto(e só se paga porque é imposto mesmo)quando se sabe que o dinheiro não chega ao local e à situação para ser resolvida ou então,que é a mesma coisa,é desviado descaradamente,sem nenhuma fiscalização ou retorno previsivel.

É por isto que eu digo sempre que a pessoa de esquerda ou que tem visão social das coisas não pode ter complacência com a corrupção.

É inacreditável que a esquerda entende que esta questão não é fundamental no processo de mudança social(quiçá revolucionária)que ela propõe.

Quantas vezes ouvi meu pai comunista dizer que a corrupção é coisa da burguesia e do capitalismo e hoje eu vejo a esquerda repetir estes procedimentos atribuídos à reação,entendendo-os como parte do processo de transformação.

Certo,a esquerda não tem tradicionalmente uma perspectiva de uso racional do dinheiro.Ela tem uma dificuldade extrema em ser criativa no uso do dinheiro,porque,confundindo o socialismo com religião,entende que o dinheiro aliena o homem,quando na verdade,é o homem que aliena o homem.Isto é assunto para um outro artigo.

Mas o fato é que ,por estas razões, todo este esforço para taxar os ricos geralmente não resulta e fica sempre adiado para o próximo governo,a próxima década ou então,como faz a esquerda,pura e simplesmente,culpa o capitalismo e a burguesia e se resigna buscando outros caminhos que não são tão importantes.

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