quarta-feira, 22 de abril de 2015

A hora e a vez do PSB




Não  sei  porquê  a  esquerda  ainda  se preocupa com a figura  de  Lula.O  tempo dele já passou.Vamos tentar renovar o quadro político  dando  força  a  novas  lideranças,criando alternativas.
Uma  candidatura  Lula agora  seria  a  cereja  em todo  este processo  de  decadência  e  apodrecimento  da democracia brasileira,porque  ele  representaria o  passado,a ausência  disto  mesmo,  lideranças  novas ,e  incrementaria  o continuísmo,que  favorece  ,por  sua  vez,a  continuação  desta  entourage ,que,afinal,foi o  PT  mesmo  que colocou  no  Estado e  que não  vai querer  sair.
A alternativa  é  o PSB,se  deixar  a  anodinia,se aprofundar um programa  socialista   moderno,como eu tenho defendido,citando inúmeras vezes Erundina.
A  questão do  Brasil  hoje(mas é  sempre  dos socialistas conseqüentes),principalmente depois  desta  avalanche da  direita,com a  terceirização,é  devolver o  comando da sociedade  a  quem  produz.É também  preservar o processo democrático  e  o  respeito ao estado  de direito  esbulhado pelo PT.Dilma  pode não ser culpada  de crime,mas o é  de fraqueza,pois todos os  que  estão  sendo presos  e condenados  são  do seu  partido.
Estas realidades precisam ser  transformadas.Muito  embora eu considere Marina  uma  ótima candidata  e  por  isso  votei nela no primeiro turno,ela precisa  fazer  algumas  adaptações  no seu pensamento,notadamente  quanto à  questão  do laicismo,pois  o PSB  é o Partido do laicismo  no Brasil,desde  a  sua fundação.Penso que Marina  se  sentiu um  pouco  acossada com  a possibilidade  de  Erundina ser a  sua vice  e  em vista disto  preferiu  outra chapa.É    uma  hipótese,não sei,mas o  fato é  que agora precisamos  de uma  força que,no centro,evite  este  fisiologismo de  direita  contraposto  ao  fenecimento da  esquerda.
Também é decisivo recuperar o pensamento de esquerda e para  isso  temos que  esquecer as  balizas da  esquerda tradicional,esquecer certas categorias  e  criar outras.
Como  falar  em pacto nacional sem uma  proposta  concreta?Vou  dar um exemplo  para não dizer que  eu sou igualmente  anódino:a solução  para  a violência  nas   grandes  cidades  é  construir  uma  política  de  estado  que  reúna  todos  os partidos  em  torno do interesse coletivo.Como isto  não acontece , a  solução, a  meu  ver,é  um  pacto  de estados  para que se  ajudem.
Todo mundo sabe  que  a  violência  no Rio e  em São  Paulo  não  vai  acabar  se  o esforço não for coordenado  com  outros  estados,que  precisam   enfrentar a  entrada  de armas e  drogas,entre outras tarefas.Em  razão  disto  não  adianta  falar em pacto nacional  se  não    articulação entre os estados da  federação.Isto é  se  comportar  como  placebo.
Como  falar  em  pacto  nacional  sem a  indústria,sem  negociar com a  burguesia industrial  ?
É  por aí  que se deve  construir um programa nacional  ,de esquerda,com a  coragem  da ruptura com o passado.

Todos ao debate  do dia 22




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