Eu já tinha dito
antes da copa do mundo que a ocupação das favelas do Rio de Janeiro era só
cosmética,para dar segurança aos estrangeiros e uma aparência de normalidade.Além
do mais era uma promessa política de resolver o problema social,mas como eu já
afirmei também,em texto sobre o Haiti ,nós vivemos num mundo em um imenso
impasse,porque muito embora a direita e os hedonistas de plantão e de todas as
épocas afirmem que está tudo bem,nós sabemos que o fim do comunismo não
significou isto de forma alguma e a questão social continua na ordem do dia e
se avolumando em problemas maiores ,cada vez mais.
Se o Brasil ajudasse
na solução do problema fundamental do Haiti seria obrigado a solucionar o seu
próprio e não implementou soluções sociais junto com as ocupações porque se o
fizesse o teria que fazer com o Brasil todo.
É muito melhor
viver num mundo em que as pessoas praticam caridade ao invés de construir campos de extermínio.Mas a
caridade é medida deste impasse geral.É
uma forma de aplacar a consciência culpada e incapaz de solucionar o problema
social.É incapaz porque se o fizer terá que reconhecer os problemas internos
dos países e a responsabilidade(histórica) dos mesmos.
Quem vai
convencer a Alemanha de Angela Merkel,que está se tornando eterna no poder,de que
ela e o seu(dela) país causaram a crise da Grécia?Eu me lembro que todos
mostravam a vantagem e a necessidade de alternância do poder frente aos regimes
comunistas,que tinham líderes eternos.E agora com Angela Merkel?Ninguém vai
protestar não?
Os comunistas
italianos entenderam que a alternância era essencial para evitar os conluios,os
esquemas de poder e de corrupção,que geram e se reproduzem na miséria,inclusive
na caridade.
Os esquemas
eleitorais tradicionais acabariam se a vida social das favelas fosse
melhorada,se os direitos dos seus cidadãos fossem reconhecidos e
implementados.Por isso não houve e não há interesse em mudança.Por isso a
exigência de implementação de direitos sociais nas favelas não se seguiu à ocupação,que obedeceu,desde o início
,à lógica sul-africana dos “bantustões” e que agora ,com a superveniente crise
de autoridade dos governos,vai ser atropelada pela bandidagem,que aterrorizará
as comunidades,como sempre,inclusive se vingando.
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