sábado, 14 de outubro de 2023

A iniciativa sempre coube a Israel

 Com o prosseguimento deste novo conflito novas análises são pedidas e esta semana foram muitas.

Do que se depreende delas é que vivemos num tempo muito ruim.Em artigos anteriores próximos já falei sobre tal realidade,que eu vejo como o fim de uma época ,que tem que morrer para nascer outra.

Volto a dizer que as pessoas não gostam quando relaciono o nosso tempo com a guerra fria,mas este conflito no oriente médio remonta à segunda guerra, a qual apenas suspendeu aquilo que estava ab ovo em 1917.

O que nasceu neste ano foi a nossa época revolucionária e de conflitos permanentes.Quem viveu a guerra-fria acha até pouco o que se vê hoje,mas na verdade é derivativo deste tempo todo.

Hegel definiu uma época,tendo em vista a figura de Napoleão, da seguinte maneira conhecida: “Vi o Imperador, esta alma do mundo ,entrar na cidade a cavalo,abraçando o mundo e dominando-o”.

Hegel ,recém casado,estava em lua-de-mel na cidade alemã de Iena,onde escreveu a fenomenologia e viu esta cena de Napoleão,entrando em Iena,depois de vencer a Batalha de mesmo nome,em 1806.

Com este conceito Hegel abandonou a ideia de uma fenomenologia e passou a pensar numa logica dialética,porque entendeu que certas figuras históricas representavam no seu caminhar todas as possibilidades de uma época e Napoleão significou a ascenção da burguesia ,através dos principios da Revolução Francesa ,de 1789.

A nossa época é a da guerra permanente,sob diversas formas,em nome quiçá,da utopia,da questão social e todos este conflitos que vêm de 1917 ,de uma maneira ou de outra têm a ver com esta verdade histórica.

Como o fracasso deste tempo é a regra já é hora de reconhecê-lo e construir uma outra via para esta busca de transformação.

Não vai bastar ,no entanto,o fim desta nova guerra,nem a da Ucrânia,mas o abandono da geopolitica da guerra-fria,que,por sua vez deriva da Realpolitik , “inventada” por Bismarck.

As lições destas duas guerras nos devem levar para esta nova época.


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