Quando se observa as organizações de esquerda, em todo o lugar, mas principalmente no Brasil(que eu conheço mais naturalmente)nós vemos certas características que precisam ser superadas.
Inicialmente sempre me refiro a esta confusão entre a militância e a religião e isto é dado por uma fé no homem, que por sua vez se fundamenta numa certeza científica absoluta( inacreditável:ponto de intersecção entre a ciência[ou pseudo ciência dialética] e a religião!).
Esta fé faz a esquerda entoar cânticos antecipando a vitória da utopia,como os religiosos que louvam a Deus e têm certeza nele.
E também fazem frases de efeito sobre o destino ,a vitória e outras coisas.
Uma vez eu ouvi um integrante de um partido(vermelho)dizendo que o seu partido estaria aí enquanto houvesse uma pessoa na rua,sem proteção.
E isto enseja alguns comentários meus sobre estas organizações:quando meu pai stalinista saía para o trabalho ele vociferava, citando Engels, contra o “ cretinismo parlamentar burguês”, que atrasava a revolução;mas quando voltava para casa ele dizia que a revolução tinha que ser feita aos poucos, através da democracia ,como se falava,entre os comunistas, nos anos 80.
Quando algo está errado no capitalismo, há que se fazer uma revolução, só não se sabe quando. E enquanto não se faz ,não se faz nada, porque solucionar um problema no âmbito do capitalismo é afirmá-lo, é dizer que é possível que a questão social seja solucionada dentro dele.
De outro lado o militante varia ,como meu pai variava.Quando dá tudo certo na politica dentro do capitalismo está tudo bem,mas quando falha ,é porque o capitalismo impede,só resta esperar a revolução.
Não tem saída:mudar a sociedade,no sentido da utopia,é por dentro ,no contexto próprio do capitalismo, procurando paralisá-lo
e mudá-lo, não se paralisar esperando a revolução.
Por egocentria e egoismo,exclusivismo partidário, as esquerdas não fazem nada,esperando a Revolução,quando alguma coisa pdoe ser feita no âmbito do capitalismo.
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