Não sei
porquê a esquerda
ainda se preocupa com a
figura de Lula.O
tempo dele já passou.Vamos tentar renovar o quadro político dando
força a novas
lideranças,criando alternativas.
Uma candidatura
Lula agora seria a
cereja em todo este processo
de decadência e
apodrecimento da democracia
brasileira,porque ele representaria o passado,a ausência disto
mesmo, lideranças novas ,e
incrementaria o
continuísmo,que favorece ,por
sua vez,a continuação
desta entourage ,que,afinal,foi
o PT
mesmo que colocou no
Estado e que não vai querer
sair.
A
alternativa é o PSB,se
deixar a anodinia,se aprofundar um programa socialista
moderno,como eu tenho defendido,citando inúmeras vezes Erundina.
A questão do
Brasil hoje(mas é sempre
dos socialistas conseqüentes),principalmente depois desta
avalanche da direita,com a terceirização,é devolver o
comando da sociedade a quem
produz.É também preservar o
processo democrático e o respeito
ao estado de direito esbulhado pelo PT.Dilma pode não ser culpada de crime,mas o é de fraqueza,pois todos os que
estão sendo presos e condenados
são do seu partido.
Estas realidades
precisam ser transformadas.Muito embora eu considere Marina uma
ótima candidata e por
isso votei nela no primeiro turno,ela
precisa fazer algumas
adaptações no seu
pensamento,notadamente quanto à questão
do laicismo,pois o PSB é o Partido do laicismo no Brasil,desde a sua
fundação.Penso que Marina se sentiu um
pouco acossada com a possibilidade de
Erundina ser a sua vice e em
vista disto preferiu outra chapa.É
só uma hipótese,não sei,mas o fato é
que agora precisamos de uma força que,no centro,evite este
fisiologismo de direita contraposto
ao fenecimento da esquerda.
Também é decisivo recuperar o pensamento de esquerda e
para isso temos que
esquecer as balizas da esquerda tradicional,esquecer certas
categorias e criar outras.
Como falar
em pacto nacional sem uma
proposta concreta?Vou dar um exemplo para não dizer que eu sou igualmente anódino:a solução para a
violência nas grandes
cidades é construir
uma política de
estado que reúna
todos os partidos em
torno do interesse coletivo.Como isto
não acontece , a solução, a meu
ver,é um pacto
de estados para que se ajudem.
Todo mundo
sabe que
a violência no Rio e
em São Paulo não
vai acabar se o
esforço não for coordenado com outros
estados,que precisam enfrentar a
entrada de armas e drogas,entre outras tarefas.Em razão
disto não adianta
falar em pacto nacional se não há articulação entre os estados da federação.Isto é se
comportar como placebo.
Como falar
em pacto nacional
sem a indústria,sem negociar com a burguesia industrial ?
É por aí
que se deve construir um programa
nacional ,de esquerda,com a coragem
da ruptura com o passado.
Todos ao debate do dia 22
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