Aqui no Brasil,fui eu.As comissões da verdade no
Brasil não foram instituídas senão para reparar crimes,mas por trás dos crimes
existe toda uma ambiência ideológica justificadora dos desatinos,a ser
prescrutada .E aí não só os problemas das
perversões da ditadura são importantes de analisar ,mas igualmente os do outro
lado.
Como comunista na juventude(nunca vou esconder)eu fui
muito prejudicado pelos erros e crimes do comunismo.Quando Lênin,na fundação da
III Internacional, mandou que os partidos socialistas se denominassem comunistas e
propagassem a “ palavra”,deveria entender,bem como os seus seguidores na Rússia
e na URSS,que o que eles fizessem na matriz,na “ meca” do socialismo,
repercutiria bem ou mal nos outros lugares,conforme a natureza boa ou ruim dos
seus atos.
Como militante ,foi sempre difícil para mim
explicar os crimes do Stálin.Mas pelo menos houve a auto-crítica do XX
Congresso.Só que esta auto-crítica foi por água abaixo com a Invasão da
Tchecoeslováquia.Certo.Cada país tem o seu caminho e a sua responsabilidade,mas
ainda se conecta com a URSS.Então a invasão do Afeganistão ,o problema da
Polônia em 81, reverberaram negativamente na atividade dos comunistas
brasileiros.
O caminho para chegar a uma ruptura com o comunismo
eu explicarei em outro artigo.Mas basta simplesmente ter um senso de justiça
normal para entender,depois destes descaminhos reiterados do movimento, que os crimes de qualquer ditadura de direita não podem servir de biombo para os
de esquerda.
Não há porque aqui no Brasil não discutir esta
ambiência justificadora dos crimes,ou seja,manter-se só no direito,porque
inevitavelmente os problemas culturais,ideológicos,históricos e políticos
próprios de seu desencadeamento(dos crimes)surgem.E se esta ambiência aparece,
a que fundamenta as ações da esquerda precisam ser esclarecida também.E eu como militante e pessoa de bem entendo que é
obrigatório obter respostas para dúvidas minhas:João Amazonas,quais os seus
objetivos ao realizar a Guerrilha do Araguaia? Porque
ele não foi atingido? E o massacre da Lapa? Qual o
seu papel? E a questão dos infiltrados? E dos
traidores ? Porque isto não é abordado?
Vou tratar disto tudo em
outro artigo,mas por agora o que eu quero dizer é que a verdade dve ser exposta
toda,para cauterizar as feridas e fui eu o primeiro a ,como pessoa de
esquerda,ex-comunista,a expor este problema,a expor esta necessidade,nos meus
artigos.
Existe um movimento de
reparação entre os judeus da Alemanha.Entre os filhos de nazistas na Alemanha.Na
Rússia,a Pocuradoria geral .Mas deve ser feito na Armênia,na Sérvia,em qualquer
lugar.Tem um filósofo aí auto-arrogado na internet que lê os meus artigos e diz que
foi ele que pensou no que eu disse antes,mas na verdade,pessoa de esquerda,que
continua com tal,somente eu tomei a decisão de defender a condenação de
criminosos comunistas,como Stalin e Mao-Tse-Tung(entre outros).
E eu vou propor outra
idéia.Se alguém aí ler este e quiser encampar esta minha idéia eu aceito conversar.
Na verdade esta idéia não é minha ,é de Arthur Koestler.Em um artigo muito antigo sobre o Poderoso Chefão III eu fixei um comentário sobre a sequencia que mais me impressionou no filme:conversando com um personagem que encarnava o futuro Papa João Paulo I,Michael(Al pacino)o vê tirar um pedrinha de um lago e quebrá-la ao meio.Albino Luciani mostra o conteúdo interior da pedra e diz ao padrinho que aquela secura era igual ao dos corações dos líderes europeus.” O sofrimento de Cristo não entrou no coração deles” .Se eu estivesse lá eu diria que isto é a regra da humanidade e que uma das possíveis soluções para partir este muro de gelo é encampar a idéia do referido Koestler de espalhar pequenos cineminhas gratuitos,ou melhor,cineramas de parque com cenas de tortura,de diversos lugares,dos campos de extermínio,dos gulags,dos japoneses na China.A pessoa ,se tivesse consciência,quisesse tê-la,entraria para assistir e isto certamente a modificaria e a mobilizaria e muitas outras.Fica dada a dica.
Na verdade esta idéia não é minha ,é de Arthur Koestler.Em um artigo muito antigo sobre o Poderoso Chefão III eu fixei um comentário sobre a sequencia que mais me impressionou no filme:conversando com um personagem que encarnava o futuro Papa João Paulo I,Michael(Al pacino)o vê tirar um pedrinha de um lago e quebrá-la ao meio.Albino Luciani mostra o conteúdo interior da pedra e diz ao padrinho que aquela secura era igual ao dos corações dos líderes europeus.” O sofrimento de Cristo não entrou no coração deles” .Se eu estivesse lá eu diria que isto é a regra da humanidade e que uma das possíveis soluções para partir este muro de gelo é encampar a idéia do referido Koestler de espalhar pequenos cineminhas gratuitos,ou melhor,cineramas de parque com cenas de tortura,de diversos lugares,dos campos de extermínio,dos gulags,dos japoneses na China.A pessoa ,se tivesse consciência,quisesse tê-la,entraria para assistir e isto certamente a modificaria e a mobilizaria e muitas outras.Fica dada a dica.
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