Embora
tenha deixado o comunismo de lado e já ter afirmado que na nossa época não é
mais possível pensar numa solução para a questão social passando pela mediação da ideologia,é preciso
ressaltar,que,salvo engano meu,somente o comunismo admitiu erros garves e
crimes,como aconteceu,em 56,com o relatório Kruschev .Realmente não me lembro
de nenhum movimento que,como odos
comunistas ,tenha tomado uma atitude
deste tipo e depois ter decretado o seu
próprio fim,com o “fim do comunismo”,de Achille Ochetto em 89.
Não
quero aqui discutir estes fatos.O que eu quero é pensar como seria bom se todos
os movimentos e poderes deste mundo tivessem a capacidade de identificar os
seus erros a tempo de evitar as suas terríveis consequências(no caso do
stalinismo não foi.no caso de 89 talvez...).
Dois
casos me chamam a atenção:o do ocidente,democrático”,no caso da “coletivização
forçada” de Stalin e a Igreja Católica.
A
filha de Stalin,uma vez, afirmou,de forma irônica,que o seu pai realizou a
industrialização da Rússia,vendendo o trigo da Ucrânia à Europa Ocidental,o
qual foi obtido à força dos camponeses,que morreram de fome aos milhões.Ora,
tal afirmação encerra uma crítica ao ocidente democrático,que poderia,se não o
tivesse comprado,ter destruido o sistema stalinista,que só se consolidou com a “coletivização
forçada”.Todos sabiam e quando o ocidente democrático acusa Stalin,usa-o,o
diabo vermelho,para esconder a sua responsabilidade,por omissão.
Como
seria olhar a religião católica constituida de santos como Francisco de Assis
ou Clara,claus ou Rita de Cássia e não São Domingos,Torquemada e Júlio II.Em
que medida se pode juntar pessoas tão díspares e dizer que a Igreja é bondosa e piedosa?O que tem a ver o
primeiro grupo com o segundo?Assim como as contradições corroeram
movimentos,como o comunismo,isto não poderá ocorrer com a Igreja?
O
que eu proponho é um 56 da Igreja.Que venha a público um Papa e faça como
Kruschev,repudiando o segundo grupo e deixando,para sempre,o primeiro.
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