sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A reocupação das comunidades pelo crime



Eu já tinha dito antes da copa do mundo que a ocupação das favelas do Rio de Janeiro era só cosmética,para dar segurança aos estrangeiros e uma aparência de normalidade.Além do mais era uma promessa política de resolver o problema social,mas como eu já afirmei também,em texto sobre o Haiti ,nós vivemos num mundo em um imenso impasse,porque muito embora a direita e os hedonistas de plantão e de todas as épocas afirmem que está tudo bem,nós sabemos que o fim do comunismo não significou isto de forma alguma e a questão social continua na ordem do dia e se avolumando em problemas maiores ,cada vez mais.
Se o Brasil ajudasse na solução do problema fundamental do Haiti seria obrigado a solucionar o seu próprio e não implementou soluções sociais junto com as ocupações porque se o fizesse o teria que fazer com o Brasil todo.
É muito melhor viver num mundo em que as pessoas praticam caridade ao invés  de construir campos de extermínio.Mas a caridade é  medida deste impasse geral.É uma forma de aplacar a consciência culpada e incapaz de solucionar o problema social.É incapaz porque se o fizer terá que reconhecer os problemas internos dos países e a responsabilidade(histórica) dos mesmos.
Quem vai convencer a Alemanha de Angela Merkel,que está se tornando eterna no poder,de que ela e o seu(dela) país causaram a crise da Grécia?Eu me lembro que todos mostravam a vantagem e a necessidade de alternância do poder frente aos regimes comunistas,que tinham líderes eternos.E agora com Angela Merkel?Ninguém vai protestar não?
Os comunistas italianos entenderam que a alternância era essencial para evitar os conluios,os esquemas de poder e de corrupção,que geram e se reproduzem na miséria,inclusive na caridade.
Os esquemas eleitorais tradicionais acabariam se a vida social das favelas fosse melhorada,se os direitos dos seus cidadãos fossem reconhecidos e implementados.Por isso não houve e não há interesse em mudança.Por isso a exigência de implementação de direitos sociais nas favelas não se  seguiu à ocupação,que obedeceu,desde o início ,à lógica sul-africana dos “bantustões” e que agora ,com a superveniente crise de autoridade dos governos,vai ser atropelada pela bandidagem,que aterrorizará as comunidades,como sempre,inclusive se vingando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário