Na verdade alguns setores da
sociedade já reproduzem este esquema de terceirização,inclusive na classe média.
sociedade já reproduzem este esquema de terceirização,inclusive na classe média.
O setor dos
professores universitários das Faculdades Particulares
é um deles,mas também
os médicos no
setor privado.
Esta tendência geral
vem desde a ditadura militar,cujo
objetivo de acabar com
o setor público
brasileiro se coadunava
com o de destruir
toda forma de oposição.
Naquela época,no
entanto,ainda havia regras rígidas de avaliação,derivadas do
passado recente.Ainda havia
uma preocupação de qualidade,mas com o
tempo estes setores,como outros,foram vencidos
pela formação de um pacto demagógico que até e
às vezes,principalmente, a
esquerda reproduz,com gosto.
Todo mundo sabe que
nas Faculdades Particulares o professor é um
mero carimbador de diploma.O professor
é despesa enquanto o aluno
é receita,logo este
último é mais importante.
A esquerda,em vez
de questionar o
processo de desqualificação que está
embutido nisto,” inventa”
que isto abre
mais espaços para
os mais pobres,mas nestas faculdades
só quem tem dinheiro
entra,enquanto que na universidade pública
entram menos.
O que caracteriza este
sistema como aquilo a
que nos referimos
no artigo anterior,é que os
professores contratados o são
a preços e salários
baixos,porque são especialistas
e os
mestres e doutores são
minoria.
Além do mais
eles são frequentemente demitidos
e substituídos por
outros , dentro daquilo que
se chama “
acumulação primitiva do capital”.
No setor médico
tudo isto acontece também e
os sindicatos não
fazem rigorosamente nada,porque estão ligados a este
projeto de governo
do PT e
não querem fazer
marola que o prejudique.
Com isso,no
entanto,reproduzem o esquema de tutela
que vem de Getúlio
Vargas ,mas sem a perspectiva de proteção do
trabalhador,porque entendem que a
simples facilitação dos pobres
quanto à entrada
deles nas escolas
garante a democracia política e
social prometida pela
tradição da esquerda,o que não
é de modo algum,verdade,sendo só a
reprodução da tutela
do capitalismo predatório e
selvagem do Brasil,autárquico e a serviço
das elites,que admitem
que o povo participe
do processo de educação,enquanto somente ,operadores razoáveis de suas profissões,ganhadores da
sobrevivência,outro conceito típico
deste regime econômico,que mantém
a super-exploração não
apenas com salários
no nível da
necessidade da sobrevivência,mas também a
capacidade profissional
neste mesmo nível,sem a visão de
prosperidade,de crescimento,essencial
para uma nação
competitiva ,como é toda nação industrial.
Se somos ,até
hoje ,fornecedores de
matérias primas para
,depois,importá-las como produtos industriais
a alto custo,para o bem dos
países ricos,importamos conhecimento
limitado deles para
fornecer,ao inverso, uma
mão-de-obra acrítica,que não quer(?)questionar este esquema,mas “
aproveitar a vida”,os feriadões,o
carnaval,sendo toda preocupação
coisa de Mané.E
a esquerda ajuda.
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