sábado, 6 de novembro de 2021

Euzinho,direitos autorais e outros assuntos

 

Quanto mais o meu trabalho cresce mais é imitado e não recebe crédito.Chato isto.Mas eu preciso falar algumas coisas sobre direitos autorais que não me são pagos por ideias e realizações e explicar mais uma vez o “euzinho”.

Uma das razões ela quais abandonei certas formas politicas de coletivismo é exatamente por diluir a individualidade.Há um marxista polonês que eu gosto muito,Adam Shaft,que trata deste problema no marxismo.

O coletivismo nada mais é do que uma abstração:o indivíduo é real.Sociedade,nação,estado tudo são abstrações.Contudo a abstração serve para extrair,desvelar os elementos concretos próprios às coisas.

Então quando se diz humanidade ,coletivo,o que se está fazendo é se referir à caracteristicas de uma espécie constituida de indivíduos concretos vivos.

Mas a abstração,ao fazer isto,nos remete,por princípio,a estas características reais das coisas.A abstração não existe objetivamente sem isso.Ao não se provar esta conexão a abstração é vazia,não tendo correspondente no real.

É como neste exemplo clássico:o leitor nunca verá por aí uma árvore de fruta ou um pé de fruta,mas verá maçã,banana etc.

O mesmo ocorre com a humanidade:nunca ninguém viu a humanidade,porque o que existe são os indivíduos.

As propostas coletivistas ,todas elas, impõem um ideal geral sobre estes indivíduos,vendendo uam ideia rousseauista de que a pessoa individual só encontra a sua realização neste coletivo.Um resquicio da concepção cristã de comunhão universal,transmudada em democracia direta ,que é a única(para ele) capaz de não distorcer ou embarreirar a vontade dos cidadãos.

Num certo aspecto esta visão tem valor enquanto reconhece a condição de cidadania a todos os indivíduos,em principio.Mas por outro lado não entrevê as diferenças entre eles.

Se de um lado a cidadania é generosa,por por a todos sob suas asas,por outro tem que ir além deste reconhecimento.

Um indivíduo não é melhor do que outro por que é proletário ou porque é mulher ou porque pertence a um país.São cidadãos.Mas evidentemente a situação deles não é a mesma,não sendo o reconhecimento da cidadania suficiente para garantir justiça e bem-estar.

A solução da direita é dizer:”É assim mesmo”.A da esquerda é impor um coletivo.Mas eu penso que a resposta é a passagem entre este coletivo e a individualidade e kantianamente falando,com a preeminência (formal e axiológica)do indivíduo ,do sujeito(muito embora a autonomia do sujeito tenha sido adquirida no processo histórico-temporal coletivo).

Este equilibrio é que busco mostrar ao me denominar “ euzinho”,manifestando um protestto contra o totalitarismo e o indiferentismo do capitalismo.

E entendo que se usam este termo,este meu modo de escrever,este bordão deveriam me dar direitos autorais:vinte reais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário