segunda-feira, 24 de abril de 2017

Lula,de novo,não.



Coerente com os critérios que tenho exposto aqui,de pensar a situação atual como transitória para algo melhor,um dos primeiros(senão o primeiro)critérios é o da alternância do poder.
A esquerda velha vende sempre a idéia personalista de que a continuidade é essencial para mudar o Brasil,mas nós já vimos que a continuidade só favorece os esquemas de poder nele encastelados .
Brizola,por exemplo,acreditava nestes valores de continuísmo,citando o seu mentor ,o Presidente Getúlio,do período do estado novo,e eu não nego mudanças reais neste periodo ,mas não por causa do tempo em que se fica no poder,mas na qualidade das decisões e fundamentos dos conteúdos de governo,isto é,o programa politico real para a nação(e até uma concepção de nação).
Eu sou daqueles que acham que teria sido melhor que o Presidente Getúlio tivesse ficado  mais tempo,como os queremistas preconizavam.
Depois da segunda guerra o Brasil teve superávit comercial em em relação à Europa(por motivos óbvios)e a pessoa mais qualificada para aproveitar esta oportunidade e fazer o Brasil crescer ainda mais era ele,não Dutra.
Na minha opinião o Presidente não conseguiu fazer isto por causa da pressão dos estadunidenses e porque não diminuiu mais cedo  e os efeitos da ditadura do estado novo.
Mas ele poderia ter terminado sua carreira politica até 1950 e deixado um legado muito difícil de  destruir.
A presença de Dutra,um boneco na mão dos americanos ,tornou o Brasil importador de io- iôs,plásticos,no interesse dos Estados Unidos,já envolvidos na guerra-fria,em que o Brasil entrou ,sem necessidade,com este Presidente,que eu considero o pior da História do Brasil.
Assim sendo e como defendo o parlamentarismo,admito um certo continuísmo quando as bases acima estão presentes,mas sempre com a perspectiva do limite e da eleição, e nós não vemos nada disto no período Lula-Dilma-PT,que já passou para a história(mal).

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