Neste
momento desditoso do Brasil nós precisamos lembrar o que foram os anos da
ditadura militar,civil-militar.A situação política do Brasil,como em outros
lugares,causou inúmeros prejuízos às pessoas comuns que não souberam separar
bem as coisas.
Uma coisa
é ser um trabalhador,outra um político.A política e o politico devem saber que quem
fundamenta a política é o trabalhador.A representação constitui uma hierarquia
,na qual,na base ,está o cidadão/trabalhador.
Figuras
como Silvio Santos e Roberto Marinho ,apesar de capitalistas,sempre souberam
separar o trabalhador comunista da sua condição ideológica.Outras como Wilson
Simonal e César de Alencar submeteram as suas atividades profissionais a
objetivos políticos e ideológicos,sem notar que,com isto, a confiança deles
iria para o ralo.
Em outro
artigo eu já expliquei esta situação.Tem gente aí em rádio que não me lê e faz
considerações absurdas sobre o que eu escrevo aqui.
Ao dizer
“ a liberdade é indivisível”Edmund Burke(direita inglesa)estava se referindo à
sociedade política,à intersecção entre o estado e a sociedade e queria
significar:quando uma pessoa,um cidadão,qualquer um, é atingido por um ato de
força,um ato político de força, todos estão em perigo.É a versão da direita
daquilo que foi dito por Bertolt Brecht em seu famoso poema:” primeiro
levaram...”.
O
trabalho não é de direita ou de
esquerda,ele é a mediação decisiva do cotidiano,que permanece ,para além
das ideologias e ditaduras.Atentar contra ele é marcar a si mesmo com o ferro do opróbrio
definitivo,da culpa definitiva.
Já que eu
sou atacado aí por figuras radiofônicas eu quero dizer,me defendendo,que,pessoalmente
não acho que uma pessoa,por mais errada que tenha sido deve
ficar condenada perpètuamente,como
César de Alencar e Simonal ou mesmo Barbosa o goleiro.
Admito
para certos casos prisão perpétua,mas com revisão obrigatória e regular,mas
para pessoas como as citadas não vejo porquê submetê-las a sofrimentos e
privações para sempre e isto vale para o nazista,o fascista,os comunistas e
outros.Defendo o império da lei e do estado de direito.Seguindo Simon Wisenthal
,que disse “ os nazistas são culpados,mas os seus filhos não”,digo o mesmo dos
filhos destes desatinados.
Assim
sendo ,repetindo aquilo que eu disse sobre sobre a shindo-remei e os
comunistas,não tenho nada contra César de Alencar ou Simonal ou qualquer um na
mesma situação,só que não participei de nada do que aconteceu com eles,na radio
nacional ou com os músicos respectivamente.O que posso fazer senão ser solidários
com eles?
Não é
porque os comunistas,ou alguns deles, prejudicaram César de Alencar e
Simonal,que eu,que fui comunista e não sou mais,devo pagar pelo que lhes
sucedeu?
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