quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Pelé e Aranha



Ufa! Só  agora  eu  pude  me debruçar  sobre  o  problema  do  racismo  contra  o goleiro  Aranha ,do Santos,mas,na  verdade,foi  bom este  tempo  passar,para eu maturar  bem as  minhas  opiniões,que  giram  em  torno  de duas  posturas de  dois negros  importantes  para o  futebol  brasileiro:o mesmo  Aranha  e  Pelé.
Pelé,como sempre,e  como  parte  da mídia,dos cronistas,e das  pessoas  que  trataram  do tema,insinuaram  ou  acusaram  francamente ao  goleiro de querer  se locupletar com o fato,ou seja,de atribuir ao  acontecimento uma importância  maior,por  interesse  pessoal.
As  pessoas  no  Brasil,o  cidadão brasileiro,de quem falo  freqüentemente,não  possuem  uma  visão  do  todo.Explico:o  brasileiro ,talvez,entre  naquela  categoria  de Gramsci,o  momento  “egoístico-passional”.Do  momento  egoístico-passional  o cidadão  consciente  passa para o momento  de  universalização,dir-se-á,político.Aqui  isto  ainda  não  aconteceu,pois  o  brasileiro vê  tudo  dentro  de sua visão  imediatista,ou seja,só a  ponta  do nariz.
Um  problema de  racismo,não é  social ou  político,mas de     educação” apenas,uma  questão  quiçá  semelhante  à  educação dos filhos ,na família.
Ocorre  que o que a  menina  disse    no estádio é,no  mínimo,uma repercussão de um fenômeno  que se repete no  mundo  todo  e que  no sul  do Brasil  tem especial  força,porque  desde a  primeira  guerra,os  núcleos  alemães,principalmente,se  aliam  a  uma  pátria-mãe  ora  autoritária,ora  nazista,como é o caso  atual(do  sul  do Brasil,não  da  Alemanha).E  pior  do que  isto,os núcleos  nazistas,que  são muitos,são  ,todos,separatistas.
Desinteressado  que é  da política,acostumado  a ver  a  imediação,o  brasileiro não  entende  que é  preciso  confrontar cada  vez  mais,num patamar  mais e mais  firme e mais alto,rigoroso  e impositivo , este  tipo de  ação  que    favorece  este  grupos  e esta  atitude,que  mesmo  nos  que  não  são  “ arianos” encontra  eco,porque  não  falta  descendente  de índio e de negro  que culpa os seus  ancestrais  respectivos  de nosso  atraso cultural e   econômico.
Pelé  é  a representação  freqüente  desta  imediaticidade  brasileira,enquanto  Aranha  a necessária  mudança.
Se  estas  correntes  racistas,que  devem ter o seu  direito de manifestação  assegurado,não  forem  combatidas,num  momento em que uma centelha  política  surge,súbito,um  movimento  irresistível  pode  prosperar  perigosamente.Elas  estão  todas articuladas,depois de anos  de manifestações.E as  esquerdas,por  seu lado,como sempre,divididas,disputando  migalhas  e lutando para saber  quem detém a verdade  definitiva,a  verdade  dogmática.


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