terça-feira, 8 de junho de 2021

Fernando Henrique e Lula III

 

O programa

Levando-se em conta que no meu modo de entender a conjuntura atual é semelhante(mas não igual)ao periodo de transição,de redemocratização,o programa de uma aliança deste tipo tem que consagrar os imperativos de passagem de uma situação politica para outra com as necessidades do futuro.

A primeira coisa,pois,é acertar as contas com o passado.O passado é o prólogo,como diz Shakespeare.E eu digo que não existe criação sem imitação,sem mimesis e a mimesis está sempre no passado.

Só que a relação com este passado,com esta mimesis é variegada.Contudo,o essencial entre todos os nossos problemas com o passado,está na relação com o golpe de 64.De lá para cá como tenho dito não saimos mais do confronto que o gerou e chegou a hora de superar esta situação.Como?

Procurando comprometer os dois lados com a democracia:as forças armadas e a esquerda precisam ser “ trabalhadas” para não atentarem de alguma forma contra a democracia.

Mas não é só isto:para evitar que tudo retorne novamente àquele passado que não foi modificado há que solidificar de vez esta aliança do mundo do trabalho,as classes média e operária,porque esta é a condição dos grandes países chegarem onde chegaram.

Os fatos que são o estopim destes meus artigos mudam a cada momento,mas eu não me preocupo com isto porque ,como já expliquei,analiso o significado histórico,social e politico do problema.

Inicialmente e percorrendo todos os meus argumentos está o problema das classes.Aprendi a analisar este problema a partir da leitura de “O Dezoito Brumário” de Luis Bonaparte,mas mudei de finalidade,de objetivo.

Incluo a classe média que não era objeto de análise,pelo menos favorável,dele,de Marx.O mundo mudou e é preciso pensar de modo diferente.

O trabalho das forças politicas democráticas e republicanas é superar o resto supradito do passado e completar a transição e fazer um projeto de nação.Próximo artigo.


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