Se nós
observarmos os acontecimentos de 64 nós veremos
que existe um
padrão no comportamento da
política brasileira,que vem daquela
época até hoje.
Pouca gente
sabe que o Presidente
Jango só conseguiu
o plebiscito para
voltar à condição
de Presidente porque aceitou
que a área
econômica fosse toda
da direita.Eu quando
vejo documentários de
época sempre me estarreço
na medida em que
percebo atrás do
Presidente,quando visitou os
Estados Unidos,a figura
de Roberto Campos,que eu pensava
que era um técnico,mas era um
ministro,imposto pela direita.
Sempre tive
a convicção de que
o cargo
de Presidente da República é,e
isto nos seus fundamentos
filosófico-constitucionais,um cargo
de realização,daí o
nome chefe do executivo.Para tanto,com raras exceções,os
ministros devem ser
técnicos.Talvez e isto é de acordo com
a decisão soberana
do Presidente,um ou outro(Casa
Civil)pode ter um caráter político,mas
de modo geral eles são para
realizar as tarefas que
o presidente,com seu programa
determina.
Ainda me
lembro ,quando Tancredo Neves
foi eleito,que,para
diferenciar bem o seu
próximo governo do de
Figueiredo,em que quem mandava,para muitos,era
Delfim Netto,ele disse: “Presidente formula,ministro executa”.
Para mim
isto é fundamental
e constitucional em todo
republicanismo que se preze.Tal
distorção,no tempo de Jango,já
ocorrera com Getúlio,em cujo
ministério estavam golpistas
como Zenóbio da Costa e anódinos
perigosos como José Américo de Almeida.
Na hora
de composições de
governo,tanto no Parlamentarismo como
no Presidencialismo(neste mais),a presença
de figuras de outros partidos
no gabinete ou no
ministério depende da decisão
do chefe e da homogeneidade
deles quanto ao
programa do mesmo.
Se não
é assim,o Presidente fica manietado ou
mesmo refém ,não dos
auxiliares mas dos partidos e isto,é
claro,o enfraquece e o
dilui,ou coisa pior.
Os partidos
de esquerda que estão
no poder estão absolutamente presos
aos conservadores,agora mais
ainda e esta conjuntura não é
legítima para evitar problemas
futuros.Eles eram reféns
agora são mandados.
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