Ainda me lembro,quando
terminava o meu curso
de Direito,em 1985,de ter ido assistir em Niterói a uma
aula,como ouvinte,de Leandro
Konder,na UFF.E também,de como fiquei
aborrecido quando um
colega que estudava
no IFICS,não me avisou da defesa de
doutorado dele.
Isto tudo não
abalou a minha admiração por esta
figura a quem eu tenho me
referido inúmeras vezes aqui
neste blog( e continuarei a me
referir),como parte do processo político do
Brasil,visto pela óptica marxista,que na época era a única para mim.
Já falei
aqui sobre o livro “Conceito de Fascismo” sua importância na
polêmica entre os radicais e os comunistas.Não me referi,mas
me refiro agora,ao livro lançado
quase na mesma época “Marxismo
e Alienação”,no qual ele aventa idéias originais,sobre a singularidade dos homens,unindo Marx a Levi-Bruhl.
Mas na minha trajetória pessoal,o que tem mais importância(não única),é que eu,como tantos(?)que ainda
estão por aí,me formei dentro de um
conceito falso de”marxismo-leninismo”,criado com
interesses escusos,por Stálin,distorcendo o sentido original das palavras de
Marx.Ele e Carlos Nelson Coutinho,trouxeram o verdadeiro
marxismo,que nada tinha a ver com
o que era defendido na URSS.
No livro “O
marxismo na Batalha
das Idéias”,aprendi o que devia saber desde sempre,que podia gostar de Marx,mas não precisava,por
isso,aceitar tudo o que ele dizia.
Enfim ,tais contribuições ainda são úteis nos dias
que correm,porque a maioria esmagadora de quem
é de esquerda ,no Brasil,(incluindo a Presidente da República),ou não sabe ou sabe
distorcidamente,o que é o marxismo,fato que seria sem importância se
estas esquerdas não tivessem poder e não pensassem segundo
estes erros de compreensão(e leitura).
De modo que
a homenagem que eu faço a Leandro
Konder é uma advertência quanto a
este descalabro,este diletantismo,que sempre permeou a esquerda brasileira e que ainda
pode se extender ao país,como é próprio
de todo diletantismo,de todo
amadorismo,em qualquer coisa,mas também
em política.
Obrigado professor.Se
tivéssemos crença no além-túmulo,poderia dizer agora:quem sabe um dia possamos continuar aquelas conversas nas barcas de Niterói.
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