terça-feira, 14 de abril de 2015

As últimas manifestações



Houve sim  manifestações.Têm um peso  sim,porque o país   está  dividido.Eu  não vou  repetir o que eu tenho dito desde  2013,que  a  solução é  um referendo ou  plebiscito(prefiro o  primeiro).Vou  analisar os últimos acontecimentos.
O  que  ocorre é uma  discrepância cada vez maior  entre os governantes e a  cidadania  brasileira.Mas   a característica  mais interessante do quadro todo é  que  os  que fazem  oposição  não vêem  que  eles mesmos  fazem  parte  do  problema,porque  Michel Temer,o  mais  importante vice-presidente da História do Brasil,embora  do PMDB,se  relaciona  em termos programáticos(?)com Eduardo Cunha,oposição  supostamente.Supostamente  porque se entende muito bem com o PMDB , do  Michel.
Então  por   mais  que as  pessoas  falem  e  gritem,está instalada  uma  maçaroca  grossa,uma  baba que junta  tudo numa  palavra  que eu repito aqui à  exaustão:fisiologismo.
A  diluição  do PT  proporcionou aquilo que já  vinha  ocorrendo  desde que o acordo deste partido, outrora radical, com  os conservadores,foi feito  ,para evitar  o impeachment  de Lula:hegemonia  dos  conservadores e  dentro  deles  ,da  direita.Até  a  direita monarquista cresceu!!
O  presidencialismo de  coalizão  e  o papel  mais  forte  de  Lula  evitaram  que  houvesse um vácuo de liderança,mas agora,com  Dilma  e as  duas secretarias de sua vida   política,o quadro  desandou  para  valer.
Eu,como  cidadão,quero estabelecer  os critérios  futuros da vida  política brasileira,votando  num  referendum,mas eu vejo que além da dita discrepância,que  mantém  este  diálogo de surdos povo/governo,a  direita/fisiologismo não  aceita convocá-lo   por  causa da semelhança deste recurso da democracia  direta  com  os métodos  do chavismo(supostamente) e a esquerda  acha  que  pode usá-lo   para recuperar  Dilma  e  fazer  mesmo o bolivarianismo,que  eu não sei  o  que  é.
Entre  este  dois  fogos temos  o povo,a  nação e  a  constituição,esta última,que  colocou  tais possibilidades,  muito  antes de  aparecerem Chaves e o bolivarianismo,para  resolver  este  problema  de  representação,que é  o fenômeno  de hoje.A esquerda,preocupada  com seu dogma  internacionalista,e acima  de tudo para esconder a  sua falta de  proposta(por desconhecimento  da  realidade brasileira,que  resulta  deste internacionalismo),acha  que deve radicalizar com  a democracia direta.
O problema brasileiro,pois,  atual,fica reduzido a um xoxo comentário  do  Sr. Temer de que  tudo  vai  ser considerado pelo governo e   que  esta  é  a resposta.
Enquanto isto a  direita  come  o  bife...


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