Quando
Glauber fez as suas afirmações polêmicas
sobre Geisel todo mundo, e até justamente(até certo ponto)torceu o
nariz.
Mas por trás
delas havia algo de substantivo:se o Brasil se dividisse ele seria muito mais
facilmente dominável pelo
imperialismo,que tanto o preocupava.
O Brasil
ainda não é um país total e firmemente unificado e protegido de mãos
estrangeiras ávidas,até porque muitas
das suas mazelas são “ obra do imperialismo e do colonialismo”.
Assim sendo
Glauber associou a idéia da relação de classes ao problema da revolução e da luta contra o imperialismo.
Foi um ato
corajoso,mas científico(como todo ato cientifico e como todo ato cientifico=corajoso).
É preciso
esclarecer de uma vez por todas estes radicais que estão por aí nas redes,que
pensar na “ colaboração de classes”não é
traição ao marxismo.Ou por outra é uma traição à letra fria do pensamento de
Marx,mas não em relação ao materialismo histórico que acompanha o movimento da realidade e não ao pensamento
do gênio,que não é mais importante do
que o movimento da vida(dialética).É a pergunta:quem é mais importante:a
dialética ou Marx,a ciência ou Marx?
A mudança
social se dá na luta e na relação das classes.às vezes uma prevalece ,outras as
duas interagem claramente,mas a mudança
social não se dá apenas pela crise,pelo
confronto mas também ,pela colaboração e ,no seio das nações,certas divisões
históricas entre as classes favorece àquilo que Glauber chamava de domínio imperialista.
Às vezes uma
visão de unidade das classes contribui para o progresso.A luta de classes só
não é a única forma de progresso social
e histórico.
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