Coerente com os critérios que tenho exposto
aqui,de pensar a situação atual como transitória para algo melhor,um dos
primeiros(senão o primeiro)critérios é o da alternância do poder.
A esquerda velha vende sempre a idéia personalista
de que a continuidade é essencial para mudar o Brasil,mas nós já vimos que a
continuidade só favorece os esquemas de poder nele encastelados .
Brizola,por exemplo,acreditava nestes valores de
continuísmo,citando o seu mentor ,o Presidente Getúlio,do período do estado novo,e eu não nego mudanças reais neste
periodo ,mas não por causa do tempo em que se fica no poder,mas na qualidade
das decisões e fundamentos dos conteúdos de governo,isto é,o programa politico
real para a nação(e até uma concepção de nação).
Eu sou daqueles que acham que teria sido melhor
que o Presidente Getúlio tivesse ficado
mais tempo,como os queremistas preconizavam.
Depois da segunda guerra o Brasil teve superávit
comercial em em relação à Europa(por motivos óbvios)e a pessoa mais qualificada
para aproveitar esta oportunidade e fazer o Brasil crescer ainda mais era
ele,não Dutra.
Na minha opinião o Presidente não conseguiu fazer
isto por causa da pressão dos estadunidenses e porque não diminuiu mais cedo e os efeitos da ditadura do estado novo.
Mas ele poderia ter terminado sua carreira
politica até 1950 e deixado um legado muito difícil de destruir.
A presença de Dutra,um boneco na mão dos
americanos ,tornou o Brasil importador de io- iôs,plásticos,no interesse dos
Estados Unidos,já envolvidos na guerra-fria,em que o Brasil entrou ,sem
necessidade,com este Presidente,que eu considero o pior da História do Brasil.
Assim sendo e como defendo o
parlamentarismo,admito um certo continuísmo quando as bases acima estão presentes,mas
sempre com a perspectiva do limite e da eleição, e nós não vemos nada disto no
período Lula-Dilma-PT,que já passou para a história(mal).
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