O critério sociológico e politico para caracterizar uma revolução sempre foi o de uma substituição ,no âmbito da sociedade,de uma classe social por outra no plano politico(e social).
A simples mudança,sem um direção ou finalidade definidos,não significa necessariamente, uma revolução no sentido politico e histórico que nós conhecemos.
Existem outras formas de revolução: a partir dos estudos e contribuições de Hannah Arendt ,a Reforma Protestante passou a ser chamada de “Revolução Protestante”, revolução cultural bem entendido. O mesmo pode ser dito da Independência dos Estados Unidos, chamada como “Revolução Americana”.
Eu tenho dúvidas ,hoje, em caracterizar uma revolução apenas no seu sentido politico e social. Esta revolução cultural proposta pela filósofa, me parece bem justa e correta e neste contexto, eu me pergunto se o ano de 1930, em vários países, inclusive no Brasil, não presenciou várias revoluções culturais.
Embora não tenha havido nenhuma mudança de classe , em termos culturais, o mundo mudou radicalmente na Reforma, na Independência e no ano de 30. Eu poderia dizer a mesma coisa do século XVIII, que também,a meu ver ,representou uma revolução cultural, tão grande como a da Protestante.
A direita existe, como eu venho explicando, desde 1848, na sua versão moderna, para manter o status quo. Ela nasce e se desenvolve para manter as coisas como estão ou como eram e devem ser sempre.
Então eu resisto muito, tanto no plano politico como no cultural, a chamar a direita de “ revolucionária” , ainda que no plano cultural,porque para ela tratava-se de elaborar um pensamento que mantenha as coisas como estão.
A visão neocolássica e anti-moderna de Hitler o prova. Por estas razões eu faço uma distinção entre a direita que nasce com a Revolução Francesa,que,embora não revolucionária,traz algumas verdades sobre as Revoluções ,principalmente as de esquerda,como a Francesa. Um destes conceitos,justo, é o de que as revoluções não expressam a vontade da humanidade como um todo,nem ontem, nem hoje, nem sempre.
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